Histórias: GRIPE ESPANHOLA

24-06-2020
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A gripe espanhola, também chamada de gripe de 1918, gripe pneumônica, peste pneumônica ou, simplesmente, pneumônica, principalmente pelo sintoma de atacar de maneira bem grave os pulmões. A gripe se alastrou rapidamente com o final da 1ª Guerra Mundial, entre os anos de 1918 e 1919.A designação “gripe espanhola” gerou muitos debates e controvérsias na época, pois não se sabe ao certo onde surgiram os primeiros casos. Embora a primeira vítima ilustre tenha sido o rei espanhol Afonso XIII, muitos pesquisadores alegam que a doença surgiu nos Estados Unidos, tendo sido levada para a Europa por soldados que combateram na 1ª Guerra Mundial.Mas, então, porque a gripe ganhou esse nome? Porque foi na Espanha que surgiram as primeiras notícias do doença. O país que se manteve neutro durante os conflitos da 1ª guerra, não impunha censura à sua imprensa, como os países beligerantes, assim as notícias da doença puderam ser divulgadas abertamente. Por isso, a gripe ganhou a denominação de “espanhola”. A doença se espalhou rapidamente, chegando ao sudeste asiático, à China, ao Japão e à Américas, estima-se que um quinto da população tenha contraido a gripe. Acredita-se que, no mundo todo, morreram entre 20 e 100 milhões de pessoas (mais que todos os mortos durante a guerra, que vitimou cerce de 15 milhões de pessoas). A pandemia acabou com populações inteiras, na África, Índia, China e no Alasca.No Brasil, a gripe também fez um enorme número de vítimas. No Rio de Janeiro as pessoas com medo de pegarem a doença, jogavam seus mortos no meio da rua, e como não havia coveiros suficiente, presidiários foram convocados para enterrar os mortos. Estima-se que 12 mil pessoas morreram no Rio de Janeiro em 2 meses. Em Curitiba, considerada a capital mais fria do país, os jornais eram censurados para evitar o pânico da população. Porém, no dia 14 de outubro de 1918 saiu a manchete alarmante: “Já morrem 24 pessoas por dia em Coritiba”, nessa mesma data saiu um anúncio: “Precisa-se de dois cocheiros na Empreza Funerária de P. Falce”. Essas e outras manchetes estão recolhidas no livro O Mez da Grippe (com essa grafia mesmo), de Valêncio Xavier, e dão uma idéia do quadro assustador que se vivia na época. O sistema de saúde não era capaz de atender a todos. O máximo que os médicos podiam fazer era deixar os doentes o mais confortáveis possível.As pessoas corriam às farmácias atrás de remédios, mas tudo o que era recomendado pelos médicos era inútil. Não se sabe ao certo quantos morreram no Brasil, a estimativa é de 35 mil mortos. Em 1920, da mesma maneira que surgiu, a gripe desapareceu. A partir daí cientistas, virologistas de todo o mundo se debruçaram a pesquisar os vírus e suas formas de contagio e tratamento. O vírus Influenza A sofreu mutação e novamente se manifestou em 1957, sob a forma da Gripe Asiática, e em 1968, com nome de Gripe de Hong Kong. Quando a Gripe Espanhola desapareceu os virologistas alegaram que mais cedo ou mais tarde uma nova doença nos atacaria de forma semelhante: “Só não sabemos quando. Se daqui a um ano, ou a um século...” disseram. O vírus causador da Gripe Espanhola e da Gripe Suína é o mesmo. Entretanto, atualmente temos uma arma poderosa a nosso favor: INFORMAÇÃO! Não podemos deixar que a falta de informação e a falta de prevenção torne essa doença novamente uma pandemia!


A gripe espanhola, também chamada de gripe de 1918, gripe pneumônica, peste pneumônica ou, simplesmente, pneumônica, principalmente pelo sintoma de atacar de maneira bem grave os pulmões. A gripe se alastrou rapidamente com o final da 1ª Guerra Mundial, entre os anos de 1918 e 1919.A designação “gripe espanhola” gerou muitos debates e controvérsias na época, pois não se sabe ao certo onde surgiram os primeiros casos. Embora a primeira vítima ilustre tenha sido o rei espanhol Afonso XIII, muitos pesquisadores alegam que a doença surgiu nos Estados Unidos, tendo sido levada para a Europa por soldados que combateram na 1ª Guerra Mundial.Mas, então, porque a gripe ganhou esse nome? Porque foi na Espanha que surgiram as primeiras notícias do doença. O país que se manteve neutro durante os conflitos da 1ª guerra, não impunha censura à sua imprensa, como os países beligerantes, assim as notícias da doença puderam ser divulgadas abertamente. Por isso, a gripe ganhou a denominação de “espanhola”. A doença se espalhou rapidamente, chegando ao sudeste asiático, à China, ao Japão e à Américas, estima-se que um quinto da população tenha contraido a gripe. Acredita-se que, no mundo todo, morreram entre 20 e 100 milhões de pessoas (mais que todos os mortos durante a guerra, que vitimou cerce de 15 milhões de pessoas). A pandemia acabou com populações inteiras, na África, Índia, China e no Alasca.No Brasil, a gripe também fez um enorme número de vítimas. No Rio de Janeiro as pessoas com medo de pegarem a doença, jogavam seus mortos no meio da rua, e como não havia coveiros suficiente, presidiários foram convocados para enterrar os mortos. Estima-se que 12 mil pessoas morreram no Rio de Janeiro em 2 meses. Em Curitiba, considerada a capital mais fria do país, os jornais eram censurados para evitar o pânico da população. Porém, no dia 14 de outubro de 1918 saiu a manchete alarmante: “Já morrem 24 pessoas por dia em Coritiba”, nessa mesma data saiu um anúncio: “Precisa-se de dois cocheiros na Empreza Funerária de P. Falce”. Essas e outras manchetes estão recolhidas no livro O Mez da Grippe (com essa grafia mesmo), de Valêncio Xavier, e dão uma idéia do quadro assustador que se vivia na época. O sistema de saúde não era capaz de atender a todos. O máximo que os médicos podiam fazer era deixar os doentes o mais confortáveis possível.As pessoas corriam às farmácias atrás de remédios, mas tudo o que era recomendado pelos médicos era inútil. Não se sabe ao certo quantos morreram no Brasil, a estimativa é de 35 mil mortos. Em 1920, da mesma maneira que surgiu, a gripe desapareceu. A partir daí cientistas, virologistas de todo o mundo se debruçaram a pesquisar os vírus e suas formas de contagio e tratamento. O vírus Influenza A sofreu mutação e novamente se manifestou em 1957, sob a forma da Gripe Asiática, e em 1968, com nome de Gripe de Hong Kong. Quando a Gripe Espanhola desapareceu os virologistas alegaram que mais cedo ou mais tarde uma nova doença nos atacaria de forma semelhante: “Só não sabemos quando. Se daqui a um ano, ou a um século...” disseram. O vírus causador da Gripe Espanhola e da Gripe Suína é o mesmo. Entretanto, atualmente temos uma arma poderosa a nosso favor: INFORMAÇÃO! Não podemos deixar que a falta de informação e a falta de prevenção torne essa doença novamente uma pandemia!

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