algures aqui: novo ano na velhinha terra

02-09-2020
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Sim, já vai sendo tempo deste blogue entrar em 2009, ano que promete vir a ser muito interessante. Lá entrámos com frio e crise neste ano de recessões e decisões.Em Tomar, depois de o virtual candidato laranja ter metido a viola no saco como sempre se esperou (havia de ser bonito, um candidato militante, onde já se viu!?), eis que o PSD começa a sua campanha, o que ao que parece muito irritado deixou um senhor que por vezes acha que ainda manda na Câmara, e que se acha tão omnipotente que pensa voltar a ser presidente só porque sim. Melhor dizendo, ele sabe que não vai, mas à sua volta há quem julgue que sim. A reverência aos "senhores ilustres", e a conjugação de "interesses", dois dos males e tiques desta terra...A Câmara despertou então para a crise que em Tomar, não é de agora é de há muito, e com muita tendência a piorar, e fez um numerozito simpático para os jornais. Falta ver sim, a que ponto quererá de facto fazer alguma coisa pertinente.Jovens, sempre a fugirem daqui; empresas, cada vez menos; comércio, pouco ou falido; Turismo, sim fala-se nisso; e por aí fora…Não se conhecem planos estratégicos, ou qualquer plano de acção para, no concreto, fazer o que quer que seja. E sempre que se fala nisso, sempre que tal se propõe, encolhem-se os ombros, ou até se tenta ridicularizar quem novas ideias propõe, ou quem diz qualquer coisa parecida com esta muito simples: Tomar está moribundo.Os problemas de Tomar podem estar amplificados com esta crise global, mas não têm que ver com ela, são muito anteriores, são estruturais, têm a sua origem num concelho velho, sem ideias, sem trabalho de preparação do futuro, há muito governado por dirigentes sem visão ou capacidade para pouco mais que floreados, e recheado de pessoas conformistas e frivolamente conservadoras, pouco conscientes da realidade e em especial do que os outros fazem e conseguem, por oposição ao que nós não, ou sequer pouco interessados em que quer que seja, incapazes de realmente sequer tentar acompanhar seriamente o que vai acontecendo à sua terra.Uma terra onde tudo o que acontece é sempre culpa de outrem, ou de algo a outros imputável.Em Tomar acha-se que é uma ponte ou uns campos de ténis que produzem o que quer seja – lá está, floreados; ou que é destruindo a identidade, como o que está a ser feito nas ruas do centro histórico, ou como se quer fazer ao mercado, exemplo entre tantos, que se potencia o turismo. Fazendo coisas exactamente iguais a qualquer outro lado, como seria esse Fórum, ou como genericamente são as obras do Polis – globalmente uma treta.Enfim, mágoas entre muitas de quem gosta desta terra, e todos dias luta consigo mesmo, entre o coração e a razão, para não a deixar de vez.E é melhor parar por aqui que já estou a ficar aziago. Mas não posso deixar de fazer referência à notícia do Expresso que pôs o Convento de Cristo na capa, e a todo o eco que tem tido por cá e pelo país.Sim, é sempre por “bons motivos” que somos notícia, mas desta vez é ridícula, a comunicação social tem os seus quês, mas do Expresso que costuma ser referência, esperava-se mais rigor...Bom Ano.


Sim, já vai sendo tempo deste blogue entrar em 2009, ano que promete vir a ser muito interessante. Lá entrámos com frio e crise neste ano de recessões e decisões.Em Tomar, depois de o virtual candidato laranja ter metido a viola no saco como sempre se esperou (havia de ser bonito, um candidato militante, onde já se viu!?), eis que o PSD começa a sua campanha, o que ao que parece muito irritado deixou um senhor que por vezes acha que ainda manda na Câmara, e que se acha tão omnipotente que pensa voltar a ser presidente só porque sim. Melhor dizendo, ele sabe que não vai, mas à sua volta há quem julgue que sim. A reverência aos "senhores ilustres", e a conjugação de "interesses", dois dos males e tiques desta terra...A Câmara despertou então para a crise que em Tomar, não é de agora é de há muito, e com muita tendência a piorar, e fez um numerozito simpático para os jornais. Falta ver sim, a que ponto quererá de facto fazer alguma coisa pertinente.Jovens, sempre a fugirem daqui; empresas, cada vez menos; comércio, pouco ou falido; Turismo, sim fala-se nisso; e por aí fora…Não se conhecem planos estratégicos, ou qualquer plano de acção para, no concreto, fazer o que quer que seja. E sempre que se fala nisso, sempre que tal se propõe, encolhem-se os ombros, ou até se tenta ridicularizar quem novas ideias propõe, ou quem diz qualquer coisa parecida com esta muito simples: Tomar está moribundo.Os problemas de Tomar podem estar amplificados com esta crise global, mas não têm que ver com ela, são muito anteriores, são estruturais, têm a sua origem num concelho velho, sem ideias, sem trabalho de preparação do futuro, há muito governado por dirigentes sem visão ou capacidade para pouco mais que floreados, e recheado de pessoas conformistas e frivolamente conservadoras, pouco conscientes da realidade e em especial do que os outros fazem e conseguem, por oposição ao que nós não, ou sequer pouco interessados em que quer que seja, incapazes de realmente sequer tentar acompanhar seriamente o que vai acontecendo à sua terra.Uma terra onde tudo o que acontece é sempre culpa de outrem, ou de algo a outros imputável.Em Tomar acha-se que é uma ponte ou uns campos de ténis que produzem o que quer seja – lá está, floreados; ou que é destruindo a identidade, como o que está a ser feito nas ruas do centro histórico, ou como se quer fazer ao mercado, exemplo entre tantos, que se potencia o turismo. Fazendo coisas exactamente iguais a qualquer outro lado, como seria esse Fórum, ou como genericamente são as obras do Polis – globalmente uma treta.Enfim, mágoas entre muitas de quem gosta desta terra, e todos dias luta consigo mesmo, entre o coração e a razão, para não a deixar de vez.E é melhor parar por aqui que já estou a ficar aziago. Mas não posso deixar de fazer referência à notícia do Expresso que pôs o Convento de Cristo na capa, e a todo o eco que tem tido por cá e pelo país.Sim, é sempre por “bons motivos” que somos notícia, mas desta vez é ridícula, a comunicação social tem os seus quês, mas do Expresso que costuma ser referência, esperava-se mais rigor...Bom Ano.

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