Por Cascais24
Marcelo Rebelo de Sousa foi acompanhado pela ministra da Justiça, diretor geral de Reinserção e Guarda Prisional e diretora do EP de Tires
27.03.2016
O Presidente da República foi
recebido com fortes aplausos pelas reclusas, que visitou este sábado à tarde no
Estabelecimento Prisional feminino de Tires, no concelho de Cascais.
Acompanhado da ministra da
Justiça, Francisca Van Dunem e do diretor-geral de Reinserção e Serviços
Prisional, Celso Manata, e da diretora da cadeia, Fátima Corte, Marcelo Rebelo
de Sousa visitou três pavilhões, onde foi entusiasticamente recebido pelas
reclusas.
Cumprimentando todas e deixando
palavras de conforto e de afeto, o Presidente teve, ainda, oportunidade de
visitar a chamada “Casa das Mães”, inaugurada em 2000, para dar resposta à
necessidade de separação das reclusas grávidas ou com filhos junto de si da
restante população prisional.
Tem capacidade para 60 reclusas e
atualmente alberga 29 mães e/ou grávidas e 25 crianças. Uma das mulheres, de 34
anos, entrou em Tires há dois anos para cumprir 19 anos de prisão. O filho
tinha, então, seis meses de vida. “O meu menino é a minha companhia, pois a
minha família é de Castelo Branco e nem sempre pode deslocar-se”, contou, a Cascais24,
a mulher com o filho ao colo.
Num dos pavilhões, Marcelo Rebelo
de Sousa foi “agraciado” pelas reclusas com uma mensagem de Feliz Páscoa.
Também, na oportunidade, o Presidente retribuiu, afirmando “não podemos trazer
amêndoas para todas, mas trouxemos a nossa presença”, sublinhando que “ninguém
está condenado para sempre na vida” e que “há sempre esperança de a refazer”.
"Agraciado" pelas reclusas com mensagem de Feliz Páscoa
Já depois de ter descerrado com a
ministra da Justiça uma placa alusiva à sua visita a Tires e de ter assinado o
livro de honra do estabelecimento prisional, o Presidente da República pôde
apreciar os tapetes de Arraiolos e os trabalhos de artesanato produzidos pelas
reclusas.
Trabalhos interessantes que levaram mesmo Marcelo Rebelo de Sousa a
deixar a promessa de que a Presidência e até as instituições estatais “podem
pensar, sempre que for necessário e justificado, adquirir alguns trabalhos
feitos pelas reclusas de Tires”.
Marcelo Rebelo de Sousa
aproveitou para contar a história, que o deixou “encantado” quando, certo dia,
entrou “num posto de venda de uma ex-reclusa de Tires, que tinha expostos
alguns trabalhos produzidos no estabelecimento prisional”.
Aos jornalistas e depois de
algumas palavras da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem que enalteceu “a
iniciativa da Presidência”, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “esta é uma
das quadras em que as pessoas estão mais fragilizadas e em que o dever de
solidariedade tem que ser maior”. O Presidente da República frisou, ainda, que
“a obra social” desenvolvida em Tires, “deve ser reconhecida por todos os
portugueses”, concluindo que ela passa pela “valorização pessoal e
profissional” das pessoas em reclusão.
O Estabelecimento Prisional de
Tires alberga atualmente 430 mulheres, das quais 103 estão em prisão preventiva
e 327 condenadas. As idades oscilam
entre os 19 e os 72 anos. A maioria delas, 61% são portuguesas, e 39% cidadãs
estrangeiras.
Cerca de 85% das reclusas têm
ocupação laboral ou escolar. Trabalham em várias áreas, entre as quais a
creche, bordados, tapetes de Arraiolos e agricultura e estudam
desde a alfabetização
até ao 12.º Ano.
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Por Cascais24
Marcelo Rebelo de Sousa foi acompanhado pela ministra da Justiça, diretor geral de Reinserção e Guarda Prisional e diretora do EP de Tires
27.03.2016
O Presidente da República foi
recebido com fortes aplausos pelas reclusas, que visitou este sábado à tarde no
Estabelecimento Prisional feminino de Tires, no concelho de Cascais.
Acompanhado da ministra da
Justiça, Francisca Van Dunem e do diretor-geral de Reinserção e Serviços
Prisional, Celso Manata, e da diretora da cadeia, Fátima Corte, Marcelo Rebelo
de Sousa visitou três pavilhões, onde foi entusiasticamente recebido pelas
reclusas.
Cumprimentando todas e deixando
palavras de conforto e de afeto, o Presidente teve, ainda, oportunidade de
visitar a chamada “Casa das Mães”, inaugurada em 2000, para dar resposta à
necessidade de separação das reclusas grávidas ou com filhos junto de si da
restante população prisional.
Tem capacidade para 60 reclusas e
atualmente alberga 29 mães e/ou grávidas e 25 crianças. Uma das mulheres, de 34
anos, entrou em Tires há dois anos para cumprir 19 anos de prisão. O filho
tinha, então, seis meses de vida. “O meu menino é a minha companhia, pois a
minha família é de Castelo Branco e nem sempre pode deslocar-se”, contou, a Cascais24,
a mulher com o filho ao colo.
Num dos pavilhões, Marcelo Rebelo
de Sousa foi “agraciado” pelas reclusas com uma mensagem de Feliz Páscoa.
Também, na oportunidade, o Presidente retribuiu, afirmando “não podemos trazer
amêndoas para todas, mas trouxemos a nossa presença”, sublinhando que “ninguém
está condenado para sempre na vida” e que “há sempre esperança de a refazer”.
"Agraciado" pelas reclusas com mensagem de Feliz Páscoa
Já depois de ter descerrado com a
ministra da Justiça uma placa alusiva à sua visita a Tires e de ter assinado o
livro de honra do estabelecimento prisional, o Presidente da República pôde
apreciar os tapetes de Arraiolos e os trabalhos de artesanato produzidos pelas
reclusas.
Trabalhos interessantes que levaram mesmo Marcelo Rebelo de Sousa a
deixar a promessa de que a Presidência e até as instituições estatais “podem
pensar, sempre que for necessário e justificado, adquirir alguns trabalhos
feitos pelas reclusas de Tires”.
Marcelo Rebelo de Sousa
aproveitou para contar a história, que o deixou “encantado” quando, certo dia,
entrou “num posto de venda de uma ex-reclusa de Tires, que tinha expostos
alguns trabalhos produzidos no estabelecimento prisional”.
Aos jornalistas e depois de
algumas palavras da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem que enalteceu “a
iniciativa da Presidência”, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “esta é uma
das quadras em que as pessoas estão mais fragilizadas e em que o dever de
solidariedade tem que ser maior”. O Presidente da República frisou, ainda, que
“a obra social” desenvolvida em Tires, “deve ser reconhecida por todos os
portugueses”, concluindo que ela passa pela “valorização pessoal e
profissional” das pessoas em reclusão.
O Estabelecimento Prisional de
Tires alberga atualmente 430 mulheres, das quais 103 estão em prisão preventiva
e 327 condenadas. As idades oscilam
entre os 19 e os 72 anos. A maioria delas, 61% são portuguesas, e 39% cidadãs
estrangeiras.
Cerca de 85% das reclusas têm
ocupação laboral ou escolar. Trabalham em várias áreas, entre as quais a
creche, bordados, tapetes de Arraiolos e agricultura e estudam
desde a alfabetização
até ao 12.º Ano.