Anonymous. 31 hackers apanhados pela PJ num ano

29-04-2020
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Os ataques informáticos a sites do Estado e de grupos empresariais privados levaram a Polícia Judiciária a constituir 31 hackers como arguidos por crimes informáticos no espaço de pouco mais de um ano. Em fevereiro de 2015, a maior operação de sempre, a C4R3T05 (Caretos), detinha oito suspeitos e constituía 17 arguidos. A investigação prosseguiu e ontem foi concretizada a segunda parte: foram feitas mais 16 buscas a casas de piratas informáticos, em Lisboa, Porto e Braga, e constituídos 14 arguidos, de acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral daRepública. Nesta não houve detidos, confirmou o DN com o coordenador de investigação criminal da secção do crime informático da PJ de Lisboa, Carlos Cabreiro.

Os mandados de busca estavam fundamentados pela suspeita de participação destes novos elementos da rede Anonymous em vários ataques a sites do Estado e de empresas privadas. O último ataque concertado aconteceu no feriado do 25 de Abril e visou os sites da própria Polícia Judiciária, Supremo Tribunal, Citius e Parlamento. No mundo empresarial foi atingido o site do BES ou Novo Banco.

O site da Polícia Judiciária foi alvo de "DD0S" (sabotagem informática), que o tornou inoperacional durante algumas horas naquele dia. Mas a página da PJ tem sido um alvo habitual dos hactivistas (junção de hackers com ativistas), à semelhança da página da Procuradoria-Geral da República (que, desta vez não foi atacada).

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Os 14 arguidos são suspeitos dos crimes de sabotagem informática ("DDoS"), de dano informático ("defacing"), de acesso ilegítimo ("hacking") e de acesso indevido ("exfiltração de dados"), comunicou ontem a PJ. No rol de crimes está ainda a associação criminosa, o mais difícil de provar.

Na operação Caretos 2, Rui Cruz, jornalista fundador do site Tugaleaks, não foi visado, mas ainda está como arguido em dois inquéritos por vários crimes informáticos (um deles com origem na investigação Caretos). Por causa desse processo, Rui Cruz foi despedido da empresa onde trabalhava e ficou impedido de usar a internet durante vários meses. O hacktivista reagiu desta forma ao DN à nova operação da PJ: "Fico espantado com o facto de haver sempre novos arguidos para prolongar a investigação inicial. Como se viu noutros processos do género no final são raros os que acabam acusados."

Para Rui Cruz, este combate ao movimento Anonymous "não passa de propaganda da PJ e da PGR". Lembra ainda que os ataques dos vários grupos ligados ao movimento "até diminuiram "com a alteração política que houve em Portugal". A Procuradoria Geral da República esclareceu em comunicado que este inquérito é dirigido pelo Ministério Público e investigou vários crimes informáticos, incluindo os mais recentes em 25 de abril.

Os ataques informáticos a sites do Estado e de grupos empresariais privados levaram a Polícia Judiciária a constituir 31 hackers como arguidos por crimes informáticos no espaço de pouco mais de um ano. Em fevereiro de 2015, a maior operação de sempre, a C4R3T05 (Caretos), detinha oito suspeitos e constituía 17 arguidos. A investigação prosseguiu e ontem foi concretizada a segunda parte: foram feitas mais 16 buscas a casas de piratas informáticos, em Lisboa, Porto e Braga, e constituídos 14 arguidos, de acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral daRepública. Nesta não houve detidos, confirmou o DN com o coordenador de investigação criminal da secção do crime informático da PJ de Lisboa, Carlos Cabreiro.

Os mandados de busca estavam fundamentados pela suspeita de participação destes novos elementos da rede Anonymous em vários ataques a sites do Estado e de empresas privadas. O último ataque concertado aconteceu no feriado do 25 de Abril e visou os sites da própria Polícia Judiciária, Supremo Tribunal, Citius e Parlamento. No mundo empresarial foi atingido o site do BES ou Novo Banco.

O site da Polícia Judiciária foi alvo de "DD0S" (sabotagem informática), que o tornou inoperacional durante algumas horas naquele dia. Mas a página da PJ tem sido um alvo habitual dos hactivistas (junção de hackers com ativistas), à semelhança da página da Procuradoria-Geral da República (que, desta vez não foi atacada).

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Os 14 arguidos são suspeitos dos crimes de sabotagem informática ("DDoS"), de dano informático ("defacing"), de acesso ilegítimo ("hacking") e de acesso indevido ("exfiltração de dados"), comunicou ontem a PJ. No rol de crimes está ainda a associação criminosa, o mais difícil de provar.

Na operação Caretos 2, Rui Cruz, jornalista fundador do site Tugaleaks, não foi visado, mas ainda está como arguido em dois inquéritos por vários crimes informáticos (um deles com origem na investigação Caretos). Por causa desse processo, Rui Cruz foi despedido da empresa onde trabalhava e ficou impedido de usar a internet durante vários meses. O hacktivista reagiu desta forma ao DN à nova operação da PJ: "Fico espantado com o facto de haver sempre novos arguidos para prolongar a investigação inicial. Como se viu noutros processos do género no final são raros os que acabam acusados."

Para Rui Cruz, este combate ao movimento Anonymous "não passa de propaganda da PJ e da PGR". Lembra ainda que os ataques dos vários grupos ligados ao movimento "até diminuiram "com a alteração política que houve em Portugal". A Procuradoria Geral da República esclareceu em comunicado que este inquérito é dirigido pelo Ministério Público e investigou vários crimes informáticos, incluindo os mais recentes em 25 de abril.

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