PCP que conta nunca recua

25-11-2020
marcar artigo

Estava escrito. Estava dito. Estava visto. Jerónimo fez o que devia, e o que o PCP esperava dele. Ou de qualquer líder. Manteve a Festa do Avante!, e o partido mostrou, como nunca, uma capacidade de organização impressionante, cumprindo todas as regras exigíveis nesta fase de pandemia. Os dramas e irritações foram excessivos, percebe-se agora. Não acreditar na força – «assim é que se vê a força do PCP» – e determinação dos comunistas é cometer um erro de avaliação básico. Foram Avante, fizeram a Festa, e a polémica morreu aqui.

O que fica, no entanto, é a afirmação de Jerónimo de Sousa de que o PCP «conta», e conta muito, numa solução à esquerda. Isso é o primeiro sinal, concreto, que o apelo de António Costa para uma solução de estabilidade parlamentar não será apenas com o Bloco de Esquerda. O PCP sabe, com 100 anos de experiência, que a única hipótese de ter influência decisiva em muitas medidas governamentais e orçamentais, que cumpram os seus objetivos ideológicos, é negociando um entendimento duradouro com o Governo. Com ou sem papel escrito. É indiferente.

Já para o Orçamento de 2021, um ano extraordinariamente complicado e inseguro, Jerónimo apresentou um exaustivo programa de medidas que quer ver concretizadas. Não vai ter tudo, nem de longe, como também não acontecerá com o BE, pela simples razão de que não são o Governo. Se o OE do próximo ano fosse apenas a soma de todas as propostas, do PS, BE, PCP, Verdes e PAN, então o país não precisava de um Governo, mas de uma Junta de Freguesia.

Do ponto de vista político, e com o PM disponível, muito, não existem grandes dilemas para se chegar a um acordo. Uma coisa sabemos: o Governo sozinho não chega para a pandemia e a crise económica. É peso a mais, descanso a menos, para um partido sem 116 deputados. E mesmo que os tivesse, talvez fosse avisado pedir ajuda a todos. Mais do que combates ideológicos, disputas de medidas, e protagonismo mediático, os portugueses querem soluções razoáveis, urgentes e universais. O país não está preocupado, por agora, se são de esquerda, de direita, do centro, ou de qualquer outra coisa. A única coisa que os portugueses querem, nesta fase, é sobreviver. Por isso mexam-se. Façam qualquer coisa.

Estava escrito. Estava dito. Estava visto. Jerónimo fez o que devia, e o que o PCP esperava dele. Ou de qualquer líder. Manteve a Festa do Avante!, e o partido mostrou, como nunca, uma capacidade de organização impressionante, cumprindo todas as regras exigíveis nesta fase de pandemia. Os dramas e irritações foram excessivos, percebe-se agora. Não acreditar na força – «assim é que se vê a força do PCP» – e determinação dos comunistas é cometer um erro de avaliação básico. Foram Avante, fizeram a Festa, e a polémica morreu aqui.

O que fica, no entanto, é a afirmação de Jerónimo de Sousa de que o PCP «conta», e conta muito, numa solução à esquerda. Isso é o primeiro sinal, concreto, que o apelo de António Costa para uma solução de estabilidade parlamentar não será apenas com o Bloco de Esquerda. O PCP sabe, com 100 anos de experiência, que a única hipótese de ter influência decisiva em muitas medidas governamentais e orçamentais, que cumpram os seus objetivos ideológicos, é negociando um entendimento duradouro com o Governo. Com ou sem papel escrito. É indiferente.

Já para o Orçamento de 2021, um ano extraordinariamente complicado e inseguro, Jerónimo apresentou um exaustivo programa de medidas que quer ver concretizadas. Não vai ter tudo, nem de longe, como também não acontecerá com o BE, pela simples razão de que não são o Governo. Se o OE do próximo ano fosse apenas a soma de todas as propostas, do PS, BE, PCP, Verdes e PAN, então o país não precisava de um Governo, mas de uma Junta de Freguesia.

Do ponto de vista político, e com o PM disponível, muito, não existem grandes dilemas para se chegar a um acordo. Uma coisa sabemos: o Governo sozinho não chega para a pandemia e a crise económica. É peso a mais, descanso a menos, para um partido sem 116 deputados. E mesmo que os tivesse, talvez fosse avisado pedir ajuda a todos. Mais do que combates ideológicos, disputas de medidas, e protagonismo mediático, os portugueses querem soluções razoáveis, urgentes e universais. O país não está preocupado, por agora, se são de esquerda, de direita, do centro, ou de qualquer outra coisa. A única coisa que os portugueses querem, nesta fase, é sobreviver. Por isso mexam-se. Façam qualquer coisa.

marcar artigo