Roxo-violeta: (Dos sonhos II): peixes que viram homens

16-12-2019
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Minha mente racional assustou-se em saber que havia uma ilha onde os peixes grandes poderiam ser transformados em homens. Parecia absurdo, mas era real. Em poucos instantes estávamos eu e mais duas irmãs a caminho do lugar onde aconteceria a magia,  ansiosas por conhecer a fórmula ou o que quer que fosse.

À beira mar, todas compreenderam rapidamente o que tinham de fazer e, assustada, assisti a transformação dos peixes em homens vistosos, seminus, dali em diante companheiros das duas vitoriosas. Eu, no entanto, não tive a mesma felicidade. Algo deu errado ou eu não tinha poder suficiente para tal façanha.

Uma mulher de roupa listada propôs-se a me ajudar e pediu-me para inclinar o corpo para frente, em direção às águas. Mal dobrei o corpo e senti nas costas um punhal rasgando a minha pele. Fui apunhalada pelas costas, enquanto ouvia a mulher sussurrar: o feitiço virou contra a feiticeira. Morri? Não sei. Acordei com o sentimento de que iria ser traída por alguém. Não pude ver o rosto da mulher, mas lembrei da roupa de listas azuis, que serviriam de pista para reconhecer, entre as pessoas de meu convívio, a traidora.

Um tecido comum. Encontrei-o na cortina da casa de uma irmã (será ela a me trair?), no vestido de uma colega de trabalho (quem me garante não ser ela?), no pijama de um senhor que morava do outro lado da rua. Paranóia, e agora?

Nem todos os sonhos pressagiam verdades. Os símbolos são a linguagem do inconsciente e é preciso que o decifremos com sabedoria. Com o tempo, descobri que a traidora que eu buscava encontrar na minha vida desperta...era eu mesma. A mulher de roupa listada era um aspecto sombrio meu. No exato momento em que eu iria transformar um animal num homem, elevar um aspecto instintivo ao nível humano, a sombra boicotou-me. Atacou-me pelas costas e impediu que um instinto alcançasse um nível superior, ganhasse uma consciência humana. O inimigo era eu mesma. Dessa fez não consegui, mas não desistiria.

Minha mente racional assustou-se em saber que havia uma ilha onde os peixes grandes poderiam ser transformados em homens. Parecia absurdo, mas era real. Em poucos instantes estávamos eu e mais duas irmãs a caminho do lugar onde aconteceria a magia,  ansiosas por conhecer a fórmula ou o que quer que fosse.

À beira mar, todas compreenderam rapidamente o que tinham de fazer e, assustada, assisti a transformação dos peixes em homens vistosos, seminus, dali em diante companheiros das duas vitoriosas. Eu, no entanto, não tive a mesma felicidade. Algo deu errado ou eu não tinha poder suficiente para tal façanha.

Uma mulher de roupa listada propôs-se a me ajudar e pediu-me para inclinar o corpo para frente, em direção às águas. Mal dobrei o corpo e senti nas costas um punhal rasgando a minha pele. Fui apunhalada pelas costas, enquanto ouvia a mulher sussurrar: o feitiço virou contra a feiticeira. Morri? Não sei. Acordei com o sentimento de que iria ser traída por alguém. Não pude ver o rosto da mulher, mas lembrei da roupa de listas azuis, que serviriam de pista para reconhecer, entre as pessoas de meu convívio, a traidora.

Um tecido comum. Encontrei-o na cortina da casa de uma irmã (será ela a me trair?), no vestido de uma colega de trabalho (quem me garante não ser ela?), no pijama de um senhor que morava do outro lado da rua. Paranóia, e agora?

Nem todos os sonhos pressagiam verdades. Os símbolos são a linguagem do inconsciente e é preciso que o decifremos com sabedoria. Com o tempo, descobri que a traidora que eu buscava encontrar na minha vida desperta...era eu mesma. A mulher de roupa listada era um aspecto sombrio meu. No exato momento em que eu iria transformar um animal num homem, elevar um aspecto instintivo ao nível humano, a sombra boicotou-me. Atacou-me pelas costas e impediu que um instinto alcançasse um nível superior, ganhasse uma consciência humana. O inimigo era eu mesma. Dessa fez não consegui, mas não desistiria.

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