Ex-presidente do PSD/Açores é suspeito de financiamento ilegal de campanha eleitoral

27-06-2020
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Duarte Freitas, presidente do PSD/Açores entre 2013 e 2018, vai ser constituído arguido pelo Ministério Público, pela suspeita da prática do crime de financiamento ilícito da campanha eleitoral para as eleições regionais de 2016, quando concorreu contra o atual presidente do governo açoriano, o socialista Vasco Cordeiro.

De acordo com a TSF, Duarte Freitas, atualmente deputado regional, utilizou 153 mil euros de contribuições não certificadas, 6.218 euros de despesas pagas por terceiros e 564 euros de descoberto bancário na campanha, o que constitui fortes indícios da prática do crime de financiamento ilícito de campanha eleitoral. O crime é punido com uma pena de prisão de um a três anos.

Esta quarta-feira, foi divulgado o pedido de levantamento da imunidade parlamentar do antigo líder social-democrata, que será votado esta semana no parlamento dos Açores, tendo-se ficado a saber que dizia respeito à possível "prática do crime de financiamento ilícito de campanha eleitoral".

De acordo com o parecer divulgado na quarta-feira pela comissão parlamentar de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho do parlamento dos Açores, o pedido do Tribunal Judicial da Comarca dos Açores - Juízo de Instrução Criminal de Ponta Delgada, deu entrada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores a 7 de maio.

O pedido de levantamento da imunidade parlamentar, refere o parecer, foi feito a fim de o social-democrata "ser constituído arguido e ser interrogado", no âmbito de um processo "que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal - 5.ª Secção de Ponta Delgada, da Procuradoria da República da Comarca dos Açores".

Ainda na quarta-feira, o antigo líder do PSD/Açores disse ter pedido precisamente à Assembleia Legislativa Regional o levantamento da sua imunidade parlamentar para "esclarecer" e exercer o "contraditório" junto do Ministério Público sobre as referidas eventuais irregularidades na campanha eleitoral em 2016.

A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que funciona junto do Tribunal Constitucional, fiscalizou as contas das campanhas eleitorais dos partidos nas legislativas regionais e considerou que "todos os partidos" com eleitos no parlamento dos Açores, tinham "contas prestadas com irregularidades", lembra o social-democrata.

"Apesar de cada partido ter, obrigatoriamente, uma estrutura de campanha, como presidente do PSD/Açores à altura das eleições de 2016, solicitei o levantamento da minha imunidade para cabal esclarecimento e contraditório sobre eventuais irregularidades junto do Ministério Público", declarou Duarte Freitas em nota enviada à agência Lusa.

Segundo Duarte Freitas, a sua decisão "prende-se com um objetivo de transparência e de credibilidade dos políticos" e para "dar o exemplo de como devem ser encaradas estas questões".

No relatório da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos relativo às contas da campanha eleitoral, apresentadas pelo PSD, para as eleições da Assembleia Legislativa dos Açores, realizadas em 16 de outubro de 2016, concluiu-se que "há ações e meios não refletidos nas contas de campanha", numa "eventual subavaliação de despesas e receita".

O relatório aponta que "não foi disponibilizada ao Tribunal Constitucional a prova do encerramento da conta bancária", nem todos os extratos bancários, tendo-se "verificado a existência de despesas pagas por terceiros".

O PPD-PSD, no âmbito das atividades desenvolvidas na campanha eleitoral, registou uma receita de 441.391,03 euros e uma despesa no montante de 495.752,98 euros, o que revela um resultado negativo de 54.361,95 euros.

Em 2012, na anterior eleição para a Assembleia Legislativa dos Açores, ocorrida em 14 de outubro de 2012, a receita e a despesa total foram de 938.737,91 euros, sendo que o financiamento das despesas da campanha foi assegurado através de subvenção estatal de 226.288,92 euros e por contribuições do partido, no montante de 215.102,11 euros.

Duarte Freitas foi eleito líder do PSD/Açores em dezembro de 2013, tendo abandonado a presidência do partido em outubro de 2018.

Duarte Freitas, presidente do PSD/Açores entre 2013 e 2018, vai ser constituído arguido pelo Ministério Público, pela suspeita da prática do crime de financiamento ilícito da campanha eleitoral para as eleições regionais de 2016, quando concorreu contra o atual presidente do governo açoriano, o socialista Vasco Cordeiro.

De acordo com a TSF, Duarte Freitas, atualmente deputado regional, utilizou 153 mil euros de contribuições não certificadas, 6.218 euros de despesas pagas por terceiros e 564 euros de descoberto bancário na campanha, o que constitui fortes indícios da prática do crime de financiamento ilícito de campanha eleitoral. O crime é punido com uma pena de prisão de um a três anos.

Esta quarta-feira, foi divulgado o pedido de levantamento da imunidade parlamentar do antigo líder social-democrata, que será votado esta semana no parlamento dos Açores, tendo-se ficado a saber que dizia respeito à possível "prática do crime de financiamento ilícito de campanha eleitoral".

De acordo com o parecer divulgado na quarta-feira pela comissão parlamentar de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho do parlamento dos Açores, o pedido do Tribunal Judicial da Comarca dos Açores - Juízo de Instrução Criminal de Ponta Delgada, deu entrada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores a 7 de maio.

O pedido de levantamento da imunidade parlamentar, refere o parecer, foi feito a fim de o social-democrata "ser constituído arguido e ser interrogado", no âmbito de um processo "que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal - 5.ª Secção de Ponta Delgada, da Procuradoria da República da Comarca dos Açores".

Ainda na quarta-feira, o antigo líder do PSD/Açores disse ter pedido precisamente à Assembleia Legislativa Regional o levantamento da sua imunidade parlamentar para "esclarecer" e exercer o "contraditório" junto do Ministério Público sobre as referidas eventuais irregularidades na campanha eleitoral em 2016.

A Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, que funciona junto do Tribunal Constitucional, fiscalizou as contas das campanhas eleitorais dos partidos nas legislativas regionais e considerou que "todos os partidos" com eleitos no parlamento dos Açores, tinham "contas prestadas com irregularidades", lembra o social-democrata.

"Apesar de cada partido ter, obrigatoriamente, uma estrutura de campanha, como presidente do PSD/Açores à altura das eleições de 2016, solicitei o levantamento da minha imunidade para cabal esclarecimento e contraditório sobre eventuais irregularidades junto do Ministério Público", declarou Duarte Freitas em nota enviada à agência Lusa.

Segundo Duarte Freitas, a sua decisão "prende-se com um objetivo de transparência e de credibilidade dos políticos" e para "dar o exemplo de como devem ser encaradas estas questões".

No relatório da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos relativo às contas da campanha eleitoral, apresentadas pelo PSD, para as eleições da Assembleia Legislativa dos Açores, realizadas em 16 de outubro de 2016, concluiu-se que "há ações e meios não refletidos nas contas de campanha", numa "eventual subavaliação de despesas e receita".

O relatório aponta que "não foi disponibilizada ao Tribunal Constitucional a prova do encerramento da conta bancária", nem todos os extratos bancários, tendo-se "verificado a existência de despesas pagas por terceiros".

O PPD-PSD, no âmbito das atividades desenvolvidas na campanha eleitoral, registou uma receita de 441.391,03 euros e uma despesa no montante de 495.752,98 euros, o que revela um resultado negativo de 54.361,95 euros.

Em 2012, na anterior eleição para a Assembleia Legislativa dos Açores, ocorrida em 14 de outubro de 2012, a receita e a despesa total foram de 938.737,91 euros, sendo que o financiamento das despesas da campanha foi assegurado através de subvenção estatal de 226.288,92 euros e por contribuições do partido, no montante de 215.102,11 euros.

Duarte Freitas foi eleito líder do PSD/Açores em dezembro de 2013, tendo abandonado a presidência do partido em outubro de 2018.

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