Por
mais que as minhas mãos o investiguem,
não
conheço o tamanho dos meus bolsos.
Sei
que eles mudam de feitio a cada dia,
mas
estou em crer que o que eu não sei,
sem todavia
o querer, é o justo alcance
das
minhas toscas mãos
e o
que elas podem ou não sabem perceber.
De
mãos atadas na pergunta,
ando
de bolsos vazios,
à
solta, enquanto não souber o que lá cabe
e o
que lá pode viver sem ficar asfixiado,
correndo
o risco de criar em cada bolso
um
endereço furado, sem respostas.
Nesse
reviralho de bolsos e mãos
a
abarrotar de incertezas,
sei
que há um vaivém preocupado
em
te perder, de pena vermelha à mão
de
tamanha indecisão
no
que te quero dizer, porque não sei
se a
tua brisa enche ou transborda
o
meu vazio a doer.
Só
sei que enlouqueço [se enlouqueço…]
ao
sentir o teu fogo a aquecer a vontade
sem
controlo que me invade de te querer.
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Por
mais que as minhas mãos o investiguem,
não
conheço o tamanho dos meus bolsos.
Sei
que eles mudam de feitio a cada dia,
mas
estou em crer que o que eu não sei,
sem todavia
o querer, é o justo alcance
das
minhas toscas mãos
e o
que elas podem ou não sabem perceber.
De
mãos atadas na pergunta,
ando
de bolsos vazios,
à
solta, enquanto não souber o que lá cabe
e o
que lá pode viver sem ficar asfixiado,
correndo
o risco de criar em cada bolso
um
endereço furado, sem respostas.
Nesse
reviralho de bolsos e mãos
a
abarrotar de incertezas,
sei
que há um vaivém preocupado
em
te perder, de pena vermelha à mão
de
tamanha indecisão
no
que te quero dizer, porque não sei
se a
tua brisa enche ou transborda
o
meu vazio a doer.
Só
sei que enlouqueço [se enlouqueço…]
ao
sentir o teu fogo a aquecer a vontade
sem
controlo que me invade de te querer.