Ventos Semeados: As fórmulas ocas e palavrosas de quem nada tem a dizer!

08-01-2020
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No «Público» de hoje surgem duas abordagens da atual situação do Partido Socialista, uma assinada por António Galamba em defesa de António José Seguro e a outra da autoria de Pedro Delgado Alves pelos que apoiam António Costa.

Basta a comparação entre os dois textos para ficarmos esclarecidos quanto à pobreza de argumentos do primeiro face à clareza e perspicácia do segundo. 

Abordemo-los separadamente, principiando com o primeiro e deixando o segundo para abordagem posterior!

Que é que nos diz então o ainda secretário nacional  recentemente notabilizado por torpe ameaça ao seu homónimo João?

Segundo ele existe uma coligação de interesses externos e internos unidos contra AJS. Quem são não no-lo diz, mas presume-se que exista um clima conspirativo a juntar esses “interesses” para que o ainda líder do Partido não concretize a sua versão cinzenta dos amanhãs que cantam.

António Galamba não parece compreender que na sua insignificância política, ninguém fora do PS tenha dado qualquer importância a Seguro nestes três anos, exatamente ao contrário dos militantes que têm redobrado em paciência para o dia de são nunca à tarde em que esperavam ver o seu secretário-geral a não parecer-se apenas com um detentor desse cargo, mas a sê-lo efetivamente com determinação, carisma e substância.

Na mesma lógica de somar generalidades e subentendidos, agora sobre a existência de uma nostalgia cujos parâmetros não define, António Galamba revela-se um fiel discípulo de Assunção Ribeiro que, antes de ir tratar da vidinha para a Coreia, ficara conhecido por textos tão presunçosos quanto recheados de fórmulas ocas: “Este bloco central de nostalgia quer perceber que a recuperação da confiança dos cidadãos na política é um processo que não se consegue com mais do mesmo, com subserviência os interesses ou com mimetismos passados ou presentes de soluções pretensamente fáceis, sem coerência e sem sustentabilidade”.

Haverá quem compreenda este chorrilho palavroso sem nada de consistente? Quem o conseguir que nos ajude a traduzir isto para algo de concreto!

Mas bem se esforça por inventar uma suposta reforma do Parlamento que, sinceramente, só ele deve ter visto: “António José Seguro concretizou no passado a reforma do Parlamento que muitos diziam impossível de fazer e que reforçou o escrutínio da atividade do governo e os direitos das oposições.”

Vem depois a proposta populista e vergonhosa de redução do número de deputados, com que AJS tenta aliciar a cultura de taxista, que julga preponderante nos militantes e simpatizantes do Partido atribuindo-lhes um atestado de menoridade mental bem esclarecedor sobre o que ideologicamente lhe vai na alma.

Diz António Galamba ser essa a resposta a um imobilismo, que explicaria o distanciamento dos eleitores em relação aos partidos já presente na tentativa de resposta de AJS através do compromisso em não prometer mais do que possa fazer.

Compreende-se que o ainda secretário-geral seja modesto nas promessas - muito embora aqui e ali jure acabar com os sem abrigo de Lisboa em três tempos ou não tenha pejo em prometer aos reformados a rápida reposição do que a Direita já lhes espoliou. É que, sem outro projeto que não seja prosseguir o cumprimento escrupuloso do Tratado Orçamental ainda que com menos austeridade - como se houvesse nisso alguma compatibilidade! - Seguro nada mais permite crer ao eleitorado do que imitar passos coelho em navegar à vista e igualmente subserviente aos ditames dos credores.

E conclui na mesma lógica enfática, mas literalmente vazia, que não aduzindo nenhum argumento consistente em concreto, muito esclarece sobre o tipo de gente que  teima em se julgar à altura para liderar o maior partido português: “Quando alguns apostam em minar o processo de recuperação da confiança dos portugueses no PS, na política e nos políticos, é tempo de redobrar os esforços para reformar o sistema político e reafirmar as propostas do Contrato de Confiança para as pessoas e para os territórios. Portugal não precisa de regressos ao passado, precisa de esperança e de futuro, com os pés bem assentes no chão.”

Lendo um texto deste quilate, como contestar alguns comentadores insuspeitos da nossa praça, que dizem olhar para a corte que rodeia António José Seguro e se confessam assustados com tanta mediocridade e desvario?

Os Antónios Galambas que rodeiam Seguro não aprenderam nada  com as eleições europeias. E confirmam a regra de não existir pior cego do que quem não quer verdadeiramente ver!

No «Público» de hoje surgem duas abordagens da atual situação do Partido Socialista, uma assinada por António Galamba em defesa de António José Seguro e a outra da autoria de Pedro Delgado Alves pelos que apoiam António Costa.

Basta a comparação entre os dois textos para ficarmos esclarecidos quanto à pobreza de argumentos do primeiro face à clareza e perspicácia do segundo. 

Abordemo-los separadamente, principiando com o primeiro e deixando o segundo para abordagem posterior!

Que é que nos diz então o ainda secretário nacional  recentemente notabilizado por torpe ameaça ao seu homónimo João?

Segundo ele existe uma coligação de interesses externos e internos unidos contra AJS. Quem são não no-lo diz, mas presume-se que exista um clima conspirativo a juntar esses “interesses” para que o ainda líder do Partido não concretize a sua versão cinzenta dos amanhãs que cantam.

António Galamba não parece compreender que na sua insignificância política, ninguém fora do PS tenha dado qualquer importância a Seguro nestes três anos, exatamente ao contrário dos militantes que têm redobrado em paciência para o dia de são nunca à tarde em que esperavam ver o seu secretário-geral a não parecer-se apenas com um detentor desse cargo, mas a sê-lo efetivamente com determinação, carisma e substância.

Na mesma lógica de somar generalidades e subentendidos, agora sobre a existência de uma nostalgia cujos parâmetros não define, António Galamba revela-se um fiel discípulo de Assunção Ribeiro que, antes de ir tratar da vidinha para a Coreia, ficara conhecido por textos tão presunçosos quanto recheados de fórmulas ocas: “Este bloco central de nostalgia quer perceber que a recuperação da confiança dos cidadãos na política é um processo que não se consegue com mais do mesmo, com subserviência os interesses ou com mimetismos passados ou presentes de soluções pretensamente fáceis, sem coerência e sem sustentabilidade”.

Haverá quem compreenda este chorrilho palavroso sem nada de consistente? Quem o conseguir que nos ajude a traduzir isto para algo de concreto!

Mas bem se esforça por inventar uma suposta reforma do Parlamento que, sinceramente, só ele deve ter visto: “António José Seguro concretizou no passado a reforma do Parlamento que muitos diziam impossível de fazer e que reforçou o escrutínio da atividade do governo e os direitos das oposições.”

Vem depois a proposta populista e vergonhosa de redução do número de deputados, com que AJS tenta aliciar a cultura de taxista, que julga preponderante nos militantes e simpatizantes do Partido atribuindo-lhes um atestado de menoridade mental bem esclarecedor sobre o que ideologicamente lhe vai na alma.

Diz António Galamba ser essa a resposta a um imobilismo, que explicaria o distanciamento dos eleitores em relação aos partidos já presente na tentativa de resposta de AJS através do compromisso em não prometer mais do que possa fazer.

Compreende-se que o ainda secretário-geral seja modesto nas promessas - muito embora aqui e ali jure acabar com os sem abrigo de Lisboa em três tempos ou não tenha pejo em prometer aos reformados a rápida reposição do que a Direita já lhes espoliou. É que, sem outro projeto que não seja prosseguir o cumprimento escrupuloso do Tratado Orçamental ainda que com menos austeridade - como se houvesse nisso alguma compatibilidade! - Seguro nada mais permite crer ao eleitorado do que imitar passos coelho em navegar à vista e igualmente subserviente aos ditames dos credores.

E conclui na mesma lógica enfática, mas literalmente vazia, que não aduzindo nenhum argumento consistente em concreto, muito esclarece sobre o tipo de gente que  teima em se julgar à altura para liderar o maior partido português: “Quando alguns apostam em minar o processo de recuperação da confiança dos portugueses no PS, na política e nos políticos, é tempo de redobrar os esforços para reformar o sistema político e reafirmar as propostas do Contrato de Confiança para as pessoas e para os territórios. Portugal não precisa de regressos ao passado, precisa de esperança e de futuro, com os pés bem assentes no chão.”

Lendo um texto deste quilate, como contestar alguns comentadores insuspeitos da nossa praça, que dizem olhar para a corte que rodeia António José Seguro e se confessam assustados com tanta mediocridade e desvario?

Os Antónios Galambas que rodeiam Seguro não aprenderam nada  com as eleições europeias. E confirmam a regra de não existir pior cego do que quem não quer verdadeiramente ver!

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