Muxicongo: Arlindo Pintomeira expõe “Trabalhos sobre papel” no Museu Nogueira da Silva, em Braga

23-06-2020
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“Todos
os dias, devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro
bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas”.

Goethe

Tomados pela
necessidade de nos mantermos alheados ao uso excessivo da violência e indecoro
de certos “políticos de pacotilha”, nomeadamente aqueles que sistematicamente
lutam contra a Cultura e contra os homens e mulheres completos (corpo,
intelecto e espírito), onde tudo evolui paralelamente para uma vida bem-sucedida
e equilibrada, no dizer de Montapert, lá vamos descomprimindo o nosso “estádio
sombrio” da mente, deliciando-nos com a boa música, boa poesia e a boa medida
do estado emocional da Arte e da Filosofia. Imbuídos pelo saudável deleite da Cultura
– qual forma imprescindível de respirar – aceitamos o amável convite do Museu
Nogueira da Silva, por forma a rumarmos até à cidade dos arcebispos, ao fim da
tarde da data memorável – 1 de Dezembro de 1640 – para a independência de
Portugal (vilipendiada, a partir do próximo ano, pelos tais “políticos de
pacotilha”), acompanhados pela nossa sobrinha Jessy Silva, a fim de assistirmos
à abertura da Exposição «Trabalhos sobre papel (1975-2011) retrospectiva», do
nosso bom amigo Arlindo Pintomeira, de quem já aqui falamos numa das nossas
crónicas, a propósito das duas exposições que mantém em Viana do Castelo até ao
dia 31, deste mês de Dezembro: “Exteriores-Interiores”, nos Antigos Paços do
Concelho; e “Outras Faces”, na Galeria d’Arte da Misericórdia. Na altura, demos
conta do seu extraordinário percurso de profícuo artista que é, e que
continuará a ser, face à sua não menos extraordinária sensibilidade,
criatividade e linha filosófica, elevada pela experiência humana, que o tem
levado a concretizar diferentes formas de arte, às quais nos vamos deixando
seduzir: surrealismo, contornismo e figurativismo (texturas espessas, o desenho
automático, as cores vivas e primárias do expressionismo em combinações
complementares, e ainda os motivos simples e depurados com algumas ligações ao
surrealismo e á arte primitiva, acompanharam o artista durante grande parte da
sua obra) com alguma influência através do grupo “CoBra”, mas criando o seu
próprio estilo e peculiaridade.

     

Com nossa sobrinha Jessy Silva, ladeando o talentoso artista Pintomeira

Introduzidos por um
painel colocado à entrada da exposição, que nos alertaria para o facto de que “a
desmaterialização dos objectos foi o caminho seguido por Pintomeira numa nova
linha onde o contorno acabou depois por se reduzir a um filete, as imagens dos
objectos aparecem estilizados quando não reduzidas a silhuetas sem cor nem
respeito pelos outros objectos do quadro, e este composto de texturas que lhe
conferem ritmo, irrealidade, estatuto de «formas puras». Neste ambiente Pintomeira
colocou grelhas quadriculares, aves, silhuetas femininas, rostos de perfil,
frutos; e varandas, e luas, e caras com olhos de espanto”, depressa nos entrosaríamos
no ambiente apelativo da pretensa e bem conseguida retrospectiva dos “trabalhos
em papel”. Gostamos bastante, e isso nos basta.

Sem mais devaneios – valorizando, desta vez, o testemunho da imagem –,
aqui fica esta nossa pequena nota e oportuna sugestão/convite para se
deslocarem até à cidade de Braga, nomeadamente à “Galeria Jardim/Museu Nogueira
da Silva” (até ao dia 3 de Janeiro de 2013), onde poderão disfrutar da
mensagem, do exercício e experimentação artística do grande Artista
contemporâneo do Lima e do mundo, Arlindo Pintomeira. Creiam que valerá a pena!

Pintomeira à conversa com o Reitor da Universidade do Minho, Prof. Doutor António M. Cunha

Prof. Doutor Miguel Bandeira (UM) e filho, presenças afectivas na Exposição de Pintomeira

“Todos
os dias, devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro
bonito e, se possível, dizer algumas palavras sensatas”.

Goethe

Tomados pela
necessidade de nos mantermos alheados ao uso excessivo da violência e indecoro
de certos “políticos de pacotilha”, nomeadamente aqueles que sistematicamente
lutam contra a Cultura e contra os homens e mulheres completos (corpo,
intelecto e espírito), onde tudo evolui paralelamente para uma vida bem-sucedida
e equilibrada, no dizer de Montapert, lá vamos descomprimindo o nosso “estádio
sombrio” da mente, deliciando-nos com a boa música, boa poesia e a boa medida
do estado emocional da Arte e da Filosofia. Imbuídos pelo saudável deleite da Cultura
– qual forma imprescindível de respirar – aceitamos o amável convite do Museu
Nogueira da Silva, por forma a rumarmos até à cidade dos arcebispos, ao fim da
tarde da data memorável – 1 de Dezembro de 1640 – para a independência de
Portugal (vilipendiada, a partir do próximo ano, pelos tais “políticos de
pacotilha”), acompanhados pela nossa sobrinha Jessy Silva, a fim de assistirmos
à abertura da Exposição «Trabalhos sobre papel (1975-2011) retrospectiva», do
nosso bom amigo Arlindo Pintomeira, de quem já aqui falamos numa das nossas
crónicas, a propósito das duas exposições que mantém em Viana do Castelo até ao
dia 31, deste mês de Dezembro: “Exteriores-Interiores”, nos Antigos Paços do
Concelho; e “Outras Faces”, na Galeria d’Arte da Misericórdia. Na altura, demos
conta do seu extraordinário percurso de profícuo artista que é, e que
continuará a ser, face à sua não menos extraordinária sensibilidade,
criatividade e linha filosófica, elevada pela experiência humana, que o tem
levado a concretizar diferentes formas de arte, às quais nos vamos deixando
seduzir: surrealismo, contornismo e figurativismo (texturas espessas, o desenho
automático, as cores vivas e primárias do expressionismo em combinações
complementares, e ainda os motivos simples e depurados com algumas ligações ao
surrealismo e á arte primitiva, acompanharam o artista durante grande parte da
sua obra) com alguma influência através do grupo “CoBra”, mas criando o seu
próprio estilo e peculiaridade.

     

Com nossa sobrinha Jessy Silva, ladeando o talentoso artista Pintomeira

Introduzidos por um
painel colocado à entrada da exposição, que nos alertaria para o facto de que “a
desmaterialização dos objectos foi o caminho seguido por Pintomeira numa nova
linha onde o contorno acabou depois por se reduzir a um filete, as imagens dos
objectos aparecem estilizados quando não reduzidas a silhuetas sem cor nem
respeito pelos outros objectos do quadro, e este composto de texturas que lhe
conferem ritmo, irrealidade, estatuto de «formas puras». Neste ambiente Pintomeira
colocou grelhas quadriculares, aves, silhuetas femininas, rostos de perfil,
frutos; e varandas, e luas, e caras com olhos de espanto”, depressa nos entrosaríamos
no ambiente apelativo da pretensa e bem conseguida retrospectiva dos “trabalhos
em papel”. Gostamos bastante, e isso nos basta.

Sem mais devaneios – valorizando, desta vez, o testemunho da imagem –,
aqui fica esta nossa pequena nota e oportuna sugestão/convite para se
deslocarem até à cidade de Braga, nomeadamente à “Galeria Jardim/Museu Nogueira
da Silva” (até ao dia 3 de Janeiro de 2013), onde poderão disfrutar da
mensagem, do exercício e experimentação artística do grande Artista
contemporâneo do Lima e do mundo, Arlindo Pintomeira. Creiam que valerá a pena!

Pintomeira à conversa com o Reitor da Universidade do Minho, Prof. Doutor António M. Cunha

Prof. Doutor Miguel Bandeira (UM) e filho, presenças afectivas na Exposição de Pintomeira

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