algures aqui: a impossível ubiquidade política de Relvas e o populismo do PCP

02-09-2020
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O que se descobre na net!
Eu e Miguel Relvas, autárquicas de 2009,
debate de cabeças de lista à AMT na rádio Hertz
Como já esperava há algum tempo, é agora público que a CDU vai apresentar na reunião da Assembleia Municipal da próxima sexta, uma moção a propor a destituição de Miguel Relvas de presidente desse órgão.
Foi Manuel Martins (que desconheço, bem como ao seu trabalho político) quem o confirmou à rádio Hertz.

Apesar de certos nos fundamentos - Miguel Relvas perdeu a legitimidade para poder ser o líder da AMT e como tal, primeiro representante do povo de Tomar - a pressa populista da CDU, querendo dar nas vistas isoladamente, torna totalmente inconsequente esta matéria.

E porquê:

Previamente, logo a questão de ser a comissão de saúde a liderar o assunto é um disparate. A comissão tem como o próprio nome indica, a missão de em nome da AMT tratar dos assuntos relacionados com a saúde no concelho. Nada mais.
O presidente da Assembleia não pode ser destituído solitariamente, mas sim toda a mesa;
Para que tal aconteça é preciso que o mesmo esteja em ponto próprio da ordem de trabalhos, o que não acontece na reunião agendada para sexta. Ou seja, tem que ser agendado em conferência de líderes, ou aprovada a sua introdução na própria reunião por maioria de dois terços dos deputados;
É irresponsável destituir a mesa da AMT sem previamente ponderar na que a venha a substituir e em quem a venha a liderar, concretamente, quem quer e pode ocupar o lugar de Miguel Relvas;
Para que tal aconteça, mais uma vez é preciso uma maioria dos deputados municipais.

Ou seja, apesar de em relação à continuidade do desempenho do cargo por Miguel Relvas, a CDU pensar o mesmo que a generalidade dos deputados municipais, eu incluído, e incluindo também muitos do PSD que naturalmente não o expressam publicamente, se a CDU quisesse de facto que o assunto fosse seriamente abordado, não o teria tornado público sem uma conversa prévia entre as várias forças políticas, precisamente como forma de resolver os vários pontos que enumerei.

Logo, é certo que dificilmente Miguel Relvas poderá desempenhar o cargo até ao final do mandato. E o mais correto até seria que o próprio o reconhecesse. Como acho difícil que isso aconteça, será provavelmente a AMT a ditar a sua saída mas isso, seguramente, não acontecerá na próxima sexta.

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O que se descobre na net!
Eu e Miguel Relvas, autárquicas de 2009,
debate de cabeças de lista à AMT na rádio Hertz
Como já esperava há algum tempo, é agora público que a CDU vai apresentar na reunião da Assembleia Municipal da próxima sexta, uma moção a propor a destituição de Miguel Relvas de presidente desse órgão.
Foi Manuel Martins (que desconheço, bem como ao seu trabalho político) quem o confirmou à rádio Hertz.

Apesar de certos nos fundamentos - Miguel Relvas perdeu a legitimidade para poder ser o líder da AMT e como tal, primeiro representante do povo de Tomar - a pressa populista da CDU, querendo dar nas vistas isoladamente, torna totalmente inconsequente esta matéria.

E porquê:

Previamente, logo a questão de ser a comissão de saúde a liderar o assunto é um disparate. A comissão tem como o próprio nome indica, a missão de em nome da AMT tratar dos assuntos relacionados com a saúde no concelho. Nada mais.
O presidente da Assembleia não pode ser destituído solitariamente, mas sim toda a mesa;
Para que tal aconteça é preciso que o mesmo esteja em ponto próprio da ordem de trabalhos, o que não acontece na reunião agendada para sexta. Ou seja, tem que ser agendado em conferência de líderes, ou aprovada a sua introdução na própria reunião por maioria de dois terços dos deputados;
É irresponsável destituir a mesa da AMT sem previamente ponderar na que a venha a substituir e em quem a venha a liderar, concretamente, quem quer e pode ocupar o lugar de Miguel Relvas;
Para que tal aconteça, mais uma vez é preciso uma maioria dos deputados municipais.

Ou seja, apesar de em relação à continuidade do desempenho do cargo por Miguel Relvas, a CDU pensar o mesmo que a generalidade dos deputados municipais, eu incluído, e incluindo também muitos do PSD que naturalmente não o expressam publicamente, se a CDU quisesse de facto que o assunto fosse seriamente abordado, não o teria tornado público sem uma conversa prévia entre as várias forças políticas, precisamente como forma de resolver os vários pontos que enumerei.

Logo, é certo que dificilmente Miguel Relvas poderá desempenhar o cargo até ao final do mandato. E o mais correto até seria que o próprio o reconhecesse. Como acho difícil que isso aconteça, será provavelmente a AMT a ditar a sua saída mas isso, seguramente, não acontecerá na próxima sexta.

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