crónicas on the rocks: Naquela varanda virada para o mar...

22-12-2019
marcar artigo

Levantou-se a horas tardias, no rescaldo de uma noite prolongada. Foi até à varanda  e ficou , por uns momentos, a olhar o mar do Guincho e o céu azul  que, lá no horizonte, se unem num límpido amplexo.

Passeou o olhar pelas pessoas  passeando na praia, pelos corpos estendidos ao sol, pelas crianças em algazarra.
Respirou fundo a brisa marítima, para que  lhe enchesse os pulmões.

Depois, decidiu surpreendê-la preparando o pequeno almoço. Pôs  a mesa na varanda, espremeu as laranjas, preparou o cesto da fruta, descascou e partiu a manga  em fatias finas ( como ela lhe disse que gostava) preparou o chá e, quando a pressentiu atraída pelo cheiro das torradas, colocou no gira-discos  uma canção dos anos 80 que ela lhe confessara na véspera provocar-lhe pele de galinha.

Ela envolveu-o pela cintura, beijou-o na face,  pousou a cabeça no seu ombro, enalteceu num sussurro  a beleza da paisagem e a calmaria do final da manhã.
A música terminou, ele foi mudar o disco, mas optou por ligar a rádio, sintonizada na RFM:

“ Tempo previsto para hoje. Céu muito nublado no litoral Oeste, com possibilidades de chuviscos fracos”.

Ela estende-lhe uma torrada, convidando-o para voltar à varanda. Quando ouve as previsões o rosto abre-se-lhe num sorriso:

- E eu a pensar que estávamos em Portugal! Para onde me trouxeste durante a noite, que eu não me apercebi de nada?
Trocaram um olhar cúmplice. Ela puxou-o pela mão... e o chá e as torradas ficaram a arrefecer na varanda.

Levantou-se a horas tardias, no rescaldo de uma noite prolongada. Foi até à varanda  e ficou , por uns momentos, a olhar o mar do Guincho e o céu azul  que, lá no horizonte, se unem num límpido amplexo.

Passeou o olhar pelas pessoas  passeando na praia, pelos corpos estendidos ao sol, pelas crianças em algazarra.
Respirou fundo a brisa marítima, para que  lhe enchesse os pulmões.

Depois, decidiu surpreendê-la preparando o pequeno almoço. Pôs  a mesa na varanda, espremeu as laranjas, preparou o cesto da fruta, descascou e partiu a manga  em fatias finas ( como ela lhe disse que gostava) preparou o chá e, quando a pressentiu atraída pelo cheiro das torradas, colocou no gira-discos  uma canção dos anos 80 que ela lhe confessara na véspera provocar-lhe pele de galinha.

Ela envolveu-o pela cintura, beijou-o na face,  pousou a cabeça no seu ombro, enalteceu num sussurro  a beleza da paisagem e a calmaria do final da manhã.
A música terminou, ele foi mudar o disco, mas optou por ligar a rádio, sintonizada na RFM:

“ Tempo previsto para hoje. Céu muito nublado no litoral Oeste, com possibilidades de chuviscos fracos”.

Ela estende-lhe uma torrada, convidando-o para voltar à varanda. Quando ouve as previsões o rosto abre-se-lhe num sorriso:

- E eu a pensar que estávamos em Portugal! Para onde me trouxeste durante a noite, que eu não me apercebi de nada?
Trocaram um olhar cúmplice. Ela puxou-o pela mão... e o chá e as torradas ficaram a arrefecer na varanda.

marcar artigo