Rio sem margens: O tamanho dos meus bolsos [288]

23-09-2020
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Por
mais que as minhas mãos o investiguem,

não
conheço o tamanho dos meus bolsos.

Sei
que eles mudam de feitio a cada dia,

mas
estou em crer que o que eu não sei,

sem todavia
o querer, é o justo alcance

das
minhas toscas mãos

e o
que elas podem ou não sabem perceber.

De
mãos atadas na pergunta,

ando
de bolsos vazios,

à
solta, enquanto não souber o que lá cabe

e o
que lá pode viver sem ficar asfixiado,

correndo
o risco de criar em cada bolso

um
endereço furado, sem respostas.

Nesse
reviralho de bolsos e mãos

a
abarrotar de incertezas,

sei
que há um vaivém preocupado

em
te perder, de pena vermelha à mão

de
tamanha indecisão

no
que te quero dizer, porque não sei

se a
tua brisa enche ou transborda

o
meu vazio a doer.


sei que enlouqueço [se enlouqueço…]

ao
sentir o teu fogo a aquecer a vontade

sem
controlo que me invade de te querer.

Por
mais que as minhas mãos o investiguem,

não
conheço o tamanho dos meus bolsos.

Sei
que eles mudam de feitio a cada dia,

mas
estou em crer que o que eu não sei,

sem todavia
o querer, é o justo alcance

das
minhas toscas mãos

e o
que elas podem ou não sabem perceber.

De
mãos atadas na pergunta,

ando
de bolsos vazios,

à
solta, enquanto não souber o que lá cabe

e o
que lá pode viver sem ficar asfixiado,

correndo
o risco de criar em cada bolso

um
endereço furado, sem respostas.

Nesse
reviralho de bolsos e mãos

a
abarrotar de incertezas,

sei
que há um vaivém preocupado

em
te perder, de pena vermelha à mão

de
tamanha indecisão

no
que te quero dizer, porque não sei

se a
tua brisa enche ou transborda

o
meu vazio a doer.


sei que enlouqueço [se enlouqueço…]

ao
sentir o teu fogo a aquecer a vontade

sem
controlo que me invade de te querer.

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