Houve ou não ‘tique de ditador’ no aviso de Magina da Silva?

01-11-2020
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O reitor da Universidade de Lisboa, Cruz Serra, prefere não comentar a entrada de agentes da autoridade na Faculdade de Arquitetura para multar um professor que não usou máscara durante parte de uma aula. Também o reitor da Universidade de Coimbra se escusou a fazer comentários sobre o episódio.

Já Manuel Monteiro ficou incomodado. O ex-líder do CDS e professor universitário assume mesmo «uma enorme tristeza» pelo silêncio da Universidade de Lisboa (UL) sobre a entrada sem permissão das forças de segurança no recinto universitário.

Monteiro, que não consegue «compreender a suspensão de direitos, nomeadamente o da livre circulação, sem que o estado de emergência seja decretado», fala mesmo em «passividade criminosa».

As medidas de combate à pandemia adotadas pelo Executivo têm desencadeado um coro de críticas e de interrogações.

Tiago Mayan, candidato do IL às presidenciais, considera o condicionamento de circulação «absolutamente ilegal e é um sinal de que o Governo não se sente limitado no que acha que pode fazer».

À esquerda do Governo, o secretário-geral do PCP disse que «as soluções encontradas dão um poder de discricionariedade, designadamente às forças de segurança» e apelou a que as medidas «não sejam transformadas num caso de polícia».

O que também não caiu bem junto de alguns setores foi o aviso de Magina da Silva, diretor nacional da PSP. «Há cidadãos que não se deixam ensinar», declarou o chefe máximo da polícia.

Fernando Medina e Pedro Delgado Alves estavam presentes na ocasião, mas nem o presidente da Câmara de Lisboa nem o presidente da Junta do Lumiar quiseram comentar as palavras do comandante da PSP.

Quem não se escusou a prestar declarações foi o Chega, que por estes dias interpôs uma providência cautelar para tentar impedir que as restrições de circulação entreguem em vigor. Ao SOL, o presidente do partido afirma que «não viu qualquer tique de ditador nas palavras do senhor diretor nacional da PSP».

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que também se encontrava presente durante o discurso de Magina da Silva, reiterou ontem que as forças de segurança têm as condições para «aplicar determinações a quem viole as regras» ou «a quem desobedeça à instrução dada pelas autoridades».

Respondendo às críticas dos que veem nas restrições à circulação uma medida antidemocrática, o ex-deputado socialista António Campos considera não fazer sentido comparar os limites que estão a ser impostos aos 48 anos de «cultura de medo». Ainda assim, comenta que as medidas «devem ser diferentes, respeitando a grande assimetria do país».

O reitor da Universidade de Lisboa, Cruz Serra, prefere não comentar a entrada de agentes da autoridade na Faculdade de Arquitetura para multar um professor que não usou máscara durante parte de uma aula. Também o reitor da Universidade de Coimbra se escusou a fazer comentários sobre o episódio.

Já Manuel Monteiro ficou incomodado. O ex-líder do CDS e professor universitário assume mesmo «uma enorme tristeza» pelo silêncio da Universidade de Lisboa (UL) sobre a entrada sem permissão das forças de segurança no recinto universitário.

Monteiro, que não consegue «compreender a suspensão de direitos, nomeadamente o da livre circulação, sem que o estado de emergência seja decretado», fala mesmo em «passividade criminosa».

As medidas de combate à pandemia adotadas pelo Executivo têm desencadeado um coro de críticas e de interrogações.

Tiago Mayan, candidato do IL às presidenciais, considera o condicionamento de circulação «absolutamente ilegal e é um sinal de que o Governo não se sente limitado no que acha que pode fazer».

À esquerda do Governo, o secretário-geral do PCP disse que «as soluções encontradas dão um poder de discricionariedade, designadamente às forças de segurança» e apelou a que as medidas «não sejam transformadas num caso de polícia».

O que também não caiu bem junto de alguns setores foi o aviso de Magina da Silva, diretor nacional da PSP. «Há cidadãos que não se deixam ensinar», declarou o chefe máximo da polícia.

Fernando Medina e Pedro Delgado Alves estavam presentes na ocasião, mas nem o presidente da Câmara de Lisboa nem o presidente da Junta do Lumiar quiseram comentar as palavras do comandante da PSP.

Quem não se escusou a prestar declarações foi o Chega, que por estes dias interpôs uma providência cautelar para tentar impedir que as restrições de circulação entreguem em vigor. Ao SOL, o presidente do partido afirma que «não viu qualquer tique de ditador nas palavras do senhor diretor nacional da PSP».

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que também se encontrava presente durante o discurso de Magina da Silva, reiterou ontem que as forças de segurança têm as condições para «aplicar determinações a quem viole as regras» ou «a quem desobedeça à instrução dada pelas autoridades».

Respondendo às críticas dos que veem nas restrições à circulação uma medida antidemocrática, o ex-deputado socialista António Campos considera não fazer sentido comparar os limites que estão a ser impostos aos 48 anos de «cultura de medo». Ainda assim, comenta que as medidas «devem ser diferentes, respeitando a grande assimetria do país».

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