08-10-2020
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A candidata presidencial Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, fez esta tarde a apresentação formal da sua candidatura numa sessão no Páteo da Galé onde se posicionou como adversária da “discriminação”, da “mentira grosseira” e também da luta contra a corrupção. Ao mesmo tempo diz que não vai fazer “vénias ao sistema”.

A bloquista não refere nunca um dos adversários nesta corrida presidencial, mas a sua intervenção neste sábado teve em muitas entrelinhas André Ventura, deputado único do partido Chega e que também já apresentou candidatura a Belém. Ventura coloca-se como o candidato anti-sistema, um espaço que é agora também reclamado por Marisa Matias que diz que há um perfil — que encaixa em Ventura — que se está “a tornar sistema”.

“Não sou a candidata para fazer vénias ao sistema ou aos poderes responsáveis pelo atraso de Portugal”, começou por dizer a dada altura do seu discurso de apresentação perante uma plateia que na primeira fila contava com destacados dirigentes do Bloco de Esquerda, como Catarina Martins ou Pedro Filipe Soares. Marisa acrescentou que não aceita “descriminação, nem intolerância”. “Não me calo perante ressentimento ou a mentira grosseira ou aproveitando a vulnerabilidade dos que sofrem e estão a tornar-se sistema e não apenas fora daqui”.

“De Trump aos países da Europa há uma mistura de políticos em segunda mão com advogados de negócios, com especuladores que têm saudades da impunidade e que procuram fazer um programa de atraso” contra “quem trabalha, quem é pobre, contra as mulheres, contra os imigrantes”. Um roteiro que conduz, nos argumentos usados pela esquerda, à extrema-direita.

Mas nem só desse lado há problemas, diz a candidata apoiada pelo BE que começou a sua intervenção a apontar problemas nacionais que garante não serem consequência da crise sanitária, mas de quem governou. “Não foi a Covid que empurrou dezenas de milhares de jovens para cima de bicicletas e motas para serviços de entrega porta a porta”, nem “criou lares clandestinos onde são maltratados tantos idosos” e “nem a soberba dos patrões que fecham portas, despedem e abrem empresas ao lado” ou até que “inventou a violência contra as mulheres e jovens”.

Admite que a pandemia “atingiu o país como uma tempestade” e que “há tempos difíceis pela frente”, mas que a salvação do país não está “na riqueza e nas grandes fortunas que só fizeram nascer corrupção e desigualdades”. Como candidata presidencial diz que se “impõem medidas corajosas de controlo público, o reforço das incompatibilidade e da fiscalização do crime económico”. E avisa “os que nada querem fazer”: “Terão seguramente de enfrentar-me. Vão ter-me pela frente”.

A candidata presidencial já tinha feito uma primeira apresentação, em setembro do largo do Carmo, em Lisboa, mas numa sessão em que não tinha dirigentes políticos na plateia mas sim profissionais de vários setores que não pararam durante o confinamento do país.

A candidata presidencial Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, fez esta tarde a apresentação formal da sua candidatura numa sessão no Páteo da Galé onde se posicionou como adversária da “discriminação”, da “mentira grosseira” e também da luta contra a corrupção. Ao mesmo tempo diz que não vai fazer “vénias ao sistema”.

A bloquista não refere nunca um dos adversários nesta corrida presidencial, mas a sua intervenção neste sábado teve em muitas entrelinhas André Ventura, deputado único do partido Chega e que também já apresentou candidatura a Belém. Ventura coloca-se como o candidato anti-sistema, um espaço que é agora também reclamado por Marisa Matias que diz que há um perfil — que encaixa em Ventura — que se está “a tornar sistema”.

“Não sou a candidata para fazer vénias ao sistema ou aos poderes responsáveis pelo atraso de Portugal”, começou por dizer a dada altura do seu discurso de apresentação perante uma plateia que na primeira fila contava com destacados dirigentes do Bloco de Esquerda, como Catarina Martins ou Pedro Filipe Soares. Marisa acrescentou que não aceita “descriminação, nem intolerância”. “Não me calo perante ressentimento ou a mentira grosseira ou aproveitando a vulnerabilidade dos que sofrem e estão a tornar-se sistema e não apenas fora daqui”.

“De Trump aos países da Europa há uma mistura de políticos em segunda mão com advogados de negócios, com especuladores que têm saudades da impunidade e que procuram fazer um programa de atraso” contra “quem trabalha, quem é pobre, contra as mulheres, contra os imigrantes”. Um roteiro que conduz, nos argumentos usados pela esquerda, à extrema-direita.

Mas nem só desse lado há problemas, diz a candidata apoiada pelo BE que começou a sua intervenção a apontar problemas nacionais que garante não serem consequência da crise sanitária, mas de quem governou. “Não foi a Covid que empurrou dezenas de milhares de jovens para cima de bicicletas e motas para serviços de entrega porta a porta”, nem “criou lares clandestinos onde são maltratados tantos idosos” e “nem a soberba dos patrões que fecham portas, despedem e abrem empresas ao lado” ou até que “inventou a violência contra as mulheres e jovens”.

Admite que a pandemia “atingiu o país como uma tempestade” e que “há tempos difíceis pela frente”, mas que a salvação do país não está “na riqueza e nas grandes fortunas que só fizeram nascer corrupção e desigualdades”. Como candidata presidencial diz que se “impõem medidas corajosas de controlo público, o reforço das incompatibilidade e da fiscalização do crime económico”. E avisa “os que nada querem fazer”: “Terão seguramente de enfrentar-me. Vão ter-me pela frente”.

A candidata presidencial já tinha feito uma primeira apresentação, em setembro do largo do Carmo, em Lisboa, mas numa sessão em que não tinha dirigentes políticos na plateia mas sim profissionais de vários setores que não pararam durante o confinamento do país.

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