Aposta nas autárquicas é de alto risco para o próximo líder do PSD

22-11-2019
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O cenário é agridoce para quem ganhar a liderança do PSD: olhando para o mapa autárquico, não é líquido que os sociais-democratas possam crescer o suficiente em número de câmaras para reclamar vitória, fragilizar o PS e ganhar tração para as legislativas, como defendem os três candidatos a líder. Mais: nos 25 concelhos mais populosos (os politicamente mais relevantes), o partido só controla sete e é improvável que venha a conquistar mais territórios.

O diagnóstico parte de uma premissa válida e partilhada por todos: a grande maioria dos autarcas socialistas está a meio de um ciclo que começou em 2013, com António José Seguro, e em condições de se candidatar em 2021 (a lei impõe um limite máximo de três mandatos consecutivos). Em teoria, é muito difícil derrubar um presidente em funções e mudar a cor de um executivo antes de sair o incumbente. Feitas as contas, há apenas 26 autarcas de outros partidos (em 308 possíveis) impedidos de se candidatarem às próximas eleições. Apenas 23, se excluirmos os distritos de Beja e Évora, onde o PSD não tem implantação (ver mapa). E só dois pertencem aos 25 maiores, Barcelos e Setúbal, que dificilmente cairá para o PSD. Com um dado extra: os sociais-democratas também têm 13 autarcas em fim de ciclo, portanto, têm de encontrar bons candidatos para não perderem mais bastiões. Olhando o quadro macro, é pouco óbvio que Lisboa (Fernando Medina), Sintra (Basílio Horta), Gaia (Eduardo Vítor Rodrigues), Porto (Rui Moreira) ou Matosinhos (Luísa Salgueiro), por exemplo, aumentem o mapa laranja.

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O cenário é agridoce para quem ganhar a liderança do PSD: olhando para o mapa autárquico, não é líquido que os sociais-democratas possam crescer o suficiente em número de câmaras para reclamar vitória, fragilizar o PS e ganhar tração para as legislativas, como defendem os três candidatos a líder. Mais: nos 25 concelhos mais populosos (os politicamente mais relevantes), o partido só controla sete e é improvável que venha a conquistar mais territórios.

O diagnóstico parte de uma premissa válida e partilhada por todos: a grande maioria dos autarcas socialistas está a meio de um ciclo que começou em 2013, com António José Seguro, e em condições de se candidatar em 2021 (a lei impõe um limite máximo de três mandatos consecutivos). Em teoria, é muito difícil derrubar um presidente em funções e mudar a cor de um executivo antes de sair o incumbente. Feitas as contas, há apenas 26 autarcas de outros partidos (em 308 possíveis) impedidos de se candidatarem às próximas eleições. Apenas 23, se excluirmos os distritos de Beja e Évora, onde o PSD não tem implantação (ver mapa). E só dois pertencem aos 25 maiores, Barcelos e Setúbal, que dificilmente cairá para o PSD. Com um dado extra: os sociais-democratas também têm 13 autarcas em fim de ciclo, portanto, têm de encontrar bons candidatos para não perderem mais bastiões. Olhando o quadro macro, é pouco óbvio que Lisboa (Fernando Medina), Sintra (Basílio Horta), Gaia (Eduardo Vítor Rodrigues), Porto (Rui Moreira) ou Matosinhos (Luísa Salgueiro), por exemplo, aumentem o mapa laranja.

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