Câmara Corporativa: Proteger o chinês

12-05-2020
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— A sério que o casino é três vezes maior que o previsto? Não fazia ideia.Pois é, Afonso, eu diria mais: o caso Casino de Lisboa já era… Enquanto a coisa estava circunscrita ao despacho de Telmo Correia, os media pegaram no caso. Depois, quando se percebeu que o despacho não passava de um estilhaço e que a bomba iria rebentar nas mãos do Governo de Barroso, descobriu-se subitamente que tudo havia sido feito com a maior transparência.Morais Sarmento garantia a Mário Crespo, na passada sexta-feira, que, com a opção pela Estoril-Sol, houve o propósito patriótico de evitar que o casino fosse parar às mãos das tríades chinesas ou do cartel de Medellin.José António Saraiva, avisando que Stanley Ho poderia ter optado por Andorra ou Madrid, coloca, no luminoso Sol, uma questão deliciosa: “para que iria o Estado enterrar dinheiro num edifício que daqui a 20 anos estará certamente obsoleto?”Marcelo, hoje à noite, deu a entender, com o ar mais sério do mundo, que a Estoril-Sol fizera um grande favor em abrir um casino em Lisboa e que, a haver algo errado, era a circunstância de o Governo não ter verificado o teor do diploma que o inspector-geral de Jogos elaborara.Que interessa que o casino tenha o triplo do tamanho que fora acordado, não tendo as contrapartidas sido renegociadas? Que interessa que haja matérias acordadas verbalmente?O que interessa é que o “chinês” — não o de Macau, mas o de Bruxelas — está a salvo. É atirado às feras o PP, o elo mais fraco, que não está em condições de gerar uma alternativa para salvar a pátria.


— A sério que o casino é três vezes maior que o previsto? Não fazia ideia.Pois é, Afonso, eu diria mais: o caso Casino de Lisboa já era… Enquanto a coisa estava circunscrita ao despacho de Telmo Correia, os media pegaram no caso. Depois, quando se percebeu que o despacho não passava de um estilhaço e que a bomba iria rebentar nas mãos do Governo de Barroso, descobriu-se subitamente que tudo havia sido feito com a maior transparência.Morais Sarmento garantia a Mário Crespo, na passada sexta-feira, que, com a opção pela Estoril-Sol, houve o propósito patriótico de evitar que o casino fosse parar às mãos das tríades chinesas ou do cartel de Medellin.José António Saraiva, avisando que Stanley Ho poderia ter optado por Andorra ou Madrid, coloca, no luminoso Sol, uma questão deliciosa: “para que iria o Estado enterrar dinheiro num edifício que daqui a 20 anos estará certamente obsoleto?”Marcelo, hoje à noite, deu a entender, com o ar mais sério do mundo, que a Estoril-Sol fizera um grande favor em abrir um casino em Lisboa e que, a haver algo errado, era a circunstância de o Governo não ter verificado o teor do diploma que o inspector-geral de Jogos elaborara.Que interessa que o casino tenha o triplo do tamanho que fora acordado, não tendo as contrapartidas sido renegociadas? Que interessa que haja matérias acordadas verbalmente?O que interessa é que o “chinês” — não o de Macau, mas o de Bruxelas — está a salvo. É atirado às feras o PP, o elo mais fraco, que não está em condições de gerar uma alternativa para salvar a pátria.

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