Feijoada, arruada e orgulho na "geringonça" - Um dia na campanha do BE

29-05-2020
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Os primeiros começam a chegar em pequenos grupos. Duas ou três pessoas de cada vez, alguns de vermelho, mas a maioria discretamente. Cumprimentam quem por ali vai estando - já se conhecem de outras andanças.

Vêm para o mega-almoço nacional do Bloco de Esquerda, o evento mais concorrido que costuma marcar a agenda bloquista no fim-de-semana antes do derradeiro dia das eleições.

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Aos poucos e poucos, a fila vai-se compondo e, um pouco depois da hora prevista (12h), as portas abrem para deixar os militantes entrarem na dança das cadeiras, em busca de um bom lugar.

Em cada cadeira, uma bandeira. Em cada mesa, um grupo que vai conversando. Passa uma hora, ao som de Zeca e Sérgio Godinho, até a sala estar composta. Ficam meia dúzia de mesas por preencher no fundo do Pavilhão da FIL, em Lisboa, por onde passaram cerca de 1 400 militantes bloquistas. E é por essa altura que começam a chegar as caras mais conhecidas.

Primeiro alguns deputados e candidatos, depois Francisco Louçã e, por fim, Catarina Martins. Lado a lado com Mariana Mortágua, percorrem as mesas ao som de aplausos e palavras de ordem - “É Bloco. É Esquerda. É Bloco de Esquerda”.

Distribuem cumprimentos e trocam meia dúzia de palavras com os militantes, que pedem fotos e dois dedos de conversa.

“Estão a dizer-me que tenho de me ir sentar”, acaba por dizer Catarina Martins ao fim de mais de vinte minutos. Debaixo de um forte aparato de câmaras e máquinas fotográficas, está servida a primeira sopa e pode-se começar a almoçar.

Cláudia Monarca Almeida

O almoço ganha ritmo. Passam os vídeos de tempo de antena à sopa e começam os discursos antes da feijoada. Beatriz Dias, a número três por Lisboa que nasceu no Senegal, fala de racismo e segregação social. Pedro Filipe Soares, o líder parlamentar do BE, ataca o PS e fala da juventude que “sabe a diferença que faz no nosso futuro e no nosso planeta” (e dos seus problemas: a habitação e o ambiente). Já Mariana Mortágua critica os “empecilhos” e define duas prioridades: “a banca ao serviço da economia” e a “justiça fiscal”.

Cláudia Monarca Almeida

Chega então o último discurso do dia. Com um grande aplauso, sobe Catarina Martins ao palco para elogiar o legado da “geringonça” e reforçar a importância de não ter havido maioria absoluta em 2015. “O Governo nada teria feito sem o Bloco e o Partido Comunista Português”, afirma. “Esse acordo [entre PS, BE e PCP] foi a melhor notícia que #Portugal teve nestes quatro anos”. E acrescenta: “As melhorias que conseguimos foram graças aos três, gostámos desta cooperação e orgulhamo-nos dela”.

Findo os discursos e o arroz doce, saem os militantes à rua para uma arruada. O percurso não é longo, apenas quatro ou cinco quarteirões no Parque das Nações. Catarina Martins segue na frente, ladeada de Mariana e Joana Mortágua e Beatriz Dias, e a banda abre o caminho. Segue um exército de bandeiras coloridas que impressionam os poucos que por ali passeiam e se prolongam nos restaurantes a meio da tarde.

Nos últimos metros da curta arruada - cerca de 30 minutos - desaparece Catarina e fica Mariana no comando. Dançam alguns jovens ao som da banda, começam-se a recolher bandeiras e dispersam os militantes. Fica concluído mais um dia de campanha.

Saiba mais sobre este e outros dias da campanha no Instagram @sicnoticias.

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Os primeiros começam a chegar em pequenos grupos. Duas ou três pessoas de cada vez, alguns de vermelho, mas a maioria discretamente. Cumprimentam quem por ali vai estando - já se conhecem de outras andanças.

Vêm para o mega-almoço nacional do Bloco de Esquerda, o evento mais concorrido que costuma marcar a agenda bloquista no fim-de-semana antes do derradeiro dia das eleições.

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Aos poucos e poucos, a fila vai-se compondo e, um pouco depois da hora prevista (12h), as portas abrem para deixar os militantes entrarem na dança das cadeiras, em busca de um bom lugar.

Em cada cadeira, uma bandeira. Em cada mesa, um grupo que vai conversando. Passa uma hora, ao som de Zeca e Sérgio Godinho, até a sala estar composta. Ficam meia dúzia de mesas por preencher no fundo do Pavilhão da FIL, em Lisboa, por onde passaram cerca de 1 400 militantes bloquistas. E é por essa altura que começam a chegar as caras mais conhecidas.

Primeiro alguns deputados e candidatos, depois Francisco Louçã e, por fim, Catarina Martins. Lado a lado com Mariana Mortágua, percorrem as mesas ao som de aplausos e palavras de ordem - “É Bloco. É Esquerda. É Bloco de Esquerda”.

Distribuem cumprimentos e trocam meia dúzia de palavras com os militantes, que pedem fotos e dois dedos de conversa.

“Estão a dizer-me que tenho de me ir sentar”, acaba por dizer Catarina Martins ao fim de mais de vinte minutos. Debaixo de um forte aparato de câmaras e máquinas fotográficas, está servida a primeira sopa e pode-se começar a almoçar.

Cláudia Monarca Almeida

O almoço ganha ritmo. Passam os vídeos de tempo de antena à sopa e começam os discursos antes da feijoada. Beatriz Dias, a número três por Lisboa que nasceu no Senegal, fala de racismo e segregação social. Pedro Filipe Soares, o líder parlamentar do BE, ataca o PS e fala da juventude que “sabe a diferença que faz no nosso futuro e no nosso planeta” (e dos seus problemas: a habitação e o ambiente). Já Mariana Mortágua critica os “empecilhos” e define duas prioridades: “a banca ao serviço da economia” e a “justiça fiscal”.

Cláudia Monarca Almeida

Chega então o último discurso do dia. Com um grande aplauso, sobe Catarina Martins ao palco para elogiar o legado da “geringonça” e reforçar a importância de não ter havido maioria absoluta em 2015. “O Governo nada teria feito sem o Bloco e o Partido Comunista Português”, afirma. “Esse acordo [entre PS, BE e PCP] foi a melhor notícia que #Portugal teve nestes quatro anos”. E acrescenta: “As melhorias que conseguimos foram graças aos três, gostámos desta cooperação e orgulhamo-nos dela”.

Findo os discursos e o arroz doce, saem os militantes à rua para uma arruada. O percurso não é longo, apenas quatro ou cinco quarteirões no Parque das Nações. Catarina Martins segue na frente, ladeada de Mariana e Joana Mortágua e Beatriz Dias, e a banda abre o caminho. Segue um exército de bandeiras coloridas que impressionam os poucos que por ali passeiam e se prolongam nos restaurantes a meio da tarde.

Nos últimos metros da curta arruada - cerca de 30 minutos - desaparece Catarina e fica Mariana no comando. Dançam alguns jovens ao som da banda, começam-se a recolher bandeiras e dispersam os militantes. Fica concluído mais um dia de campanha.

Saiba mais sobre este e outros dias da campanha no Instagram @sicnoticias.

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

Cláudia Monarca Almeida

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