12-10-2020
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O “juntos vamos longe”, dito entre sorrisos, ficaria para a história. É que, antes, na troca de argumentos com Jerónimo de Sousa, já Costa se tinha desdobrado em juras de amor com o PCP afirmando que “entusiasmo” não lhe faltava para aprovar o OE com os comunistas. “Esteja tranquilo, entusiasmo não me falta, não sei é se conseguimos chegar onde a nossa ambição (que penso que seja conjunta) nos deseja levar”, começou por dizer. Para a seguir se mostrar confiante de que ainda há muita estrada para andar, citando Jorge Palma. “Iremos prosseguir no passo seguro dos últimos 5 anos, sem recuar, e sem ficar a marcar passo, mas sem dar um passo maior do que a perna. Vamos avançar com a convicção de que iremos continuar a caminhar, enquanto houver estrada para andar”. Para já, há pelo menos uma moratória para a suspensão da caducidade da contratação coletiva — que Costa acena para PCP ver. Resta saber até onde irá a estrada, e quando vai acabar.

Ao Bloco de Esquerda, menos romântico e menos sorridente, António Costa acenou com uma nova prestação social não contributiva para trabalhadores informais e que ficaram desprotegidos com a crise. “Tenho a esperança de que no OE 2021 consigamos a aprovar uma proposta — que temos vindo a trabalhar ‘também’ com o BE — com vista a uma nova prestação social para que ninguém fique de fora e consiga sustentar-se e sustentar os seus. Tenho muita esperança de que o OE 2021 venha a ser aprovado e que estas prioridades sejam cumpridas”, disse Costa. Uma negociação que está a ser feita ‘também’ com o BE. Ou seja, não só com o BE.

Rio ignora tema quente e agarra-se à saúde

Rui Rio fez parte da mudança no Tribunal de Contas e, mesmo tendo uma coleção de debates e intervenções públicas com alertas veementes sobre o potencial crescimento da corrupção com a chegada de fundos avultados de Bruxelas, neste debate optou por falar de outro tema. Um tema que, disse, é o “mais importante” de todos: a taxa de mortalidade por falta de assistência a doentes não-Covid.

Munido dos números, foi à volta disso que girou toda a intervenção do PSD no debate com Costa — tanto na intervenção de Rio como na intervenção de Ricardo Batista Leite –, que se centrou na ideia de que a falta de assistência é uma “autêntica condenação à morte”, com Rio a dar o exemplo dos doentes oncológicos que chegam ao médicos já numa fase mais avançada porque não tiveram tratamento “a tempo e horas”. A ministra da Saúde acabaria por admitir que todos os países tiveram de parar a “atividade assistencial” no início da pandemia, sendo que Portugal reforçou recursos ao longo dos últimos meses “sem agendas escondidas” ou “agendas ocultas”, disse.

O “juntos vamos longe”, dito entre sorrisos, ficaria para a história. É que, antes, na troca de argumentos com Jerónimo de Sousa, já Costa se tinha desdobrado em juras de amor com o PCP afirmando que “entusiasmo” não lhe faltava para aprovar o OE com os comunistas. “Esteja tranquilo, entusiasmo não me falta, não sei é se conseguimos chegar onde a nossa ambição (que penso que seja conjunta) nos deseja levar”, começou por dizer. Para a seguir se mostrar confiante de que ainda há muita estrada para andar, citando Jorge Palma. “Iremos prosseguir no passo seguro dos últimos 5 anos, sem recuar, e sem ficar a marcar passo, mas sem dar um passo maior do que a perna. Vamos avançar com a convicção de que iremos continuar a caminhar, enquanto houver estrada para andar”. Para já, há pelo menos uma moratória para a suspensão da caducidade da contratação coletiva — que Costa acena para PCP ver. Resta saber até onde irá a estrada, e quando vai acabar.

Ao Bloco de Esquerda, menos romântico e menos sorridente, António Costa acenou com uma nova prestação social não contributiva para trabalhadores informais e que ficaram desprotegidos com a crise. “Tenho a esperança de que no OE 2021 consigamos a aprovar uma proposta — que temos vindo a trabalhar ‘também’ com o BE — com vista a uma nova prestação social para que ninguém fique de fora e consiga sustentar-se e sustentar os seus. Tenho muita esperança de que o OE 2021 venha a ser aprovado e que estas prioridades sejam cumpridas”, disse Costa. Uma negociação que está a ser feita ‘também’ com o BE. Ou seja, não só com o BE.

Rio ignora tema quente e agarra-se à saúde

Rui Rio fez parte da mudança no Tribunal de Contas e, mesmo tendo uma coleção de debates e intervenções públicas com alertas veementes sobre o potencial crescimento da corrupção com a chegada de fundos avultados de Bruxelas, neste debate optou por falar de outro tema. Um tema que, disse, é o “mais importante” de todos: a taxa de mortalidade por falta de assistência a doentes não-Covid.

Munido dos números, foi à volta disso que girou toda a intervenção do PSD no debate com Costa — tanto na intervenção de Rio como na intervenção de Ricardo Batista Leite –, que se centrou na ideia de que a falta de assistência é uma “autêntica condenação à morte”, com Rio a dar o exemplo dos doentes oncológicos que chegam ao médicos já numa fase mais avançada porque não tiveram tratamento “a tempo e horas”. A ministra da Saúde acabaria por admitir que todos os países tiveram de parar a “atividade assistencial” no início da pandemia, sendo que Portugal reforçou recursos ao longo dos últimos meses “sem agendas escondidas” ou “agendas ocultas”, disse.

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