Pedro Sousa revela: “Não sou o gajo mais zen do mundo

14-10-2020
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Quem o vê na pele do terrível Mateus em “Quer o Destino”, não imagina o trabalho que Pedro Sousa teve para lhe dar vida. “Ao contrário do que pensam de mim, não sou o gajo mais zen do mundo, nem o que está sempre em paz. Todos temos coisas boas e menos boas, energia positiva num dia e menos no outro… Procurei e manipulei isso em mim para conseguir estar numa zona mais negativa do que o que sou na vida real”, começa por explicar, assumindo que nem sempre foi fácil deixar a personagem nos estúdios. “Em dias intensos, chegava a casa e continuava nessa zona negativa. Ficava emocionalmente contagiado… Só passava, por exemplo, se não gravasse no dia a seguir. Acordava e ia à praia, fazer uma coisa completamente diferente. Aí conseguia limpar o que estava manchado no lado emocional por causa do trabalho. Se regressasse no dia a seguir, mantinha a energia.”

Há um mês que terminou de gravar a trama da TVI e tudo fez para deixar a sua personagem para trás. “Tenho ido à praia, fazer surfe”, admite, continuando: “De certa forma, ele já está enterrado. Não tenho visto a novela, esforço-me para passar mais tempo fora de casa do que dentro. Tenho feito mais surfe e acho que está mais ou menos acabado”. Mas para conseguir recuperar deste papel por inteiro, Pedro Sousa precisa de voar para longe do nosso país. “É uma coisa que costumo fazer sempre que acabo um projeto e não o fiz logo por razões óbvias”, refere. Entretanto, conseguiu voar para as Maldivas. Isto apesar dos riscos devido aos tempos de pandemia que vivemos. “É um risco que tinha de correr. Estava farto! O nosso país é lindo mas estava cansado de estar em Portugal.”

O assédio dos admiradores

Habituado a ser assediado pelos fãs, Pedro Sousa sentiu na pele o sucesso do seu Mateus, apesar deste ser um mau caráter. “É assustador ver que as pessoas gostam de um psicopatazinho. Não é só a Isabela [Inês Herédia]. Recebi muitas mensagens no Instagram de pessoas a dizer que adoravam o Mateus e que gostavam de se cruzar com ele. Há pessoal muito doido. Com esta fase da pandemia, a doidice das pessoas multiplicou-se um bocadinho”, conta, revelando que, quando alguém o aborda na rua, ainda fica sem saber o que dizer: “Sou um bocado tímido e às vezes fico atrapalhado, principalmente quando as pessoas me abordam na rua, se estou na minha e vou surfar”.

A chicotear-se… desde 2008

Em “Quer o Destino”, Mateus tem tido cenas de extrema violência, que incluem automutilações, violência ou fantasias mais hardcore. E, a verdade é que, desde o seu primeiro trabalho, que faz sequências do género. “Estreei-me numa longa metragem chamada Deste Lado da Ressurreição, de Joaquim Sapinho. Aí tive a minha primeira cena de autoflagelação, no Convento dos Capuchos. E ainda por cima fiquei com as costas marcadas durante uma semana e meia!”, recorda, explicando a importância que este trabalho teve para a sua vida: “Ainda era completamente surfista na altura, ainda competia, mas já estava na ACT, no primeiro ano da Escola de Atores, e o Joaquim achou que eu é que devia fazer o protagonista desse filme. Pensei que não tinha capacidade, dizia que era surfista e só queria saber como era ser ator, tinha curiosidade. Ele respondia: tu és ator, só não sabes”.

Elogio de colegas

Pedro tem consciência de como este vilão foi importante para a sua carreira. “Acredito que esta personagem me deu um empurrãozinho quanto ao respeito que as pessoas do meio, dos colegas, do público em geral têm do meu trabalho. Já recebi mensagens de atores que admiro, que nem sequer conheço pessoalmente, a elogiarem o meu desempenho e isso para mim é excelente. Não estou à espera que, de repente, um ator que eu respeito se dê ao trabalho de me enviar uma mensagem a aplaudir-me. E em relação a coisas específicas. Não são só palmadinhas nas costas de toda a gente a dizer bem deste trabalho. São coisas concretas que me deixam… uau!”, orgulha-se. Quanto ao futuro profissional, não está decidido. “Ainda estou a avaliar projetos.”

Quem o vê na pele do terrível Mateus em “Quer o Destino”, não imagina o trabalho que Pedro Sousa teve para lhe dar vida. “Ao contrário do que pensam de mim, não sou o gajo mais zen do mundo, nem o que está sempre em paz. Todos temos coisas boas e menos boas, energia positiva num dia e menos no outro… Procurei e manipulei isso em mim para conseguir estar numa zona mais negativa do que o que sou na vida real”, começa por explicar, assumindo que nem sempre foi fácil deixar a personagem nos estúdios. “Em dias intensos, chegava a casa e continuava nessa zona negativa. Ficava emocionalmente contagiado… Só passava, por exemplo, se não gravasse no dia a seguir. Acordava e ia à praia, fazer uma coisa completamente diferente. Aí conseguia limpar o que estava manchado no lado emocional por causa do trabalho. Se regressasse no dia a seguir, mantinha a energia.”

Há um mês que terminou de gravar a trama da TVI e tudo fez para deixar a sua personagem para trás. “Tenho ido à praia, fazer surfe”, admite, continuando: “De certa forma, ele já está enterrado. Não tenho visto a novela, esforço-me para passar mais tempo fora de casa do que dentro. Tenho feito mais surfe e acho que está mais ou menos acabado”. Mas para conseguir recuperar deste papel por inteiro, Pedro Sousa precisa de voar para longe do nosso país. “É uma coisa que costumo fazer sempre que acabo um projeto e não o fiz logo por razões óbvias”, refere. Entretanto, conseguiu voar para as Maldivas. Isto apesar dos riscos devido aos tempos de pandemia que vivemos. “É um risco que tinha de correr. Estava farto! O nosso país é lindo mas estava cansado de estar em Portugal.”

O assédio dos admiradores

Habituado a ser assediado pelos fãs, Pedro Sousa sentiu na pele o sucesso do seu Mateus, apesar deste ser um mau caráter. “É assustador ver que as pessoas gostam de um psicopatazinho. Não é só a Isabela [Inês Herédia]. Recebi muitas mensagens no Instagram de pessoas a dizer que adoravam o Mateus e que gostavam de se cruzar com ele. Há pessoal muito doido. Com esta fase da pandemia, a doidice das pessoas multiplicou-se um bocadinho”, conta, revelando que, quando alguém o aborda na rua, ainda fica sem saber o que dizer: “Sou um bocado tímido e às vezes fico atrapalhado, principalmente quando as pessoas me abordam na rua, se estou na minha e vou surfar”.

A chicotear-se… desde 2008

Em “Quer o Destino”, Mateus tem tido cenas de extrema violência, que incluem automutilações, violência ou fantasias mais hardcore. E, a verdade é que, desde o seu primeiro trabalho, que faz sequências do género. “Estreei-me numa longa metragem chamada Deste Lado da Ressurreição, de Joaquim Sapinho. Aí tive a minha primeira cena de autoflagelação, no Convento dos Capuchos. E ainda por cima fiquei com as costas marcadas durante uma semana e meia!”, recorda, explicando a importância que este trabalho teve para a sua vida: “Ainda era completamente surfista na altura, ainda competia, mas já estava na ACT, no primeiro ano da Escola de Atores, e o Joaquim achou que eu é que devia fazer o protagonista desse filme. Pensei que não tinha capacidade, dizia que era surfista e só queria saber como era ser ator, tinha curiosidade. Ele respondia: tu és ator, só não sabes”.

Elogio de colegas

Pedro tem consciência de como este vilão foi importante para a sua carreira. “Acredito que esta personagem me deu um empurrãozinho quanto ao respeito que as pessoas do meio, dos colegas, do público em geral têm do meu trabalho. Já recebi mensagens de atores que admiro, que nem sequer conheço pessoalmente, a elogiarem o meu desempenho e isso para mim é excelente. Não estou à espera que, de repente, um ator que eu respeito se dê ao trabalho de me enviar uma mensagem a aplaudir-me. E em relação a coisas específicas. Não são só palmadinhas nas costas de toda a gente a dizer bem deste trabalho. São coisas concretas que me deixam… uau!”, orgulha-se. Quanto ao futuro profissional, não está decidido. “Ainda estou a avaliar projetos.”

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