crónicas on the rocks: Berlim: The East Side Gallery

09-01-2020
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A História de uma cidade dividida por um muro está sempre presente quando percorremos  as ruas de Berlim.

A ideia que nos é sempre transmitida é que de um lado estavam os democratas bons e do outro os  comunistas maus. Se o objectivo é incutir  essa  ideia nas gerações mais jovens, ou um genuíno autoconvencimento não sei dizer, mas chega a ser massacrante para quem viveu esse período da nossa História, esta lavagem ao cérebro.

Pedaços do muro são visíveis em diversos lugares e nas ruas de Berlim está traçado o trajecto de todo o muro, dando aos visitantes uma ideia da sua dimensão. Depois é pôr a imaginação a funcionar, para melhor perceber  o sofrimento dos berlinenses que praticamente de um dia para o outro viram as suas vidas modificar-se de uma forma radical

Particularmente impressionante é visitar  Bernauer Strasse, mas sobre isso escreverei num próximo postal.

De volta ao muro, chegamos a East Side Gallery

Trata-se de um fragmento do muro com a extensão de pouco mais de um quilómetro, ao longo do rio Spree que permaneceu intacto

Em 1990, cera de 120 artistas de todo o mundo pintaram-no, criando uma extraordinária obra de arte mural

Como se pode ver pelas fotos, as pinturas estão bem preservadas, parecendo resistir à erosão do tempo.

Isso deve-se ao facto de a maioria dos murais ter sido restaurada em 2010 pelos artistas que os pintaram nos anos 90

Ao longo de todo o percurso é evidente o aproveitamento mercantilista para caçar turistas 

                             

"Fragmentos" do muro são vendidos a preços nada módicos como peças originais, fazendo lembrar os frasquinhos de ar de Fátima que se vendem no Santuário

Uma série de negócios paralelos, maioritariamente lúdicos, florescem ao longo e nas imediações de East Side Gallery,Check Point Charlie  ou Brandenbourg Tor, banalizando um período dramático da História de Berlim, num contraste quase absurdo com o que nos é "vendido" nas visitas ao DDR Museum ou ao Check Point Charlie Museum.

Este é um aspecto menos positivo de East Side Gallery que eu teria preferido visitar como um Memorial, sem todo o folclore turístico adjacente.

Mas não se pode gostar de tudo, não é verdade?

(CONTINUA)

A História de uma cidade dividida por um muro está sempre presente quando percorremos  as ruas de Berlim.

A ideia que nos é sempre transmitida é que de um lado estavam os democratas bons e do outro os  comunistas maus. Se o objectivo é incutir  essa  ideia nas gerações mais jovens, ou um genuíno autoconvencimento não sei dizer, mas chega a ser massacrante para quem viveu esse período da nossa História, esta lavagem ao cérebro.

Pedaços do muro são visíveis em diversos lugares e nas ruas de Berlim está traçado o trajecto de todo o muro, dando aos visitantes uma ideia da sua dimensão. Depois é pôr a imaginação a funcionar, para melhor perceber  o sofrimento dos berlinenses que praticamente de um dia para o outro viram as suas vidas modificar-se de uma forma radical

Particularmente impressionante é visitar  Bernauer Strasse, mas sobre isso escreverei num próximo postal.

De volta ao muro, chegamos a East Side Gallery

Trata-se de um fragmento do muro com a extensão de pouco mais de um quilómetro, ao longo do rio Spree que permaneceu intacto

Em 1990, cera de 120 artistas de todo o mundo pintaram-no, criando uma extraordinária obra de arte mural

Como se pode ver pelas fotos, as pinturas estão bem preservadas, parecendo resistir à erosão do tempo.

Isso deve-se ao facto de a maioria dos murais ter sido restaurada em 2010 pelos artistas que os pintaram nos anos 90

Ao longo de todo o percurso é evidente o aproveitamento mercantilista para caçar turistas 

                             

"Fragmentos" do muro são vendidos a preços nada módicos como peças originais, fazendo lembrar os frasquinhos de ar de Fátima que se vendem no Santuário

Uma série de negócios paralelos, maioritariamente lúdicos, florescem ao longo e nas imediações de East Side Gallery,Check Point Charlie  ou Brandenbourg Tor, banalizando um período dramático da História de Berlim, num contraste quase absurdo com o que nos é "vendido" nas visitas ao DDR Museum ou ao Check Point Charlie Museum.

Este é um aspecto menos positivo de East Side Gallery que eu teria preferido visitar como um Memorial, sem todo o folclore turístico adjacente.

Mas não se pode gostar de tudo, não é verdade?

(CONTINUA)

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