algures aqui: «Transformarmo-nos naquilo que somos»

01-09-2020
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texto publicado no jornal O Templário de ontem

"A
mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o
presente irão com certeza perder o futuro."

John Kennedy

«Na última década e meia, Tomar apostou em ser uma
cidade para “ricos”, apostou em obras faraónicas sem qualquer rentabilidade
para a economia do concelho ou sequer, na maioria, para a qualidade de vida dos
nabantinos. Obras muitas delas mal explicadas e devastadoramente onerosas para
as finanças municipais.

Pelo meio, um maltratar e afugentar dos
investidores; um desinteresse pelas questões sociais indo sempre a reboque e
quando obrigado, daquilo que os outros concelhos foram fazendo; uma política de
alheamento e por vezes hostilização da maioria das instituições associativas e
corporativas do concelho; uma realização de eventos avulsa; um sentimento de
asco pelas regras da democracia, particularmente na falta de diálogo, de
prestação de contas, e da transparência.

De quem planeou e conduziu estas políticas erradas
– de Paiva a Corvêlo, com a presença omnipotente de Relvas – fica aquele que lá
está desde o início, sempre um dos principais e hoje o líder imposto, Carlos
Carrão.

Numa atabalhoada tentativa de alteração de imagem e
apagar do passado, mantendo no essencial as mesmas figuras, quem há dezasseis
anos está no poder promete agora aos tomarenses “uma nova etapa”, naquela
lógica de quem apesar de ter falhado, querer agora começar algo novo, tentando
que os outros ignorem o que fez, não reconhecendo os pesados erros e fracassos.
Tal como acontece no governo do país.

Não é isso que Tomar precisa. Tomar precisa de uma
nova liderança, uma nova atitude, baseada na competência, na responsabilidade,
e no mais elementar bom senso. Tomar precisa para a maioria das questões de
algo muito simples: fazer o óbvio.

Mas tal aparente simplicidade requer uma grande
alteração de paradigma que começa nas atitudes e nas mentalidades. Tomar
precisa aí, para seguir a tudo o resto, de uma verdadeira Mudança.

Precisava dela há dez anos, precisava dela há
cinco, precisa da Mudança Agora.

Tomar precisa de cumprir o seu desígnio, e como na máxima
filosófica de Nietzsche, Tomar precisa de se transformar naquilo que é. Não
esta existência envergonhada em função de um passado glorioso e de um presente
tornado medíocre, mas sim saber quem somos, o que temos, e o que podemos com
tudo isso fazer. Sermos quem somos sem necessidade de inventar. Muito ao
contrário do que se tem, falhando, tentado fazer ao longo da última década e
meia. E em muitos aspetos copiando para pior o que outros sem as nossas
condições naturais precisaram fazer, fazendo-o bem.

Isso começa no próprio Município. Arrumar a casa,
readaptar recursos, reorganizar, modernizar, reorientar para o serviço público
à comunidade, com celeridade, economia eficácia e eficiência.

Apoiar, sem boicotar ou complicar os investidores,
maiores ou menores que ainda acreditam nas potencialidades do concelho;

Fazer do turismo, alicerçado na cultura, no
património e no eventos daí e de outras bases decorrentes, um verdadeiro eixo
de desenvolvimento capaz de gerar riqueza e emprego;

Potenciar e reforçar aquilo que nos faz diferentes,
que nos faz atrativos, que nos faz competitivos;

Aproveitar verdadeiramente a nossa posição
geográfica, criando condições de centralidade, com efetivas condições para uma
melhor captação de turismo que cá deixe dinheiro; mas também para a fixação de
empresas, ligadas a este e a outros setores. Como os ligados à agricultura, à
floresta, aos rios, à logística, ao desenvolvimento tecnológico, sem para isso
esquecermos da existência do mal aproveitado hospital de Tomar e do ainda maior
contribuidor direto e indireto para a economia local, até hoje não totalmente
potencializado ou integrado: o Instituto Politécnico.

Como sempre, a responsabilidade e a capacidade para
nos transformarmos, ou para tudo deixarmos na mesma, começa em cada um de nós.
Individual e coletivamente, saibamos assumir quem somos, saibamos assumir quem
queremos ser.

«Nada é permanente, salvo a mudança», disse o sábio Heráclito. Tomar
somos todos e julgo, quase todos desejamos essa mudança. Saibamos cumpri-la com
inteligência, ela faz-se agora.

Agora é novamente tempo de escolhas. Aproveitemos
estes tempos de verão e eventuais férias para nelas refletir com sabedoria. Aos
tomarenses cabe a decisão. Podemos ficar a lamentarmo-nos e a criticar
genericamente tudo e todos, mais ou menos alheados, e com isso contribuir, com
maior ou menor abstenção, para que tudo fique na mesma.
Ou podemos conscientemente saber que a mudança é possível,
só depende de nós. De todos, e de cada um de nós. Assim é uma comunidade: a
soma de todas as partes.»

texto publicado no jornal O Templário de ontem

"A
mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o
presente irão com certeza perder o futuro."

John Kennedy

«Na última década e meia, Tomar apostou em ser uma
cidade para “ricos”, apostou em obras faraónicas sem qualquer rentabilidade
para a economia do concelho ou sequer, na maioria, para a qualidade de vida dos
nabantinos. Obras muitas delas mal explicadas e devastadoramente onerosas para
as finanças municipais.

Pelo meio, um maltratar e afugentar dos
investidores; um desinteresse pelas questões sociais indo sempre a reboque e
quando obrigado, daquilo que os outros concelhos foram fazendo; uma política de
alheamento e por vezes hostilização da maioria das instituições associativas e
corporativas do concelho; uma realização de eventos avulsa; um sentimento de
asco pelas regras da democracia, particularmente na falta de diálogo, de
prestação de contas, e da transparência.

De quem planeou e conduziu estas políticas erradas
– de Paiva a Corvêlo, com a presença omnipotente de Relvas – fica aquele que lá
está desde o início, sempre um dos principais e hoje o líder imposto, Carlos
Carrão.

Numa atabalhoada tentativa de alteração de imagem e
apagar do passado, mantendo no essencial as mesmas figuras, quem há dezasseis
anos está no poder promete agora aos tomarenses “uma nova etapa”, naquela
lógica de quem apesar de ter falhado, querer agora começar algo novo, tentando
que os outros ignorem o que fez, não reconhecendo os pesados erros e fracassos.
Tal como acontece no governo do país.

Não é isso que Tomar precisa. Tomar precisa de uma
nova liderança, uma nova atitude, baseada na competência, na responsabilidade,
e no mais elementar bom senso. Tomar precisa para a maioria das questões de
algo muito simples: fazer o óbvio.

Mas tal aparente simplicidade requer uma grande
alteração de paradigma que começa nas atitudes e nas mentalidades. Tomar
precisa aí, para seguir a tudo o resto, de uma verdadeira Mudança.

Precisava dela há dez anos, precisava dela há
cinco, precisa da Mudança Agora.

Tomar precisa de cumprir o seu desígnio, e como na máxima
filosófica de Nietzsche, Tomar precisa de se transformar naquilo que é. Não
esta existência envergonhada em função de um passado glorioso e de um presente
tornado medíocre, mas sim saber quem somos, o que temos, e o que podemos com
tudo isso fazer. Sermos quem somos sem necessidade de inventar. Muito ao
contrário do que se tem, falhando, tentado fazer ao longo da última década e
meia. E em muitos aspetos copiando para pior o que outros sem as nossas
condições naturais precisaram fazer, fazendo-o bem.

Isso começa no próprio Município. Arrumar a casa,
readaptar recursos, reorganizar, modernizar, reorientar para o serviço público
à comunidade, com celeridade, economia eficácia e eficiência.

Apoiar, sem boicotar ou complicar os investidores,
maiores ou menores que ainda acreditam nas potencialidades do concelho;

Fazer do turismo, alicerçado na cultura, no
património e no eventos daí e de outras bases decorrentes, um verdadeiro eixo
de desenvolvimento capaz de gerar riqueza e emprego;

Potenciar e reforçar aquilo que nos faz diferentes,
que nos faz atrativos, que nos faz competitivos;

Aproveitar verdadeiramente a nossa posição
geográfica, criando condições de centralidade, com efetivas condições para uma
melhor captação de turismo que cá deixe dinheiro; mas também para a fixação de
empresas, ligadas a este e a outros setores. Como os ligados à agricultura, à
floresta, aos rios, à logística, ao desenvolvimento tecnológico, sem para isso
esquecermos da existência do mal aproveitado hospital de Tomar e do ainda maior
contribuidor direto e indireto para a economia local, até hoje não totalmente
potencializado ou integrado: o Instituto Politécnico.

Como sempre, a responsabilidade e a capacidade para
nos transformarmos, ou para tudo deixarmos na mesma, começa em cada um de nós.
Individual e coletivamente, saibamos assumir quem somos, saibamos assumir quem
queremos ser.

«Nada é permanente, salvo a mudança», disse o sábio Heráclito. Tomar
somos todos e julgo, quase todos desejamos essa mudança. Saibamos cumpri-la com
inteligência, ela faz-se agora.

Agora é novamente tempo de escolhas. Aproveitemos
estes tempos de verão e eventuais férias para nelas refletir com sabedoria. Aos
tomarenses cabe a decisão. Podemos ficar a lamentarmo-nos e a criticar
genericamente tudo e todos, mais ou menos alheados, e com isso contribuir, com
maior ou menor abstenção, para que tudo fique na mesma.
Ou podemos conscientemente saber que a mudança é possível,
só depende de nós. De todos, e de cada um de nós. Assim é uma comunidade: a
soma de todas as partes.»

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