Rio sem margens: Percorri a utopia do teu corpo

24-06-2020
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Percorri a utopia do teu
corpo

e descobri os recantos

de gelos arcaicos vividos.

Rebentaram águas quentes,

inquietas,

feitas nascentes em
refúgios proibidos.

Agarrei-me à tua agitação
provocante,

alucinante,

até à fraqueza.

Abandonámos o sonho

no zénite da explosão
capital

a que nos conduzimos.

E quebrámo-nos para
poente,

sabendo que

o sol nascente em breve
renasceria.

Jaime Portela

Percorri a utopia do teu
corpo

e descobri os recantos

de gelos arcaicos vividos.

Rebentaram águas quentes,

inquietas,

feitas nascentes em
refúgios proibidos.

Agarrei-me à tua agitação
provocante,

alucinante,

até à fraqueza.

Abandonámos o sonho

no zénite da explosão
capital

a que nos conduzimos.

E quebrámo-nos para
poente,

sabendo que

o sol nascente em breve
renasceria.

Jaime Portela

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