Muxicongo: Júlio Capela expõe nos Antigos Paços do Concelho!...

03-10-2020
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“(…)
As obras de Júlio Capela que mais nos interessam são precisamente aquelas em
que o Pintor concilia técnicas mistas ou propostas múltiplas em que os
elementos «Hiper-realistas» se associam a uma metafísica de objectos, num
quadro intimista de primeiros planos”

António Cardoso

Denominada de
«Exposição de Primavera» abriu ao público, no pretérito dia 28 de Março
(Sexta-feira), nos baixos dos Antigos Paços do Concelho, em Viana do Castelo,
uma exposição de acrílicos e aguarelas do artista plástico Júlio Capela,
licenciado em pintura pela Faculdade das Belas Artes do Porto, que tem
desenvolvido a sua actividade artística, a par da docência no ensino artístico,
em Viana do Castelo e no Porto (de onde é natural), sendo nesta cidade que
expõe regularmente. No seu vastíssimo curriculum tem a participação em mais de
50 exposições colectivas e individuais, no país e no estrangeiro, e está
representado em várias instituições e colecções particulares, tendo obtido
também vários prémios de desenho e pintura.

Esta exposição que
conta com a preciosa “logística” do Município de Viana do Castelo e do Centro
Cultural do Alto Minho (CCAM), apresenta-se através de uma mostra de vinte e
dois quadros, sendo que sete deles são de grande formato: “Porto-Ribeira”;
“Duas escarpas” (Porto); “Casario de Gaia”; “Misericórdia de Viana”; “Casario
da Ribeira”; “Porto antigo”; “Liberdade”, quadro que, apesar da subjectividade
da nossa apreciação estética (a arte pelo gosto, sem pretensiosos eruditismos,
sempre com a noção da douta-ignorância), achamos magnífico; “Cúpulas do Porto”;
dois quadros “Vacas das Cordas”; sete quadros “Composição-Figuras”; e cinco
quadros “Manifestação Popular”, obras avaliadas, preço em catálogo, em cerca de
21 mil euros.

Fazendo fé nas palavras
de Francisco de Pablos, da Real Academia
de Bellas Artes de Madrid, as quais subscrevemos, “as obras de Júlio Capela
que conciliam técnicas mistas e várias propostas denotam uma grande
sensibilidade e um lirismo que fazem dele não só um pintor de excelência como
um excelente evocador lírico, capaz de manejar o pincel com a precisão de um
calígrafo, organizador de manchas coloridas sábias e sentido de composição que
o tornam um executor primoroso. É de realçar a sua capacidade de anular o
supérfluo e exigir ao espectador que seja participante da emoção contemplativa
destas naturezas idealizadas”.
Subscrevemos estas palavras, porque já por várias vezes afirmamos que a Arte
tem que produzir em nós a útil magia da emoção, sem que para isso – e
contrariando a sapiência redutora de alguns pressupostos eruditos de Arte –
tenhamos a necessidade de “desfiar rosários” elementares ao conhecimento
preconcebido, para usufruirmos da liberdade do “gosto”, da “imaginação” e da
“visão”, como corolário da velha máxima: “a verdadeira obra existe na forma de
ideias na mente do seu criador, e na mente de quem está a apreciar a obra”.
Sentimo-nos nesse direito, porque comungamos da ideia que “uma verdadeira obra
de arte é uma actividade total que a pessoa que dela desfruta apreende ou tem
dela consciência pelo uso da sua imaginação” – citamos R. G. Collingwood. E
esta nossa actividade imaginativa não é somente visual, mas também emotiva,
porque percepcionamos, apreendemos e deixamo-nos envolver pela criação do
artista. Júlio Capela, através desta magnífica exposição, conseguiu produzir em
nós, enquanto observador, o dever de expressar emoções, tal como o artista,
tornando-nos assim artistas no decorrer do próprio processo de apreciar a arte.
De facto, o valor da arte – citando Collingwood – “tanto para o criador como
para os consumidores encontra-se na capacidade para clarificar e individualizar
emoções específicas”. No nosso modesto entender, a emoção que o observador
sente deve, idealmente, assemelhar-se à do artista.

E porque não se pode
inventar aquilo que já foi inventado, terminaremos com as palavras de António
Cardoso, aquando de uma exposição de Júlio Capela em Amarante: “Tal como
acontece com muitos artistas contemporâneos, Capela trabalha também por séries,
em diferentes tempos psicológicos, e penso que é nessa perspectiva que devem
ser entendidas as suas aguarelas, que nos apresenta, com atmosferas,
transparências e texturas bem interessantes”.

Esta «Exposição de
Primavera» de Júlio Capela, que se recomenda (uma visita obrigatória), estará
patente ao público até ao dia 20 de Abril. Na senda do nosso “colega” Lou
Marinoff que nos sugere “Mais Platão, Menos Prozac”, e sem usurparmos os
direitos de autor, diremos “Mais Arte, Menos Prozac”, porque também faz bem à
Saúde… A consciência da criação.       

        Gostamos, e isso nos basta!

“(…)
As obras de Júlio Capela que mais nos interessam são precisamente aquelas em
que o Pintor concilia técnicas mistas ou propostas múltiplas em que os
elementos «Hiper-realistas» se associam a uma metafísica de objectos, num
quadro intimista de primeiros planos”

António Cardoso

Denominada de
«Exposição de Primavera» abriu ao público, no pretérito dia 28 de Março
(Sexta-feira), nos baixos dos Antigos Paços do Concelho, em Viana do Castelo,
uma exposição de acrílicos e aguarelas do artista plástico Júlio Capela,
licenciado em pintura pela Faculdade das Belas Artes do Porto, que tem
desenvolvido a sua actividade artística, a par da docência no ensino artístico,
em Viana do Castelo e no Porto (de onde é natural), sendo nesta cidade que
expõe regularmente. No seu vastíssimo curriculum tem a participação em mais de
50 exposições colectivas e individuais, no país e no estrangeiro, e está
representado em várias instituições e colecções particulares, tendo obtido
também vários prémios de desenho e pintura.

Esta exposição que
conta com a preciosa “logística” do Município de Viana do Castelo e do Centro
Cultural do Alto Minho (CCAM), apresenta-se através de uma mostra de vinte e
dois quadros, sendo que sete deles são de grande formato: “Porto-Ribeira”;
“Duas escarpas” (Porto); “Casario de Gaia”; “Misericórdia de Viana”; “Casario
da Ribeira”; “Porto antigo”; “Liberdade”, quadro que, apesar da subjectividade
da nossa apreciação estética (a arte pelo gosto, sem pretensiosos eruditismos,
sempre com a noção da douta-ignorância), achamos magnífico; “Cúpulas do Porto”;
dois quadros “Vacas das Cordas”; sete quadros “Composição-Figuras”; e cinco
quadros “Manifestação Popular”, obras avaliadas, preço em catálogo, em cerca de
21 mil euros.

Fazendo fé nas palavras
de Francisco de Pablos, da Real Academia
de Bellas Artes de Madrid, as quais subscrevemos, “as obras de Júlio Capela
que conciliam técnicas mistas e várias propostas denotam uma grande
sensibilidade e um lirismo que fazem dele não só um pintor de excelência como
um excelente evocador lírico, capaz de manejar o pincel com a precisão de um
calígrafo, organizador de manchas coloridas sábias e sentido de composição que
o tornam um executor primoroso. É de realçar a sua capacidade de anular o
supérfluo e exigir ao espectador que seja participante da emoção contemplativa
destas naturezas idealizadas”.
Subscrevemos estas palavras, porque já por várias vezes afirmamos que a Arte
tem que produzir em nós a útil magia da emoção, sem que para isso – e
contrariando a sapiência redutora de alguns pressupostos eruditos de Arte –
tenhamos a necessidade de “desfiar rosários” elementares ao conhecimento
preconcebido, para usufruirmos da liberdade do “gosto”, da “imaginação” e da
“visão”, como corolário da velha máxima: “a verdadeira obra existe na forma de
ideias na mente do seu criador, e na mente de quem está a apreciar a obra”.
Sentimo-nos nesse direito, porque comungamos da ideia que “uma verdadeira obra
de arte é uma actividade total que a pessoa que dela desfruta apreende ou tem
dela consciência pelo uso da sua imaginação” – citamos R. G. Collingwood. E
esta nossa actividade imaginativa não é somente visual, mas também emotiva,
porque percepcionamos, apreendemos e deixamo-nos envolver pela criação do
artista. Júlio Capela, através desta magnífica exposição, conseguiu produzir em
nós, enquanto observador, o dever de expressar emoções, tal como o artista,
tornando-nos assim artistas no decorrer do próprio processo de apreciar a arte.
De facto, o valor da arte – citando Collingwood – “tanto para o criador como
para os consumidores encontra-se na capacidade para clarificar e individualizar
emoções específicas”. No nosso modesto entender, a emoção que o observador
sente deve, idealmente, assemelhar-se à do artista.

E porque não se pode
inventar aquilo que já foi inventado, terminaremos com as palavras de António
Cardoso, aquando de uma exposição de Júlio Capela em Amarante: “Tal como
acontece com muitos artistas contemporâneos, Capela trabalha também por séries,
em diferentes tempos psicológicos, e penso que é nessa perspectiva que devem
ser entendidas as suas aguarelas, que nos apresenta, com atmosferas,
transparências e texturas bem interessantes”.

Esta «Exposição de
Primavera» de Júlio Capela, que se recomenda (uma visita obrigatória), estará
patente ao público até ao dia 20 de Abril. Na senda do nosso “colega” Lou
Marinoff que nos sugere “Mais Platão, Menos Prozac”, e sem usurparmos os
direitos de autor, diremos “Mais Arte, Menos Prozac”, porque também faz bem à
Saúde… A consciência da criação.       

        Gostamos, e isso nos basta!

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