Muxicongo: Haja alguém que saiba orar!...

07-03-2020
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“Sabe que a primeira obrigação de um católico consciente é não chamar Deus para questões a que não é chamado. E sobretudo não misturar fé e religião com política, o que é uma verdadeira obscenidade”.

Ribeiro e Castro (In «Sábado» n.º 151 – 22 a 28 de Março de 2007)

Habituados que vamos ficando ao grande exercício da abstracção, por forma a cultivarmos uma prática coerente de raciocínio – sem que nos deixemos envolver pelos juízos analíticos e/ou sintéticos em Kant – tomaremos como princípio básico do uso da “razão” para, serenamente, melhor entendermos os delírios de uma grande parte dos por nós já aqui baptizados de “forjadores de consciências”. Infelizmente, este tipo de gente formula o seu deambular por um conjunto de frases feitas, aspergidas aqui e acolá, sempre com o sentido de acreditarem naquilo que estão longe de porem em prática.

Agora, alguém nos vem lançar “areia para os olhos”, obrigando-nos a repensar a nossa condição de seres humanos, limitadora de relações mesmo com o próprio Deus: Sabe que a primeira obrigação de um católico consciente é não chamar Deus para questões a que não é chamado. Mas que Deus – para aqueles que acreditam – é este que é arredado do todo? Será que os erros cometidos por nós ficam branqueados moralmente, só porque Ele não é para aqui chamado? Ser católico “paredes dentro” limita o campo de manobra exterior, como se o nosso espírito legislador obrigasse ao acantonamento de um SER desautorizado. Para esta “boa gente”, basta cumprir os rituais, “bem parecer” e engalanar a consciência com o “hábito” e o “pandeiro”. Deus não é para aqui chamado e, ponto final!...

Nós, face às nossas convicções – e ao contrário dos decorrentes adaptadores de éticas morais –, transportamos o pensamento dos nossos “mestres” para todo o lado, e nunca descartamos o apelo à energia sensitiva (e/ou intelectiva) de algo que está para lá das correntes de circunstância. Nunca precisamos de apalpar para acreditar. Ser católico e limitar as “responsabilidades” de Deus, isso sim, é que é uma verdadeira obscenidade. Qual é o problema de misturar a fé e religião com política? A não ser que se queira fazer jus às profecias: Então, se alguém vos disser: Aqui está o Messias ou: Ei-lo ali, não acrediteis (Lc. 17, 23; Mt. 24, 23), pois surgirão falsos Messias e falsos profetas que farão sinais e prodígios, afim de enganarem, se possível, até os eleitos (Dt. 13, 1). Vós, portanto, acautelai-vos: de tudo vos preveni.

Qualquer sujeito – lembrar-nos-emos sempre da relação necessária entre o sujeito e o objecto, para haver conhecimento – que quer ser católico acantonado na Igreja e democrata no parlamento, dificilmente conseguirá a fusão da tripartida – fé, religião e política – especulação, para se alvorar no papel de um “democrata cristão”.

É tempo de “confesso”, tempo de “remissão dos pecados”. Deus, a existir, mesmo que não tivesse sido para ali chamado, ouviu os insultos e sentiu a violência, em sede de democracia cristã (?): pois surgirão falsos Messias e falsos profetas que farão sinais e prodígios. Sinais e prodígios assim, só servirão para aumentar a nossa indignação.

Haja alguém que saiba orar!...

“Sabe que a primeira obrigação de um católico consciente é não chamar Deus para questões a que não é chamado. E sobretudo não misturar fé e religião com política, o que é uma verdadeira obscenidade”.

Ribeiro e Castro (In «Sábado» n.º 151 – 22 a 28 de Março de 2007)

Habituados que vamos ficando ao grande exercício da abstracção, por forma a cultivarmos uma prática coerente de raciocínio – sem que nos deixemos envolver pelos juízos analíticos e/ou sintéticos em Kant – tomaremos como princípio básico do uso da “razão” para, serenamente, melhor entendermos os delírios de uma grande parte dos por nós já aqui baptizados de “forjadores de consciências”. Infelizmente, este tipo de gente formula o seu deambular por um conjunto de frases feitas, aspergidas aqui e acolá, sempre com o sentido de acreditarem naquilo que estão longe de porem em prática.

Agora, alguém nos vem lançar “areia para os olhos”, obrigando-nos a repensar a nossa condição de seres humanos, limitadora de relações mesmo com o próprio Deus: Sabe que a primeira obrigação de um católico consciente é não chamar Deus para questões a que não é chamado. Mas que Deus – para aqueles que acreditam – é este que é arredado do todo? Será que os erros cometidos por nós ficam branqueados moralmente, só porque Ele não é para aqui chamado? Ser católico “paredes dentro” limita o campo de manobra exterior, como se o nosso espírito legislador obrigasse ao acantonamento de um SER desautorizado. Para esta “boa gente”, basta cumprir os rituais, “bem parecer” e engalanar a consciência com o “hábito” e o “pandeiro”. Deus não é para aqui chamado e, ponto final!...

Nós, face às nossas convicções – e ao contrário dos decorrentes adaptadores de éticas morais –, transportamos o pensamento dos nossos “mestres” para todo o lado, e nunca descartamos o apelo à energia sensitiva (e/ou intelectiva) de algo que está para lá das correntes de circunstância. Nunca precisamos de apalpar para acreditar. Ser católico e limitar as “responsabilidades” de Deus, isso sim, é que é uma verdadeira obscenidade. Qual é o problema de misturar a fé e religião com política? A não ser que se queira fazer jus às profecias: Então, se alguém vos disser: Aqui está o Messias ou: Ei-lo ali, não acrediteis (Lc. 17, 23; Mt. 24, 23), pois surgirão falsos Messias e falsos profetas que farão sinais e prodígios, afim de enganarem, se possível, até os eleitos (Dt. 13, 1). Vós, portanto, acautelai-vos: de tudo vos preveni.

Qualquer sujeito – lembrar-nos-emos sempre da relação necessária entre o sujeito e o objecto, para haver conhecimento – que quer ser católico acantonado na Igreja e democrata no parlamento, dificilmente conseguirá a fusão da tripartida – fé, religião e política – especulação, para se alvorar no papel de um “democrata cristão”.

É tempo de “confesso”, tempo de “remissão dos pecados”. Deus, a existir, mesmo que não tivesse sido para ali chamado, ouviu os insultos e sentiu a violência, em sede de democracia cristã (?): pois surgirão falsos Messias e falsos profetas que farão sinais e prodígios. Sinais e prodígios assim, só servirão para aumentar a nossa indignação.

Haja alguém que saiba orar!...

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