A desvalorização da polémica do 1º de Maio, a boa notícia para os católicos, as contratações do SNS e outros anúncios da ministra

27-06-2020
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A ministra da Saúde abriu a porta à celebração do 13 de maio em Fátima e acabou por deixar nas mãos da igreja essa possibilidade, “desde que sejam respeitadas as regras sanitárias”, tal como aconteceu nas celebrações do dia do trabalhador. Em entrevista a Rodrigo Guedes de Carvalho, na SIC, Marta Temido disse que “cada organizador tem de fazer um juízo de valor sobre riscos que vai correr”, até porque “o estado de emergência ou o estado de calamidade não é uma emergência totalitária, é uma emergência sanitária”. Recorde-se que a igreja já veio dizer que este ano não haverá cerimónias presenciais no Santuário de Fátima.

Ainda sobre as celebrações do 1º de Maio, a ministra considera que estiveram “em linha com aquilo que foi a excecionalidade prevista no decreto presidencial que se referia ao estado de emergência”, embora tenha acabado por concluir que as manifestações, nomeadamente na Alameda D. Afonso Henriques, tiveram “um número significativo de pessoas, superior àquilo que é um número-regra, mas um número enquadrado dentro daquilo que era a sinalização de uma data”.

A propósito da presença do líder do PCP, Jerónimo de Sousa, de 73 anos, nas manifestações e da sua declaração de que “a idade não é um critério absoluto”, a ministra concordou sublinhando que “a idade é um critério de risco por si só, mas não é um critério absoluto".

Já sobre a hipótese de haver público nos jogos de futebol, uma vez que os estádios são recintos abertos, Marta Temido foi perentória “Não, porque a opção neste momento será a de não ter público” mas esses são aspetos “que estão a ser ponderados”.

Sobre a utilização ou não das máscaras e da evolução da posição das autoridades de saúde portuguesas, que no início não recomendou o uso das mesmas, Marta Temido garante que “não foi uma questão de falta de máscaras que determinou a opção - foi a questão de não termos ainda uma indicação técnica de entidades que normalmente seguimos a esse propósito”. Por outro lado, justificou que não valia a pena dizer aos portugueses para usarem máscaras se lhes era pedido para ficarem em casa. “A partir de segunda-feira a nossa vida vai tentar recuperar alguma normalidade e as pessoas vão fazer coisas que tinham deixado de fazer, então aí têm de ter cautelas adicionais e a máscara é uma cautela complementar”.

Com a massificação do uso de máscaras é necessário torná-las acessíveis a todos e Marta Temido confessa que a disponibilidade de venda nas superfícies comerciais “é uma preocupação”. “Estamos muitos apostados a que a nossa indústria nacional responda àquilo que foi uma alteração da forma como tínhamos esta situação enquadrada”, referindo-se à recente recomendação do uso de máscaras comunitárias ou sociais. No entanto, afirma que “temos máscaras comunitárias certificadas que se venderão”, embora não esteja fora de hipótese “a possibilidade de se fazerem em casa”.

Em relação à utilização maciça de testes à covid-19, diz que “é muito importante” mas que é apenas “uma fotografia daquilo que se passa com um determinado indivíduo num determinado momento”. É um auxiliar.

Todos os sistemas de saúde estão a discutir como dar resposta em paralelo às situações covid-19 e não covid-19 e o SNS português não é exceção e por isso já foi emitido um despacho que refere que “está na altura de começarmos a reprogramar e a recuperar a atividade”, como consultas e cirurgias, que entretanto ficaram suspensas.

A ministra não tem dúvidas de que “os profissionais de saúde têm sido inexcedíveis, sobretudo nos últimos 60 dias”. E se “é neles que reside o sucesso do que aconteceu até agora” também é da sua capacidade “que depende a resposta para o que vem a seguir”. Recordou as 1.800 contratações de profissionais de saúde que foram feitas a propósito desta crise e adiantou que “agora temos que os manter para que os outros possam garantir respostas àquilo que ficou por fazer”.

Marta Temido sublinha que “o SNS descobriu dentro de si uma força que estava adormecida e novas formas de trabalhar” e acredita que “esta capacidade extrema, esta energia, vai continuar permitir a responder”.

Já sobre as remunerações e eventuais aumentos salariais para os profissionais de saúde, a ministra foi cautelosa: “Temos de dar cada passo por sua vez e garantir que temos um contexto que permita responder àqueles que pelo desempenho melhor responderam”.

Finalmente sobre o risco de transmissibilidade do vírus, o Ro, um dos principais indicadores para perceber como está a evoluir a pandemia, Marta Temido revelou que esse índice está neste momento em 0,92. Admitindo que não há risco zero, a ministra garante que "se estiver abaixo de 1 estaremos relativamente tranquilos com a capacidade do sistema para responder".

A ministra da Saúde abriu a porta à celebração do 13 de maio em Fátima e acabou por deixar nas mãos da igreja essa possibilidade, “desde que sejam respeitadas as regras sanitárias”, tal como aconteceu nas celebrações do dia do trabalhador. Em entrevista a Rodrigo Guedes de Carvalho, na SIC, Marta Temido disse que “cada organizador tem de fazer um juízo de valor sobre riscos que vai correr”, até porque “o estado de emergência ou o estado de calamidade não é uma emergência totalitária, é uma emergência sanitária”. Recorde-se que a igreja já veio dizer que este ano não haverá cerimónias presenciais no Santuário de Fátima.

Ainda sobre as celebrações do 1º de Maio, a ministra considera que estiveram “em linha com aquilo que foi a excecionalidade prevista no decreto presidencial que se referia ao estado de emergência”, embora tenha acabado por concluir que as manifestações, nomeadamente na Alameda D. Afonso Henriques, tiveram “um número significativo de pessoas, superior àquilo que é um número-regra, mas um número enquadrado dentro daquilo que era a sinalização de uma data”.

A propósito da presença do líder do PCP, Jerónimo de Sousa, de 73 anos, nas manifestações e da sua declaração de que “a idade não é um critério absoluto”, a ministra concordou sublinhando que “a idade é um critério de risco por si só, mas não é um critério absoluto".

Já sobre a hipótese de haver público nos jogos de futebol, uma vez que os estádios são recintos abertos, Marta Temido foi perentória “Não, porque a opção neste momento será a de não ter público” mas esses são aspetos “que estão a ser ponderados”.

Sobre a utilização ou não das máscaras e da evolução da posição das autoridades de saúde portuguesas, que no início não recomendou o uso das mesmas, Marta Temido garante que “não foi uma questão de falta de máscaras que determinou a opção - foi a questão de não termos ainda uma indicação técnica de entidades que normalmente seguimos a esse propósito”. Por outro lado, justificou que não valia a pena dizer aos portugueses para usarem máscaras se lhes era pedido para ficarem em casa. “A partir de segunda-feira a nossa vida vai tentar recuperar alguma normalidade e as pessoas vão fazer coisas que tinham deixado de fazer, então aí têm de ter cautelas adicionais e a máscara é uma cautela complementar”.

Com a massificação do uso de máscaras é necessário torná-las acessíveis a todos e Marta Temido confessa que a disponibilidade de venda nas superfícies comerciais “é uma preocupação”. “Estamos muitos apostados a que a nossa indústria nacional responda àquilo que foi uma alteração da forma como tínhamos esta situação enquadrada”, referindo-se à recente recomendação do uso de máscaras comunitárias ou sociais. No entanto, afirma que “temos máscaras comunitárias certificadas que se venderão”, embora não esteja fora de hipótese “a possibilidade de se fazerem em casa”.

Em relação à utilização maciça de testes à covid-19, diz que “é muito importante” mas que é apenas “uma fotografia daquilo que se passa com um determinado indivíduo num determinado momento”. É um auxiliar.

Todos os sistemas de saúde estão a discutir como dar resposta em paralelo às situações covid-19 e não covid-19 e o SNS português não é exceção e por isso já foi emitido um despacho que refere que “está na altura de começarmos a reprogramar e a recuperar a atividade”, como consultas e cirurgias, que entretanto ficaram suspensas.

A ministra não tem dúvidas de que “os profissionais de saúde têm sido inexcedíveis, sobretudo nos últimos 60 dias”. E se “é neles que reside o sucesso do que aconteceu até agora” também é da sua capacidade “que depende a resposta para o que vem a seguir”. Recordou as 1.800 contratações de profissionais de saúde que foram feitas a propósito desta crise e adiantou que “agora temos que os manter para que os outros possam garantir respostas àquilo que ficou por fazer”.

Marta Temido sublinha que “o SNS descobriu dentro de si uma força que estava adormecida e novas formas de trabalhar” e acredita que “esta capacidade extrema, esta energia, vai continuar permitir a responder”.

Já sobre as remunerações e eventuais aumentos salariais para os profissionais de saúde, a ministra foi cautelosa: “Temos de dar cada passo por sua vez e garantir que temos um contexto que permita responder àqueles que pelo desempenho melhor responderam”.

Finalmente sobre o risco de transmissibilidade do vírus, o Ro, um dos principais indicadores para perceber como está a evoluir a pandemia, Marta Temido revelou que esse índice está neste momento em 0,92. Admitindo que não há risco zero, a ministra garante que "se estiver abaixo de 1 estaremos relativamente tranquilos com a capacidade do sistema para responder".

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