algures aqui: notas de domingo

01-09-2020
marcar artigo

AMT - foto rádio Hertz

A Assembleia Municipal de Tomar... essa coisa, que da forma que funciona é, infelizmente, quase inútil e onde são tomadas decisões ridículas, imorais, injustas - e depois não querem que os cidadãos cá fora achem que os políticos não prestam e não servem para nada. Há coisas que só vistas! Mas infelizmente são sempre poucos os que sequer sabem o que se lá passa.
Pequenas notas síntese da reunião de sexta:

- Miguel Relvas viu aprovada uma moção de censura contra si. Sem largar o telemóvel e pouco tempo passando na sala, como é costume, mas para além disso, um Relvas muito mais abatido e silencioso que aquilo que estávamos habituados. Consciência pesada? Elas não matam mas moem? Dúvidas sobre o que fazer da vida, agora que a sua carreira política se precipita para o fim?

- Relativamente àquele que era o ponto - político - mais importante, e importante porque são com estas questões que até podem parecer "menores", que se verificam as linhas de atuação geral da gestão, e porque verificam da moralidade, rigor, equidade, ética, dessa governação, a AMT decidiu manter as despesas de representação dos dirigentes "técnicos" do município, assunto que aqui abordei em primeira mão no post a política e os medrosos, pelo que não repetirei os argumentos essenciais.

Sobre a discussão realizada (no meu caso, reconheço, com alguma exasperação, porque já não tenho paciência para a mediocridade e a falta de decoro e responsabilidade), há vários pontos fascinantes:

- Vários deputados municipais demonstraram não saber sequer do que estavam a falar (o que nunca acontece...), por exemplo usando aqueles argumentos muito básicos como, "o dinheiro não sai do orçamento do município"! 

E mesmo que não saísse, isso significa que se pode gastar à farta? A velha mentalidade portuguesa que, se não sou eu que pago... e achar que o Estado é uma coisa qualquer virtual com fundos inesgotáveis.

- E aqueles argumentos do "problema é que o município tem é dirigentes a mais"?! É verdade, tem, estou farto de o dizer - mas a estrutura orgânica do município já foi aprovada neste mandato pela AMT, e o PS foi o único partido que votou contra, precisamente por defendermos a redução dos dirigentes!

- A bancada social democrata, mal preparada como costume, também demonstrou que não conhecia bem este dossiê, a ponto de alguns dos seus membros terem saído da sala (incluindo a líder de bancada oficial) porque, apanhados de surpresa e não querendo votar contra a orientação do partido, também não quiseram votar favoravelmente tal imoralidade e incoerência - mas o PSD nabantino é coerentemente incoerente!

Mesmo o líder de bancada (ou que nesta AM desempenhou essa função), o vice-presidente do PSD Ricardo Lopes (que é um jovem e por isso, ideologias à parte, tem um espírito mais arejado que a maioria dos elementos da AMT) acabou por concordar e acrescentar argumentos à posição do PS - mas votaram favoravelmente `continuação das regalias porque, "como é só até ao fim do ano" (o que não é verdade) não faz mal. Ou seja, na tese atabalhoada do PSD, não interessa se uma medida é justa ou injusta, o que interessa é se é por muito ou pouco tempo.

- Curiosa também a posição de alguns deputados municipais que se abstiveram ou votaram a favor porque "não concordam com a decisão do Governo em atribuir esta responsabilidade às AM's" - e com isso ajudaram a aprovar a coisa!

Ou os que acham que retirar este suplemento de salário (regalia que faz parte sim, das tais gorduras da administração pública, ainda para mais, paga neste caso por funções que não desempenham) dos dirigentes (que são pessoas próximas, e já sabemos como é o pulso fraco de alguns decisores) seria mais um corte salarial - mas se estivéssemos, por exemplo, a falar dos subsídios de alojamento dos juízes ou de alguns deputados, achariam o quê?

- Na verdade a AMT, com o PSD à cabeça, mas com todos os outros incluindo PCP e BE, (só o PS e o deputado não inscrito votaram contra), fez o mesmo que o Governo está a fazer: proteger os mais fortes. E mostrou também que é muito fácil criticar o Governo ou qualquer outra entidade, mas quando a responsabilidade nos cai nas mãos, faz-se o mesmo que aos outros se critica.

- Outro ponto que demonstra o ridículo de algumas decisões e a forma displicente como muitos membros da AMT votam, é a já velha questão da nossa proposta de extinção daquela, tal como é, inutilidade que é o Boletim Municipal. Só o PS defende a sua extinção (a proposta pode ser lida aqui) mas a realidade, como vai sendo costume por Tomar, desmente todos os outros! É que o boletim já não está a ser publicado precisamente porque o município (o mesmo que quer manter as regalias dos mais bem pagos dos seus funcionários) não tem dinheiro para o fazer.

Todas as propostas e requerimentos apresentados por nós socialistas, estão como sempre disponíveis na página do PS Tomar.

AMT - foto rádio Hertz

A Assembleia Municipal de Tomar... essa coisa, que da forma que funciona é, infelizmente, quase inútil e onde são tomadas decisões ridículas, imorais, injustas - e depois não querem que os cidadãos cá fora achem que os políticos não prestam e não servem para nada. Há coisas que só vistas! Mas infelizmente são sempre poucos os que sequer sabem o que se lá passa.
Pequenas notas síntese da reunião de sexta:

- Miguel Relvas viu aprovada uma moção de censura contra si. Sem largar o telemóvel e pouco tempo passando na sala, como é costume, mas para além disso, um Relvas muito mais abatido e silencioso que aquilo que estávamos habituados. Consciência pesada? Elas não matam mas moem? Dúvidas sobre o que fazer da vida, agora que a sua carreira política se precipita para o fim?

- Relativamente àquele que era o ponto - político - mais importante, e importante porque são com estas questões que até podem parecer "menores", que se verificam as linhas de atuação geral da gestão, e porque verificam da moralidade, rigor, equidade, ética, dessa governação, a AMT decidiu manter as despesas de representação dos dirigentes "técnicos" do município, assunto que aqui abordei em primeira mão no post a política e os medrosos, pelo que não repetirei os argumentos essenciais.

Sobre a discussão realizada (no meu caso, reconheço, com alguma exasperação, porque já não tenho paciência para a mediocridade e a falta de decoro e responsabilidade), há vários pontos fascinantes:

- Vários deputados municipais demonstraram não saber sequer do que estavam a falar (o que nunca acontece...), por exemplo usando aqueles argumentos muito básicos como, "o dinheiro não sai do orçamento do município"! 

E mesmo que não saísse, isso significa que se pode gastar à farta? A velha mentalidade portuguesa que, se não sou eu que pago... e achar que o Estado é uma coisa qualquer virtual com fundos inesgotáveis.

- E aqueles argumentos do "problema é que o município tem é dirigentes a mais"?! É verdade, tem, estou farto de o dizer - mas a estrutura orgânica do município já foi aprovada neste mandato pela AMT, e o PS foi o único partido que votou contra, precisamente por defendermos a redução dos dirigentes!

- A bancada social democrata, mal preparada como costume, também demonstrou que não conhecia bem este dossiê, a ponto de alguns dos seus membros terem saído da sala (incluindo a líder de bancada oficial) porque, apanhados de surpresa e não querendo votar contra a orientação do partido, também não quiseram votar favoravelmente tal imoralidade e incoerência - mas o PSD nabantino é coerentemente incoerente!

Mesmo o líder de bancada (ou que nesta AM desempenhou essa função), o vice-presidente do PSD Ricardo Lopes (que é um jovem e por isso, ideologias à parte, tem um espírito mais arejado que a maioria dos elementos da AMT) acabou por concordar e acrescentar argumentos à posição do PS - mas votaram favoravelmente `continuação das regalias porque, "como é só até ao fim do ano" (o que não é verdade) não faz mal. Ou seja, na tese atabalhoada do PSD, não interessa se uma medida é justa ou injusta, o que interessa é se é por muito ou pouco tempo.

- Curiosa também a posição de alguns deputados municipais que se abstiveram ou votaram a favor porque "não concordam com a decisão do Governo em atribuir esta responsabilidade às AM's" - e com isso ajudaram a aprovar a coisa!

Ou os que acham que retirar este suplemento de salário (regalia que faz parte sim, das tais gorduras da administração pública, ainda para mais, paga neste caso por funções que não desempenham) dos dirigentes (que são pessoas próximas, e já sabemos como é o pulso fraco de alguns decisores) seria mais um corte salarial - mas se estivéssemos, por exemplo, a falar dos subsídios de alojamento dos juízes ou de alguns deputados, achariam o quê?

- Na verdade a AMT, com o PSD à cabeça, mas com todos os outros incluindo PCP e BE, (só o PS e o deputado não inscrito votaram contra), fez o mesmo que o Governo está a fazer: proteger os mais fortes. E mostrou também que é muito fácil criticar o Governo ou qualquer outra entidade, mas quando a responsabilidade nos cai nas mãos, faz-se o mesmo que aos outros se critica.

- Outro ponto que demonstra o ridículo de algumas decisões e a forma displicente como muitos membros da AMT votam, é a já velha questão da nossa proposta de extinção daquela, tal como é, inutilidade que é o Boletim Municipal. Só o PS defende a sua extinção (a proposta pode ser lida aqui) mas a realidade, como vai sendo costume por Tomar, desmente todos os outros! É que o boletim já não está a ser publicado precisamente porque o município (o mesmo que quer manter as regalias dos mais bem pagos dos seus funcionários) não tem dinheiro para o fazer.

Todas as propostas e requerimentos apresentados por nós socialistas, estão como sempre disponíveis na página do PS Tomar.

marcar artigo