Vice-presidente da bancada do PSD diz que pandemia mostrou falta de “capacidade” da DGS

20-05-2020
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O vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite alertou para a necessidade de haver preparação para uma eventual nova vaga de covid-19 e considerou a Direcção-Geral de Saúde (DGS) não teve “capacidade” para responder à situação. O aviso foi deixado na primeira conferência online do conselho estratégico nacional (CEN) do PSD em torno do tema “saúde e economia: que equilíbrio possível?”. Do lado da economia, o deputado Álvaro Almeida também chamou a atenção para a prioridade em fazer chegar os apoios às famílias e empresas em vez dos “devaneios de investimento público” para que a crise económica seja apenas passageira.

Ricardo Baptista Leite, que é médico, defendeu que a pandemia trouxe uma “oportunidade única” para fazer a “reforma” de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) precisa. Mas deixou um aviso: “Não podemos voltar a ser apanhados de forma desprevenida, precisamos de antever e preparar para ter capacidade de ter resposta e intervenção. Ficou mais do que claro que a Direcção-Geral de Saúde não tem capacidade para estas situações da forma como está estruturada hoje”, disse.

O deputado já tinha apontado o dedo ao secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, por garantir que Portugal estava a preparar a resposta à pandemia desde o final de Janeiro quando as primeiras encomendas de material só foram feitas em Março. Baptista Leite referiu que o Governo e as autoridades de saúde “estavam em negação” perante o surto e que “foram os portugueses que decidiram ficar em casa, tirar os filhos da escola, o que acabou por gerar pressão” e levar o Governo e o Presidente da República a decretar o estado de emergência.

O vice-presidente da bancada social-democrata lembrou que a capacidade do SNS para a covid-19 não foi esgotada mas que não foi capaz de “manter os serviços para outros doentes”. Um dos exemplos apontados foi a diminuição do diagnóstico de cancro no último mês e meio, o que vai levar a uma detecção tardia com impactos na morbilidade e mortalidade. “Não me venham dizer que a covid-19 cura o cancro”, disse, sublinhando uma ideia que também foi partilhada pelo médico António Araújo. Este oncologista, da Ordem dos Médicos do Norte, mostrou “preocupação” com o estado do SNS e alertou para os riscos de uma eventual segunda vaga quando chegar o Inverno e a sobreposição com outras doenças, nomeadamente a gripe.

Se, como médico, Ricardo Baptista Leite também chamou a atenção para a necessidade de uma resposta a nível europeu e de o Governo pagar as dívidas aos fornecedores, o economista Álvaro Almeida acentuou essas duas ideias. O deputado e coordenador para as Finanças do CEN sublinhou como “decisiva” a capacidade de o Governo “executar as suas promessas”, em fazer chegar os apoios às “famílias e às empresas”, na mesma medida que tem uma “capacidade de anúncios”, apontando a “quantidade de entrevistas sem par do primeiro-ministro”. “Se tudo isso for feito – e agora não tem sido – e não entrar em devaneios de grandes investimentos públicos, podemos ter uma crise económica passageira. Se o Governo não for capaz de fazer isso, o futuro económico será negro”, disse.

Antes do início do debate entre os três convidados, moderado pelo médico de saúde pública Ricardo Mexia, o presidente do CEN, Joaquim Miranda Sarmento, acusou o Governo de falhar no regime de layoff e nas linhas de crédito às empresas, reiterando uma ideia que já tinha escrito num artigo de opinião publicado esta segunda-feira no jornal Eco. O economista relembrou que o PSD apresentará um programa estruturado sobre o relançamento da economia no final deste mês ou início do próximo.

O vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite alertou para a necessidade de haver preparação para uma eventual nova vaga de covid-19 e considerou a Direcção-Geral de Saúde (DGS) não teve “capacidade” para responder à situação. O aviso foi deixado na primeira conferência online do conselho estratégico nacional (CEN) do PSD em torno do tema “saúde e economia: que equilíbrio possível?”. Do lado da economia, o deputado Álvaro Almeida também chamou a atenção para a prioridade em fazer chegar os apoios às famílias e empresas em vez dos “devaneios de investimento público” para que a crise económica seja apenas passageira.

Ricardo Baptista Leite, que é médico, defendeu que a pandemia trouxe uma “oportunidade única” para fazer a “reforma” de que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) precisa. Mas deixou um aviso: “Não podemos voltar a ser apanhados de forma desprevenida, precisamos de antever e preparar para ter capacidade de ter resposta e intervenção. Ficou mais do que claro que a Direcção-Geral de Saúde não tem capacidade para estas situações da forma como está estruturada hoje”, disse.

O deputado já tinha apontado o dedo ao secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, por garantir que Portugal estava a preparar a resposta à pandemia desde o final de Janeiro quando as primeiras encomendas de material só foram feitas em Março. Baptista Leite referiu que o Governo e as autoridades de saúde “estavam em negação” perante o surto e que “foram os portugueses que decidiram ficar em casa, tirar os filhos da escola, o que acabou por gerar pressão” e levar o Governo e o Presidente da República a decretar o estado de emergência.

O vice-presidente da bancada social-democrata lembrou que a capacidade do SNS para a covid-19 não foi esgotada mas que não foi capaz de “manter os serviços para outros doentes”. Um dos exemplos apontados foi a diminuição do diagnóstico de cancro no último mês e meio, o que vai levar a uma detecção tardia com impactos na morbilidade e mortalidade. “Não me venham dizer que a covid-19 cura o cancro”, disse, sublinhando uma ideia que também foi partilhada pelo médico António Araújo. Este oncologista, da Ordem dos Médicos do Norte, mostrou “preocupação” com o estado do SNS e alertou para os riscos de uma eventual segunda vaga quando chegar o Inverno e a sobreposição com outras doenças, nomeadamente a gripe.

Se, como médico, Ricardo Baptista Leite também chamou a atenção para a necessidade de uma resposta a nível europeu e de o Governo pagar as dívidas aos fornecedores, o economista Álvaro Almeida acentuou essas duas ideias. O deputado e coordenador para as Finanças do CEN sublinhou como “decisiva” a capacidade de o Governo “executar as suas promessas”, em fazer chegar os apoios às “famílias e às empresas”, na mesma medida que tem uma “capacidade de anúncios”, apontando a “quantidade de entrevistas sem par do primeiro-ministro”. “Se tudo isso for feito – e agora não tem sido – e não entrar em devaneios de grandes investimentos públicos, podemos ter uma crise económica passageira. Se o Governo não for capaz de fazer isso, o futuro económico será negro”, disse.

Antes do início do debate entre os três convidados, moderado pelo médico de saúde pública Ricardo Mexia, o presidente do CEN, Joaquim Miranda Sarmento, acusou o Governo de falhar no regime de layoff e nas linhas de crédito às empresas, reiterando uma ideia que já tinha escrito num artigo de opinião publicado esta segunda-feira no jornal Eco. O economista relembrou que o PSD apresentará um programa estruturado sobre o relançamento da economia no final deste mês ou início do próximo.

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