"Vencer a crise". Bloco de Esquerda organiza conferência online de três dias com 90 oradores

27-04-2020
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O Bloco de Esquerda inicia esta segunda-feira a conferência online “Vencer a crise”, que vai contar com a participação de 90 especialistas e ativistas, divididos por sete paineis agendados até quarta-feira, para apresentar ideias sobre como responder à crise económica provocada pela pandemia da Covid-19 sem impor medidas de austeridade.

“Nós temos de nos preparar e saber que esta é uma crise difícil e que terá um impacto forte na economia. O problema é que a resposta da austeridade é sempre a mesma, é transferir valor dos salários para o capital e essa é a resposta errada e é a resposta que não podemos repetir”, disse Catarina Martins, coordenadores do partido, em conferência de imprensa no domingo após ter reunido com duas dezenas de economistas para debater um programa económico de resposta à crise. Participaram, entre outros, João Cravinho, João Ferreira do Amaral, José Maria Castro Caldas, Ricardo Paes Mamede, Ricardo Cabral ou João Rodrigues.

“Se vai ser preciso resposta para a crise? Seguramente. Se há alterações que vamos ter de sofrer? Seguramente. Mas a escolha está entre ter medidas de austeridade, que cortam salários, que cortam pensões, cortam serviços públicos para manter a rentabilidade do capital financeiro ou se pelo contrário, ou se temos coragem para ter outras respostas, solidárias, que sejam sobretudo sobre o emprego, o salário, as condições do país”. adiantou.

Segunda Catarina Martins, não há desenvolvimento sem o Estado ter investimento, ter uma estratégia pública para esse investimento “e é para esse programa que o Bloco de Esquerda junta especialistas e junta forças para que haja soluções concretas para o país”.

A conferência, que tem início na segunda-feira, 27 de abril, e prolonga-se por terça e quarta-feira, está estruturada em sete painéis: Europa e mundo, economia e ambiente, saúde, educação, ciência e cultura, trabalho e precariedade, justiça e direitos. A eurodeputada Marisa Matias irá abrir a conferência, que será transmitida na página do esquerda.net no Facebook a partir das 21h00, seguido do o painel “Solidariedade internacional para responder à crise”. A sessão, apresentada por Pedro Filipe Soares e José Gusmão, junta onze oradores.

Questionada pelo Jornal Económico sobre as áreas do investimento público Bloco de Esquerda vê como prioritárias, Catarina Martins disse que o partido está a trabalhar as propostas, que prefere não antecipar.

“Há no entanto duas notas. Sobre a gravidade da recessão, existe uma enorme preocupação com a incerteza que terá a pandemia”, vincou. “Essa incerteza existe neste momento, nomeademente não sabendo se existe um novo surto, mas a incerteza sobre a a gravidade do surto pandémico e de poder vir a ter vários surtos cria um consenso nos economistas que ouvimos esta manhã sobre a necessidade de estratégias clara pública, precisamente para que uma crise pandémica cuja dimensão não se conhece não se transforme numa enorme recessão”.

“Em relação a programas de investimento, nós estamos a trabalhar várias áreas”, adiantou. “A reunião desta manhã [domingo] foi muito produtiva, até para repensarmos algumas coisas do tecido produtivo português neste momento e o que isso pode significar”.

“Não vou avançar sobre essa propostas, mas repetirei aquela que é a prioridade do Blodo de Esquerda claramente, que é a no investimento no Serviço Nacional de Saúde em toda a área de cuidados. Ficou clara a enorme fragilidade do país. Eu diria que podendo nós orgulharmo nos de ter um dos sistemas mais capazes no mundo, não podemos deixar de ver as naturais fragilidades que tem, não só o SNS diretamente, mas por exemplo a ausência de uma estrutura de cuidados continuados forte”, concluiu.

O Bloco de Esquerda inicia esta segunda-feira a conferência online “Vencer a crise”, que vai contar com a participação de 90 especialistas e ativistas, divididos por sete paineis agendados até quarta-feira, para apresentar ideias sobre como responder à crise económica provocada pela pandemia da Covid-19 sem impor medidas de austeridade.

“Nós temos de nos preparar e saber que esta é uma crise difícil e que terá um impacto forte na economia. O problema é que a resposta da austeridade é sempre a mesma, é transferir valor dos salários para o capital e essa é a resposta errada e é a resposta que não podemos repetir”, disse Catarina Martins, coordenadores do partido, em conferência de imprensa no domingo após ter reunido com duas dezenas de economistas para debater um programa económico de resposta à crise. Participaram, entre outros, João Cravinho, João Ferreira do Amaral, José Maria Castro Caldas, Ricardo Paes Mamede, Ricardo Cabral ou João Rodrigues.

“Se vai ser preciso resposta para a crise? Seguramente. Se há alterações que vamos ter de sofrer? Seguramente. Mas a escolha está entre ter medidas de austeridade, que cortam salários, que cortam pensões, cortam serviços públicos para manter a rentabilidade do capital financeiro ou se pelo contrário, ou se temos coragem para ter outras respostas, solidárias, que sejam sobretudo sobre o emprego, o salário, as condições do país”. adiantou.

Segunda Catarina Martins, não há desenvolvimento sem o Estado ter investimento, ter uma estratégia pública para esse investimento “e é para esse programa que o Bloco de Esquerda junta especialistas e junta forças para que haja soluções concretas para o país”.

A conferência, que tem início na segunda-feira, 27 de abril, e prolonga-se por terça e quarta-feira, está estruturada em sete painéis: Europa e mundo, economia e ambiente, saúde, educação, ciência e cultura, trabalho e precariedade, justiça e direitos. A eurodeputada Marisa Matias irá abrir a conferência, que será transmitida na página do esquerda.net no Facebook a partir das 21h00, seguido do o painel “Solidariedade internacional para responder à crise”. A sessão, apresentada por Pedro Filipe Soares e José Gusmão, junta onze oradores.

Questionada pelo Jornal Económico sobre as áreas do investimento público Bloco de Esquerda vê como prioritárias, Catarina Martins disse que o partido está a trabalhar as propostas, que prefere não antecipar.

“Há no entanto duas notas. Sobre a gravidade da recessão, existe uma enorme preocupação com a incerteza que terá a pandemia”, vincou. “Essa incerteza existe neste momento, nomeademente não sabendo se existe um novo surto, mas a incerteza sobre a a gravidade do surto pandémico e de poder vir a ter vários surtos cria um consenso nos economistas que ouvimos esta manhã sobre a necessidade de estratégias clara pública, precisamente para que uma crise pandémica cuja dimensão não se conhece não se transforme numa enorme recessão”.

“Em relação a programas de investimento, nós estamos a trabalhar várias áreas”, adiantou. “A reunião desta manhã [domingo] foi muito produtiva, até para repensarmos algumas coisas do tecido produtivo português neste momento e o que isso pode significar”.

“Não vou avançar sobre essa propostas, mas repetirei aquela que é a prioridade do Blodo de Esquerda claramente, que é a no investimento no Serviço Nacional de Saúde em toda a área de cuidados. Ficou clara a enorme fragilidade do país. Eu diria que podendo nós orgulharmo nos de ter um dos sistemas mais capazes no mundo, não podemos deixar de ver as naturais fragilidades que tem, não só o SNS diretamente, mas por exemplo a ausência de uma estrutura de cuidados continuados forte”, concluiu.

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