PS deve ver chumbado o nome de Vitalino Canas para o Constitucional

07-05-2020
marcar artigo

O Partido Socialista escolheu Vitalino Canas para juiz do Tribunal Constitucional e logo estalou o verniz no Bloco de Esquerda. Se em 2016, a indicação de nomes tinha sido negociada à esquerda, agora o PS tomava uma decisão "autosuficiente" nas palavras dos bloquistas. Mais a mais, o nome do ex-deputado mereceu a "crítica inequívoca" do BE que o descreve como "promotor da precariedade". Mas numa votação que precisa de maioria de 2/3 na Assembleia da República, o PSD também não vê com bons olhos esta escolha socialista. Que até dentro do PS é contestada.

A SIC procurou falar com Vitalino Canas que remeteu para a audição pública desta quarta-feira todos os esclarecimentos sobre aquela que já é uma indicação polémica por parte do PS. Se por um lado foi vista como "a machadada" no que restava das negociações de cortesia entre socialistas e bloquistas na legislatura passada - em que o PS permitiu ao BE a indicação de Maria Clara Sottomayor para o TC em 2016 - por outro é "o perfil" de Vitalino Canas que é posto em causa.

Os bloquistas criticam as ligações que tem com o mundo dos negócios - "sabemos por que interesses alinhou", disse Pedro Filipe Soares, "será a voz da precariedade no Tribunal Constitucional". Socialistas não é vêem como a escolha mais adequada pelas ligações a José Sócrates.

No comentário de domingo na SIC Notícias, Ana Gomes referiu que "foi porta-voz de Sócrates", um caso em que reafirma que "o partido não fez a devida autocrítica, que devia ter feito, a análise de como é que se deixou instrumentalizar". A antiga eurodeputada acrescenta que o PS tinha a obrigação de ter apresentado o nome de uma mulher para o lugar e disse esperar que "o processo normal de debate permita corrigir o que precisa de ser corrigido".

PSD decisivo "não está confortável" com o nome

A votação do nome de Vitalino Canas - e também do juiz António Clemente Lima, para substituir Cláudio Monteiro e Maria Clara Sottomayor, que renunciaram - está agendada para a próxima sexta-feira. É uma votação secreta, em urna e em que mesmo sem os 19 deputados do BE, que anunciaram o chumbo a esta proposta, o PS precisa de contar com os votos do PSD.

Contactada pela SIC, a direção socialdemocrata respondeu que "cada um dos deputados vota de forma individual, independentemente de qualquer orientação da direção da bancada". Mas fez desde já saber que "existe uma perceção de que a maioria dos deputados do PSD não está confortável com o nome de Vitalino Canas, proposto pelo Partido Socialista".

O Partido Socialista escolheu Vitalino Canas para juiz do Tribunal Constitucional e logo estalou o verniz no Bloco de Esquerda. Se em 2016, a indicação de nomes tinha sido negociada à esquerda, agora o PS tomava uma decisão "autosuficiente" nas palavras dos bloquistas. Mais a mais, o nome do ex-deputado mereceu a "crítica inequívoca" do BE que o descreve como "promotor da precariedade". Mas numa votação que precisa de maioria de 2/3 na Assembleia da República, o PSD também não vê com bons olhos esta escolha socialista. Que até dentro do PS é contestada.

A SIC procurou falar com Vitalino Canas que remeteu para a audição pública desta quarta-feira todos os esclarecimentos sobre aquela que já é uma indicação polémica por parte do PS. Se por um lado foi vista como "a machadada" no que restava das negociações de cortesia entre socialistas e bloquistas na legislatura passada - em que o PS permitiu ao BE a indicação de Maria Clara Sottomayor para o TC em 2016 - por outro é "o perfil" de Vitalino Canas que é posto em causa.

Os bloquistas criticam as ligações que tem com o mundo dos negócios - "sabemos por que interesses alinhou", disse Pedro Filipe Soares, "será a voz da precariedade no Tribunal Constitucional". Socialistas não é vêem como a escolha mais adequada pelas ligações a José Sócrates.

No comentário de domingo na SIC Notícias, Ana Gomes referiu que "foi porta-voz de Sócrates", um caso em que reafirma que "o partido não fez a devida autocrítica, que devia ter feito, a análise de como é que se deixou instrumentalizar". A antiga eurodeputada acrescenta que o PS tinha a obrigação de ter apresentado o nome de uma mulher para o lugar e disse esperar que "o processo normal de debate permita corrigir o que precisa de ser corrigido".

PSD decisivo "não está confortável" com o nome

A votação do nome de Vitalino Canas - e também do juiz António Clemente Lima, para substituir Cláudio Monteiro e Maria Clara Sottomayor, que renunciaram - está agendada para a próxima sexta-feira. É uma votação secreta, em urna e em que mesmo sem os 19 deputados do BE, que anunciaram o chumbo a esta proposta, o PS precisa de contar com os votos do PSD.

Contactada pela SIC, a direção socialdemocrata respondeu que "cada um dos deputados vota de forma individual, independentemente de qualquer orientação da direção da bancada". Mas fez desde já saber que "existe uma perceção de que a maioria dos deputados do PSD não está confortável com o nome de Vitalino Canas, proposto pelo Partido Socialista".

marcar artigo