Rio sem margens: A ignorância das flores [280]

27-06-2020
marcar artigo

Quando
vejo uma roseira esquecida

a
fervilhar na margem de um caminho,

sou
picado pela abelha da surpresa

e
vejo nas flores uma exceção aos jardins.

Afastada
a estranheza,

sou
como um raio de sol, que vê, sem o perceber,

a
regra de uma qualquer lei

que
faz crescer na roseira flores de tanta beleza.

Comburentes
da vida e da morte,

os
dias passam de igual modo no jardim e fora dele

por
tributo à mesma regra,

mas
as flores desconhecem que são perseguidas

pelo
ferrão da sua fátua existência.

O amor tem a regra e a exceção polinizadas,

tem
a beleza e a ignorância das flores.

Quando
vejo uma roseira esquecida

a
fervilhar na margem de um caminho,

sou
picado pela abelha da surpresa

e
vejo nas flores uma exceção aos jardins.

Afastada
a estranheza,

sou
como um raio de sol, que vê, sem o perceber,

a
regra de uma qualquer lei

que
faz crescer na roseira flores de tanta beleza.

Comburentes
da vida e da morte,

os
dias passam de igual modo no jardim e fora dele

por
tributo à mesma regra,

mas
as flores desconhecem que são perseguidas

pelo
ferrão da sua fátua existência.

O amor tem a regra e a exceção polinizadas,

tem
a beleza e a ignorância das flores.

marcar artigo