algures aqui: Amigos de quatro patas

01-09-2020
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texto publicado no jornal Cidade de Tomar de 4 de outubro

No canil intermunicipal de Tomar
(e Ferreira do Zêzere), situado no Parque Empresarial de Tomar (vulgo, zona
industrial), residem neste momento cerca de 20 gatídeos e 170 canídeos, dos
quais 35 pequenos cachorros.

Tecnicamente o canil está sempre
esgotado, isto porque por cada animal que sai para adoção, há dois ou três à
espera para entrar. E naturalmente a capacidade máxima varia, porque depende do
porte dos animais, da sua perigosidade, entre outros fatores.

E isto apesar de em 2017 termos
feito um investimento municipal na casa dos 100.000€ que permitiu duplicar a
capacidade e também, eliminar o canil até aí ainda existente no Flecheiro, que
não apresentava há muito condições mínimas.

Entretanto, a nova Lei só permite
o abate em circunstâncias bem definidas, e que são as mesmas que já eram
aplicadas em Tomar. Mas a questão é que qualquer instalação tem uma capacidade
finita e o nosso canil é obviamente igual. E por isso, a gestão das
disponibilidades verso as necessidades existentes é uma dor de cabeça diária.

Para que seja claro, a
responsabilidade dos municípios é sobre animais errantes. Ponto. Não têm
qualquer responsabilidade, ou capacidade, para intervir em situações privadas
ou de proprietários que por algum motivo deixam de querer cuidar dos seus
animais.

E por vezes é muito difícil
explicar isto aos munícipes que só querem ver o seu problema resolvido. Não!,
os canis municipais não servem para os cidadãos se livrarem dos seus animais.
Aliás, ser cidadão deveria ser compreender mais esta questão básica de
cidadania. E depois há épocas do ano ainda mais difíceis – o verão é uma delas
– em que o abandono aumenta imenso.

Sublinho, os donos são a todo o
tempo responsáveis pelos seus animais, não podendo deles descartar-se quando
por algum motivo não os querem; e o mesmo vale em situação de herança, o que
por vezes é difícil fazer compreender a algumas pessoas. Os animais são,
legalmente, a todo o tempo responsabilidade dos seus donos e respetivos
herdeiros.

Para além destas situações que
deveriam ser básicas de civismo, e onde a natureza humana por vezes revela a
sua faceta menos boa, é preciso lembrar que, nos termos da Lei, a
identificação  (chip) de canídeos é
obrigatória, assim como a vacinação. Todo o proprietário está obrigado a
fazê-lo.

Já a esterilização não é
obrigatória, mas é altamente recomendada e a melhor forma de minorar o problema
dos animais abandonados que, prevejo, vai tendencialmente agravar-se nos
próximos tempos.

A esse propósito, dizem-se muitas
coisas que não são reais, normalmente nas redes sociais. Isto para dizer que
sim, o governo lançou uma candidatura para apoiar os municípios que desejem
iniciar procedimentos de esterilização. Mas as regras para esse apoio são muito
difíceis de alcançar. Tomar, só neste momento está em condições de o conseguir,
e será dos primeiros.

Claro que para minorar todas as
dificuldades anteriormente descritas e outras, ajudará a que o município volte
a ter nos seus quadros veterinário, ou veterinária municipal. Temos o concurso a
decorrer (infelizmente a burocracia faz com que os concursos demorem muitos
meses), e quase terminado, para admissão de novo profissional o que vai
permitir avançar com mais trabalho e qualidade, nomeadamente no início de um
plano mais completo de esterilização de canídeos e gatídeos.

Em todo o caso, e porque queremos
ser um concelho cada vez mais amigo dos animais e daqueles que optam ter um
animal de companhia, para além dos investimentos que tenho vindo a referir,
nomeadamente no canil, mas também num maior apoio tanto financeiro como de
trabalho de parceria com a Associação Protetora dos Animais, ou na introdução
das campanhas de adoção que há três anos iniciámos, a cidade vai em breve, num
projeto de parceria com a freguesia urbana, ver nascer os seus primeiros wc
canino e parque de treinos canino.

Por fim, já referi, mas devo
sublinhar, a importância da Associação Protetora dos Animais (APARRT) com quem
estabelecemos protocolo e que está sediada no canil, e com quem fazemos uma
gestão partilhada do espaço, partilhando também dificuldades e soluções.

Lembrar, já agora, que atualmente
o chip e a vacinação dos animais adotados no canil é oferecida pelo município,
pelo que fica o convite:

Visitem o canil no Parque
Empresarial de Tomar, de segunda a sábado, onde serão muito bem recebidos pelas
prestimosas senhoras da APARRT, que lhes darão a conhecer os residentes e quem
sabe, encontrar o novo amigo lá de casa!

texto publicado no jornal Cidade de Tomar de 4 de outubro

No canil intermunicipal de Tomar
(e Ferreira do Zêzere), situado no Parque Empresarial de Tomar (vulgo, zona
industrial), residem neste momento cerca de 20 gatídeos e 170 canídeos, dos
quais 35 pequenos cachorros.

Tecnicamente o canil está sempre
esgotado, isto porque por cada animal que sai para adoção, há dois ou três à
espera para entrar. E naturalmente a capacidade máxima varia, porque depende do
porte dos animais, da sua perigosidade, entre outros fatores.

E isto apesar de em 2017 termos
feito um investimento municipal na casa dos 100.000€ que permitiu duplicar a
capacidade e também, eliminar o canil até aí ainda existente no Flecheiro, que
não apresentava há muito condições mínimas.

Entretanto, a nova Lei só permite
o abate em circunstâncias bem definidas, e que são as mesmas que já eram
aplicadas em Tomar. Mas a questão é que qualquer instalação tem uma capacidade
finita e o nosso canil é obviamente igual. E por isso, a gestão das
disponibilidades verso as necessidades existentes é uma dor de cabeça diária.

Para que seja claro, a
responsabilidade dos municípios é sobre animais errantes. Ponto. Não têm
qualquer responsabilidade, ou capacidade, para intervir em situações privadas
ou de proprietários que por algum motivo deixam de querer cuidar dos seus
animais.

E por vezes é muito difícil
explicar isto aos munícipes que só querem ver o seu problema resolvido. Não!,
os canis municipais não servem para os cidadãos se livrarem dos seus animais.
Aliás, ser cidadão deveria ser compreender mais esta questão básica de
cidadania. E depois há épocas do ano ainda mais difíceis – o verão é uma delas
– em que o abandono aumenta imenso.

Sublinho, os donos são a todo o
tempo responsáveis pelos seus animais, não podendo deles descartar-se quando
por algum motivo não os querem; e o mesmo vale em situação de herança, o que
por vezes é difícil fazer compreender a algumas pessoas. Os animais são,
legalmente, a todo o tempo responsabilidade dos seus donos e respetivos
herdeiros.

Para além destas situações que
deveriam ser básicas de civismo, e onde a natureza humana por vezes revela a
sua faceta menos boa, é preciso lembrar que, nos termos da Lei, a
identificação  (chip) de canídeos é
obrigatória, assim como a vacinação. Todo o proprietário está obrigado a
fazê-lo.

Já a esterilização não é
obrigatória, mas é altamente recomendada e a melhor forma de minorar o problema
dos animais abandonados que, prevejo, vai tendencialmente agravar-se nos
próximos tempos.

A esse propósito, dizem-se muitas
coisas que não são reais, normalmente nas redes sociais. Isto para dizer que
sim, o governo lançou uma candidatura para apoiar os municípios que desejem
iniciar procedimentos de esterilização. Mas as regras para esse apoio são muito
difíceis de alcançar. Tomar, só neste momento está em condições de o conseguir,
e será dos primeiros.

Claro que para minorar todas as
dificuldades anteriormente descritas e outras, ajudará a que o município volte
a ter nos seus quadros veterinário, ou veterinária municipal. Temos o concurso a
decorrer (infelizmente a burocracia faz com que os concursos demorem muitos
meses), e quase terminado, para admissão de novo profissional o que vai
permitir avançar com mais trabalho e qualidade, nomeadamente no início de um
plano mais completo de esterilização de canídeos e gatídeos.

Em todo o caso, e porque queremos
ser um concelho cada vez mais amigo dos animais e daqueles que optam ter um
animal de companhia, para além dos investimentos que tenho vindo a referir,
nomeadamente no canil, mas também num maior apoio tanto financeiro como de
trabalho de parceria com a Associação Protetora dos Animais, ou na introdução
das campanhas de adoção que há três anos iniciámos, a cidade vai em breve, num
projeto de parceria com a freguesia urbana, ver nascer os seus primeiros wc
canino e parque de treinos canino.

Por fim, já referi, mas devo
sublinhar, a importância da Associação Protetora dos Animais (APARRT) com quem
estabelecemos protocolo e que está sediada no canil, e com quem fazemos uma
gestão partilhada do espaço, partilhando também dificuldades e soluções.

Lembrar, já agora, que atualmente
o chip e a vacinação dos animais adotados no canil é oferecida pelo município,
pelo que fica o convite:

Visitem o canil no Parque
Empresarial de Tomar, de segunda a sábado, onde serão muito bem recebidos pelas
prestimosas senhoras da APARRT, que lhes darão a conhecer os residentes e quem
sabe, encontrar o novo amigo lá de casa!

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