Rui Rio, o Expresso e o São João

04-12-2019
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Quarta-feira, a edição online do Expresso noticiou, sob o título "Rui Rio 'acaba' com feriado de São João", que o presidente da Câmara do Porto decidira dar tolerância de ponto aos funcionários municipais, pois na sua opinião o dia de S. João deixara de ser feriado municipal.

Segundo referimos, por considerar que "gozar feriados municipais sem deliberação clara do Conselho de Ministros é uma violação da lei, e os decisores podem ser responsabilizados por isso", Rui Rio optou por decretar tolerância de ponto face "à inexistência" de uma tomada de posição ministerial.

A notícia registava ainda que o presidente da Câmara do Porto considerava que "quem acabou com quatro feriados nacionais e criou um regime novo bem mais apertado para a observância dos feriados municipais foram o Governo e a Assembleia da República, não a Câmara do Porto".

A notícia foi citada pela SIC Notícias e o Gabinete de Comunicação e Promoção da Câmara Municipal do Porto reagiu, difundindo o seguinte comunicado:

"A CMP, penosamente, reafirma que não tem qualquer responsabilidade nesse disparate e que, ao contrário do que lá está referenciado, não houve qualquer declaração nem qualquer conversa (em on ou off) do Presidente da Câmara com o jornal. Em face de uma questão ontem colocada pela jornalista do Expresso, houve apenas um esclarecimento da Direção Municipal de Recursos Humanos, enviado pelo Gabinete de Comunicação da CMP; que explicava exatamente o contrário do que é divulgado na dita 'notícia'."

Entende a direção do Expresso esclarecer o seguinte:

1) Um jornalista da nossa delegação do Porto contactou o gabinete do presidente da CMP e enviou as perguntas que estão em anexo;

2) Como é hábito no relacionamento com a CMP e o seu presidente, as perguntas foram enviadas por email pedindo "uma resposta do sr. presidente da Câmara";

3) O Expresso recebeu um texto de "respostas às questões colocadas" enviado pela assessora de Rui Rio;

4) Segundo o padrão habitual de relacionamento com a CMP, e também como decorre do pedido especificamente feito, estas respostas só podem ser entendidas como respostas do presidente da CMP;

5) Aliás, o texto recebido contém expressões e opiniões, como as já citadas, que obviamente não podem ser atribuídas "apenas" a "um esclarecimento da Direção Municipal de Recursos Humanos", como pretende o comunicado da CMP;

6) Resulta assim claro que o Expresso tinha toda a legitimidade para considerar Rui Rio como responsável pelas respostas, não tendo qualquer cabimento o desmentido feito no comunicado;

7) Se Rui Rio ou a CMP considerava que o título da notícia poderia justificar diferentes interpretações, tinha vários canais para fazer chegar ao jornal, de forma urbana, o seu entendimento. Nem o presidente nem os serviços da Câmara contactaram o Expresso. Lamentamos que não o tenham feito;

Quarta-feira, a edição online do Expresso noticiou, sob o título "Rui Rio 'acaba' com feriado de São João", que o presidente da Câmara do Porto decidira dar tolerância de ponto aos funcionários municipais, pois na sua opinião o dia de S. João deixara de ser feriado municipal.

Segundo referimos, por considerar que "gozar feriados municipais sem deliberação clara do Conselho de Ministros é uma violação da lei, e os decisores podem ser responsabilizados por isso", Rui Rio optou por decretar tolerância de ponto face "à inexistência" de uma tomada de posição ministerial.

A notícia registava ainda que o presidente da Câmara do Porto considerava que "quem acabou com quatro feriados nacionais e criou um regime novo bem mais apertado para a observância dos feriados municipais foram o Governo e a Assembleia da República, não a Câmara do Porto".

A notícia foi citada pela SIC Notícias e o Gabinete de Comunicação e Promoção da Câmara Municipal do Porto reagiu, difundindo o seguinte comunicado:

"A CMP, penosamente, reafirma que não tem qualquer responsabilidade nesse disparate e que, ao contrário do que lá está referenciado, não houve qualquer declaração nem qualquer conversa (em on ou off) do Presidente da Câmara com o jornal. Em face de uma questão ontem colocada pela jornalista do Expresso, houve apenas um esclarecimento da Direção Municipal de Recursos Humanos, enviado pelo Gabinete de Comunicação da CMP; que explicava exatamente o contrário do que é divulgado na dita 'notícia'."

Entende a direção do Expresso esclarecer o seguinte:

1) Um jornalista da nossa delegação do Porto contactou o gabinete do presidente da CMP e enviou as perguntas que estão em anexo;

2) Como é hábito no relacionamento com a CMP e o seu presidente, as perguntas foram enviadas por email pedindo "uma resposta do sr. presidente da Câmara";

3) O Expresso recebeu um texto de "respostas às questões colocadas" enviado pela assessora de Rui Rio;

4) Segundo o padrão habitual de relacionamento com a CMP, e também como decorre do pedido especificamente feito, estas respostas só podem ser entendidas como respostas do presidente da CMP;

5) Aliás, o texto recebido contém expressões e opiniões, como as já citadas, que obviamente não podem ser atribuídas "apenas" a "um esclarecimento da Direção Municipal de Recursos Humanos", como pretende o comunicado da CMP;

6) Resulta assim claro que o Expresso tinha toda a legitimidade para considerar Rui Rio como responsável pelas respostas, não tendo qualquer cabimento o desmentido feito no comunicado;

7) Se Rui Rio ou a CMP considerava que o título da notícia poderia justificar diferentes interpretações, tinha vários canais para fazer chegar ao jornal, de forma urbana, o seu entendimento. Nem o presidente nem os serviços da Câmara contactaram o Expresso. Lamentamos que não o tenham feito;

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