picosderoseirabrava: A História do Gato Pródigo

24-06-2020
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Todos conhecemos a Parábola do Filho Pródigo. Eu, que não sou leitora da Bíblia, conheci-a no meu livro de
leitura da 4ª classe e, tal como o filho mais velho da parábola, também achei
um bocado estranho o comportamento do pai, mas enfim. (Insondáveis são os caminhos do Senhor…)

Pois eu também tenho um gato
pródigo. (Não se admiram já os meus
queridos leitores porque cá por casa há gatos de todas as espécies… até
pródigos!)

Há uns anos dei guarida a um
gatão amarelo, lindo, que andou cá por casa cerca de ano e meio. Um explicando
meu que também é perdido por gatos batizou-o de Lourinho. Quando fui de férias,
apesar de ter quem viesse alimentar diariamente os meus gatos, o bom do
Lourinho procurou outra dona mais presente e desapareceu.

Sofro sempre muito de cada vez
que perco um gato, por isso uma vizinha aqui da rua, que é minha amiga, um dia
bateu-me à porta dizendo que me trazia o meu Lourinho de volta. Entrou-me pela
porta dentro um gatão amarelo, lindo que se comportou logo como se fosse da
casa. Mas não era o Lourinho, que esse tinha o fundo da cauda revirada.

Este foi chamado de Miminho
porque era extremamente meigo. Quis mandá-lo castrar, mas o meu marido, num
daqueles acessos de macho, tratou de dizer que não senhor, que deixasse o gato
gozar as suas delícias. E assim foi. Isto aconteceu no princípio do outono de
2014.

O gato – como todos os meus gatos
– tinha liberdade de entrar e de sair e assim se foi mantendo mais ou menos
caseiro.

Há uns dois anos, esteve meses
sem vir a casa. Pensei que não regressaria, mas regressou. Escanzelado, cheio
de feridas e de peladas. Tratei-o, limpei-o, dei-lhe de comer e até foi ao
veterinário. Continuava a ser um mimalho, a vir para o colo e a fazer ronrons. 

Mas
ele nunca mais foi gatinho de casa.

Até hoje, vem a casa quando lhe
calha, quando tem fome, ou precisa de descansar. Como o filho pródigo da parábola,
é tão bem tratado como os “residentes” – espero que eles entendam…

Todos conhecemos a Parábola do Filho Pródigo. Eu, que não sou leitora da Bíblia, conheci-a no meu livro de
leitura da 4ª classe e, tal como o filho mais velho da parábola, também achei
um bocado estranho o comportamento do pai, mas enfim. (Insondáveis são os caminhos do Senhor…)

Pois eu também tenho um gato
pródigo. (Não se admiram já os meus
queridos leitores porque cá por casa há gatos de todas as espécies… até
pródigos!)

Há uns anos dei guarida a um
gatão amarelo, lindo, que andou cá por casa cerca de ano e meio. Um explicando
meu que também é perdido por gatos batizou-o de Lourinho. Quando fui de férias,
apesar de ter quem viesse alimentar diariamente os meus gatos, o bom do
Lourinho procurou outra dona mais presente e desapareceu.

Sofro sempre muito de cada vez
que perco um gato, por isso uma vizinha aqui da rua, que é minha amiga, um dia
bateu-me à porta dizendo que me trazia o meu Lourinho de volta. Entrou-me pela
porta dentro um gatão amarelo, lindo que se comportou logo como se fosse da
casa. Mas não era o Lourinho, que esse tinha o fundo da cauda revirada.

Este foi chamado de Miminho
porque era extremamente meigo. Quis mandá-lo castrar, mas o meu marido, num
daqueles acessos de macho, tratou de dizer que não senhor, que deixasse o gato
gozar as suas delícias. E assim foi. Isto aconteceu no princípio do outono de
2014.

O gato – como todos os meus gatos
– tinha liberdade de entrar e de sair e assim se foi mantendo mais ou menos
caseiro.

Há uns dois anos, esteve meses
sem vir a casa. Pensei que não regressaria, mas regressou. Escanzelado, cheio
de feridas e de peladas. Tratei-o, limpei-o, dei-lhe de comer e até foi ao
veterinário. Continuava a ser um mimalho, a vir para o colo e a fazer ronrons. 

Mas
ele nunca mais foi gatinho de casa.

Até hoje, vem a casa quando lhe
calha, quando tem fome, ou precisa de descansar. Como o filho pródigo da parábola,
é tão bem tratado como os “residentes” – espero que eles entendam…

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