Ricardo Baptista Leite: “A questão das máscaras foi inaceitável e levou a uma quebra de confiança das populações”

27-11-2020
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Ricardo Baptista Leite, 40 anos, médico infecciologista e deputado do PSD foi o convidado desta semana do Irrevogável, onde apresentou o seu mais recente livro – “Um caminho para a Cura”, publicado nesta quarta-feira -, falou sobre a gestão da pandemia desde março até à atualidade e sobre o Orçamento do Estado para 2021. Dirige a maior crítica à atuação da Direção-Geral da Saúde (DGS), que considera que “não funciona”. “Não foi capaz de prever e de reagir a uma situação de emergência”.

Realça a falta de transparência da autoridade de saúde na divulgação de dados epidemiológicos – o que impede os decisores públicos de propor medidas mais eficazes no combate à pandemia – e dificuldades na comunicação, desde logo sobre a recomendação de máscaras em espaços públicos. Ricardo Batista Leite diz, sobre esta matéria, que o erro partiu logo da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, se esta última conseguiu corrigir algumas falhas e abriu um inquérito interno para avaliar a sua atuação, o deputado do PSD não vê isso a acontecer a nível nacional: “Em Portugal, ainda não conseguimos corrigir o que a OMS já corrigiu”.

“A questão das máscaras foi inaceitável e levou a uma quebra de confiança das populações em relação à OMS e depois isso traduziu-se numa quebra de confiança em relação à nossa autoridade de saúde: a Direção-Geral da Saúde. Nós sabemos que as emergências de saúde pública exigem que tenhamos a capacidade de comunicar de forma clara e coerente e aquilo que aconteceu foi que na ansia de dizer às pessoas para não usarem máscara – quando é muito claro que numa infeção respiratória transmitida por gotículas a barreira física iria funcionar sempre – quando disseram que usar máscara era importante já havia pessoas que não acreditavam em nada. Teria sido preferível dizer que não tínhamos máscaras para todos”, sugeriu.

“Eu creio que a verdade é o melhor antidoto contra a desconfiança, por isso, é que a verdade sobre as máscaras, sobre os dados é o melhor caminho”.

Vai mais longe e defende mesmo a extinção da DGS como a conhecemos. Propõe antes a distribuição das competências centralizadas na DGS sejam distribuídas por três organismos a criar: uma entendida responsável pela preparação e respostas a ameaças biológicas, gerida pela saúde, pela proteção civil e pela defesa nacional; outra equipa dedicada à Saúde Pública Portugal (que ficaria encarregue das medidas de saúde pública, como campanhas de vacinação) e uma agência de dados para a Saúde.

Para ouvir em Podcast:

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Ricardo Baptista Leite, 40 anos, médico infecciologista e deputado do PSD foi o convidado desta semana do Irrevogável, onde apresentou o seu mais recente livro – “Um caminho para a Cura”, publicado nesta quarta-feira -, falou sobre a gestão da pandemia desde março até à atualidade e sobre o Orçamento do Estado para 2021. Dirige a maior crítica à atuação da Direção-Geral da Saúde (DGS), que considera que “não funciona”. “Não foi capaz de prever e de reagir a uma situação de emergência”.

Realça a falta de transparência da autoridade de saúde na divulgação de dados epidemiológicos – o que impede os decisores públicos de propor medidas mais eficazes no combate à pandemia – e dificuldades na comunicação, desde logo sobre a recomendação de máscaras em espaços públicos. Ricardo Batista Leite diz, sobre esta matéria, que o erro partiu logo da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, se esta última conseguiu corrigir algumas falhas e abriu um inquérito interno para avaliar a sua atuação, o deputado do PSD não vê isso a acontecer a nível nacional: “Em Portugal, ainda não conseguimos corrigir o que a OMS já corrigiu”.

“A questão das máscaras foi inaceitável e levou a uma quebra de confiança das populações em relação à OMS e depois isso traduziu-se numa quebra de confiança em relação à nossa autoridade de saúde: a Direção-Geral da Saúde. Nós sabemos que as emergências de saúde pública exigem que tenhamos a capacidade de comunicar de forma clara e coerente e aquilo que aconteceu foi que na ansia de dizer às pessoas para não usarem máscara – quando é muito claro que numa infeção respiratória transmitida por gotículas a barreira física iria funcionar sempre – quando disseram que usar máscara era importante já havia pessoas que não acreditavam em nada. Teria sido preferível dizer que não tínhamos máscaras para todos”, sugeriu.

“Eu creio que a verdade é o melhor antidoto contra a desconfiança, por isso, é que a verdade sobre as máscaras, sobre os dados é o melhor caminho”.

Vai mais longe e defende mesmo a extinção da DGS como a conhecemos. Propõe antes a distribuição das competências centralizadas na DGS sejam distribuídas por três organismos a criar: uma entendida responsável pela preparação e respostas a ameaças biológicas, gerida pela saúde, pela proteção civil e pela defesa nacional; outra equipa dedicada à Saúde Pública Portugal (que ficaria encarregue das medidas de saúde pública, como campanhas de vacinação) e uma agência de dados para a Saúde.

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