Levantou-se a horas tardias, no rescaldo de uma noite prolongada. Foi até à varanda e ficou , por uns momentos, a olhar o mar do Guincho e o céu azul que, lá no horizonte, se unem num límpido amplexo.
Passeou o olhar pelas pessoas passeando na praia, pelos corpos estendidos ao sol, pelas crianças em algazarra.
Respirou fundo a brisa marítima, para que lhe enchesse os pulmões.
Depois, decidiu surpreendê-la preparando o pequeno almoço. Pôs a mesa na varanda, espremeu as laranjas, preparou o cesto da fruta, descascou e partiu a manga em fatias finas ( como ela lhe disse que gostava) preparou o chá e, quando a pressentiu atraída pelo cheiro das torradas, colocou no gira-discos uma canção dos anos 80 que ela lhe confessara na véspera provocar-lhe pele de galinha.
Ela envolveu-o pela cintura, beijou-o na face, pousou a cabeça no seu ombro, enalteceu num sussurro a beleza da paisagem e a calmaria do final da manhã.
A música terminou, ele foi mudar o disco, mas optou por ligar a rádio, sintonizada na RFM:
“ Tempo previsto para hoje. Céu muito nublado no litoral Oeste, com possibilidades de chuviscos fracos”.
Ela estende-lhe uma torrada, convidando-o para voltar à varanda. Quando ouve as previsões o rosto abre-se-lhe num sorriso:
- E eu a pensar que estávamos em Portugal! Para onde me trouxeste durante a noite, que eu não me apercebi de nada?
Trocaram um olhar cúmplice. Ela puxou-o pela mão... e o chá e as torradas ficaram a arrefecer na varanda.
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Levantou-se a horas tardias, no rescaldo de uma noite prolongada. Foi até à varanda e ficou , por uns momentos, a olhar o mar do Guincho e o céu azul que, lá no horizonte, se unem num límpido amplexo.
Passeou o olhar pelas pessoas passeando na praia, pelos corpos estendidos ao sol, pelas crianças em algazarra.
Respirou fundo a brisa marítima, para que lhe enchesse os pulmões.
Depois, decidiu surpreendê-la preparando o pequeno almoço. Pôs a mesa na varanda, espremeu as laranjas, preparou o cesto da fruta, descascou e partiu a manga em fatias finas ( como ela lhe disse que gostava) preparou o chá e, quando a pressentiu atraída pelo cheiro das torradas, colocou no gira-discos uma canção dos anos 80 que ela lhe confessara na véspera provocar-lhe pele de galinha.
Ela envolveu-o pela cintura, beijou-o na face, pousou a cabeça no seu ombro, enalteceu num sussurro a beleza da paisagem e a calmaria do final da manhã.
A música terminou, ele foi mudar o disco, mas optou por ligar a rádio, sintonizada na RFM:
“ Tempo previsto para hoje. Céu muito nublado no litoral Oeste, com possibilidades de chuviscos fracos”.
Ela estende-lhe uma torrada, convidando-o para voltar à varanda. Quando ouve as previsões o rosto abre-se-lhe num sorriso:
- E eu a pensar que estávamos em Portugal! Para onde me trouxeste durante a noite, que eu não me apercebi de nada?
Trocaram um olhar cúmplice. Ela puxou-o pela mão... e o chá e as torradas ficaram a arrefecer na varanda.