Incêndios. Quem são as vítimas do "pior dia do ano"

02-09-2020
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Cinco dias passaram desde o “pior dia de do ano de incêndios”. Desde então, o número de vítimas mortais dos fogos que deflagraram na zona Centro e Norte do país ainda não parou de aumentar. O último balanço feito pela adjunta do comando nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Patrícia Gaspar, aponta para 44 mortos.

Três deles perderam a vida no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Só mais tarde será divulgado o local da morte.

Ainda não há uma lista oficial, até porque a contagem continua e as autópsias e o reconhecimento dos corpos estão a ser feitos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já avisou porém que a divulgação dos nomes por parte de outras entidades oficiais não prejudica a investigação. O número que fica, por enquanto, é 44 mas não se sabe se será o final. Não só porque poderá subir — há ainda feridos graves — como algumas das mortes podem não ser consideradas decorrentes dos incêndios. Por exemplo, mortes que aconteceram em acidentes de viação — tal como aconteceu no incêndio de Pedrógão Grande, em que uma das vítimas mortais não integrou a lista oficial.

A revelação de identidades “não prejudica as investigações” em curso, assegura a PGR. O Observador reuniu, por concelho, o que já se sabe das vítimas. Algumas delas não eram naturais das localidades onde perderam a vida.

ARGANIL

Três pessoas morreram em Arganil, no distrito de Coimbra: António Almeida, de 71 anos, Fernando Almeida, de 58, e Arlindo Marques, de 67. As idades de António e Fernando foram avançadas pelo Correio da Manhã (CM). A Proteção Civil também confirmou que três pessoas morreram em Arganil, sem referir nomes nem idades.

CARREGAL DO SAL

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Carregal do Sal, sem avançar com o nome.

NELAS

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Nelas, sem avançar com o nome.

OLIVEIRA DE FRADES

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Oliveira de Frades, sem avançar com o nome.

OLIVEIRA DO HOSPITAL

Oliveira do Hospital, em Coimbra, foi o concelho onde se registaram mais mortes: dez vítimas mortais, confirmadas pela Proteção Civil. Por enquanto, ainda só é conhecida a identidade de nove.

Só em Vila Pouca da Beira, união de freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira, morreram três pessoas. Duas delas — Paulo Alexandre Pires Costa, de 34 anos, e João André Pires Costa, de 29 — eram irmãos. O funeral foi esta sexta-feira.

A outra vítima mortal de Vila Pouca da Beira, Maria Celeste Neves Alves, tinha 70 anos.

Também o funeral de Pedro Luís Neves e de Ramiro Machado Marques Faria se realizou esta sexta-feira. Pedro tinha 46 anos, de acordo com o CM, e foi encontrado em Gramundes, Vilela, freguesia de Nogueira do Cravo.

Ramiro tinha 76, também de acordo com a mesma fonte. Morreu em Quintas de São Pedro, na união de freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira.

Em Parceiro, freguesia de São Gião, morreram duas mulheres: Maria Rosa Marques e Isilda, cujo sobrenome não é conhecido. Na freguesia de São Gião, Cristiana Gouveia Brito foi encontrada morta. Tinha 40 anos, segundo o CM. Maria Fernanda Tavares Tomás Augusto, de 54 anos, morreu em Cabeçadas, freguesia de Lourosa.

PAMPILHOSA

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Pampilhosa, sem avançar com o nome.

PENACOVA

A Proteção Civil confirma a morte de três pessoas em Penacova no pior dia de incêndios do ano. Na aldeia de Vale Maior os irmãos José Américo Simões, de 43 anos, e Alfredo António Simões, de 41, perderiam a vida. O primeiro era engenheiro e o segundo apicultor. Foram as primeiras vítimas de que o país ouviu falar nos incêndios que devastaram o centro e norte do país no último domingo.

O jornalista do Observador Pedro Rainho visitou a aldeia e escreve que José e Alfredo viviam durante a semana em Coimbra – onde geriam alguns negócios de família –, visitando Vale Maior no fim-de-semana. No domingo, quando perceberam que o incêndio se aproximava do armazém onde guardavam o material usado na produção do mel, desceram o vale e tentaram combater o fogo. Não só não conseguiram como perderam a vida no local, morrendo a tentar abraçar-se. “O pai estava lá perto, só não morreu porque não calhou”, contou em Vale Maior ao Observador Pedro Coimbra, amigo de um dos irmãos.

A terceira vítima de Penacova é Almerinda Neves, de 65 anos, que morreria carbonizada em casa na aldeia de Lagares.

SANTA COMBA DÃO

A Proteção Civil confirmou que há cinco vítimas mortais em Santa Comba Dão, sem avançar com o nome.

SEIA

A Proteção Civil confirmou que há duas vítimas mortais em Seia, sem avançar com o nome.

SERTÃ

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal na Sertã, sem avançar com o nome.

TÁBUA

José Batista e Hermínia Batista morreram a tentar chegar a uma casa, na Quinta da Barroca, em Tábua. O casal de septuagenários foram confundidos com um casal com o mesmo nome: os avós da bebé Vitória que chegou a integrar a lista das vítimas mortais. Mais tarde, a Proteção Civil confirmou que a bebé estava viva e o jornalista do Observador Pedro Rainho encontrou-a “enrolada numa manta polar, ao colo da mãe”. José e Hermínia morreram a poucos metros da casa da bebé Vitória.

Na freguesia de Midões, segundo informação recolhida no local pelo Observador, morreu uma pessoa: João “Vermelho” Nascimento, de 48 anos. O filho, André “Vermelho”, de 23 anos, encontra-se em coma induzido no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o mesmo hospital onde o pai acabaria por morrer na segunda-feira. João e André foram apanhados pelas chamas a tentar salvar animais e tratores.

A Proteção Civil confirmou ao Observador as três mortes em Tábua.

TONDELA

A Proteção Civil confirmou que há duas vítimas mortais em Tondela, sem avançar com o nome.

VOUZELA

Há pelo menos oito mortes confirmadas pela Proteção Civil no concelho de Vouzela. O jornalista do Observador João de Almeida Dias visitou a aldeia onde residiam quatro das vítimas: Vila Nova da Ventosa.

Maria Rosa de Jesus tinha 93 anos. Morreu numa estrada próxima da aldeia, depois de as labaredas terem impedido que o carro em que tentava escapar de Vila Nova da Ventosa com a filha avançasse. A filha ainda conseguiu fugir, mas Maria Rosa perdeu-se e ficou para trás. O corpo foi encontrado na segunda-feira de manhã.

Arminda de Jesus Lourenço, de 78 anos, o irmão Fernando de Jesus Lourenço, de 70, e a mulher deste, Laurinda, de 64, morreram em casa. Os vizinhos ouvidos pelo jornalista do Observador acreditam que os três perderam a vida nos quartos, a dormir, sem se terem apercebido que o incêndio se aproximava da casa onde habitavam.

Cinco dias passaram desde o “pior dia de do ano de incêndios”. Desde então, o número de vítimas mortais dos fogos que deflagraram na zona Centro e Norte do país ainda não parou de aumentar. O último balanço feito pela adjunta do comando nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Patrícia Gaspar, aponta para 44 mortos.

Três deles perderam a vida no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Só mais tarde será divulgado o local da morte.

Ainda não há uma lista oficial, até porque a contagem continua e as autópsias e o reconhecimento dos corpos estão a ser feitos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já avisou porém que a divulgação dos nomes por parte de outras entidades oficiais não prejudica a investigação. O número que fica, por enquanto, é 44 mas não se sabe se será o final. Não só porque poderá subir — há ainda feridos graves — como algumas das mortes podem não ser consideradas decorrentes dos incêndios. Por exemplo, mortes que aconteceram em acidentes de viação — tal como aconteceu no incêndio de Pedrógão Grande, em que uma das vítimas mortais não integrou a lista oficial.

A revelação de identidades “não prejudica as investigações” em curso, assegura a PGR. O Observador reuniu, por concelho, o que já se sabe das vítimas. Algumas delas não eram naturais das localidades onde perderam a vida.

ARGANIL

Três pessoas morreram em Arganil, no distrito de Coimbra: António Almeida, de 71 anos, Fernando Almeida, de 58, e Arlindo Marques, de 67. As idades de António e Fernando foram avançadas pelo Correio da Manhã (CM). A Proteção Civil também confirmou que três pessoas morreram em Arganil, sem referir nomes nem idades.

CARREGAL DO SAL

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Carregal do Sal, sem avançar com o nome.

NELAS

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Nelas, sem avançar com o nome.

OLIVEIRA DE FRADES

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Oliveira de Frades, sem avançar com o nome.

OLIVEIRA DO HOSPITAL

Oliveira do Hospital, em Coimbra, foi o concelho onde se registaram mais mortes: dez vítimas mortais, confirmadas pela Proteção Civil. Por enquanto, ainda só é conhecida a identidade de nove.

Só em Vila Pouca da Beira, união de freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira, morreram três pessoas. Duas delas — Paulo Alexandre Pires Costa, de 34 anos, e João André Pires Costa, de 29 — eram irmãos. O funeral foi esta sexta-feira.

A outra vítima mortal de Vila Pouca da Beira, Maria Celeste Neves Alves, tinha 70 anos.

Também o funeral de Pedro Luís Neves e de Ramiro Machado Marques Faria se realizou esta sexta-feira. Pedro tinha 46 anos, de acordo com o CM, e foi encontrado em Gramundes, Vilela, freguesia de Nogueira do Cravo.

Ramiro tinha 76, também de acordo com a mesma fonte. Morreu em Quintas de São Pedro, na união de freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira.

Em Parceiro, freguesia de São Gião, morreram duas mulheres: Maria Rosa Marques e Isilda, cujo sobrenome não é conhecido. Na freguesia de São Gião, Cristiana Gouveia Brito foi encontrada morta. Tinha 40 anos, segundo o CM. Maria Fernanda Tavares Tomás Augusto, de 54 anos, morreu em Cabeçadas, freguesia de Lourosa.

PAMPILHOSA

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal em Pampilhosa, sem avançar com o nome.

PENACOVA

A Proteção Civil confirma a morte de três pessoas em Penacova no pior dia de incêndios do ano. Na aldeia de Vale Maior os irmãos José Américo Simões, de 43 anos, e Alfredo António Simões, de 41, perderiam a vida. O primeiro era engenheiro e o segundo apicultor. Foram as primeiras vítimas de que o país ouviu falar nos incêndios que devastaram o centro e norte do país no último domingo.

O jornalista do Observador Pedro Rainho visitou a aldeia e escreve que José e Alfredo viviam durante a semana em Coimbra – onde geriam alguns negócios de família –, visitando Vale Maior no fim-de-semana. No domingo, quando perceberam que o incêndio se aproximava do armazém onde guardavam o material usado na produção do mel, desceram o vale e tentaram combater o fogo. Não só não conseguiram como perderam a vida no local, morrendo a tentar abraçar-se. “O pai estava lá perto, só não morreu porque não calhou”, contou em Vale Maior ao Observador Pedro Coimbra, amigo de um dos irmãos.

A terceira vítima de Penacova é Almerinda Neves, de 65 anos, que morreria carbonizada em casa na aldeia de Lagares.

SANTA COMBA DÃO

A Proteção Civil confirmou que há cinco vítimas mortais em Santa Comba Dão, sem avançar com o nome.

SEIA

A Proteção Civil confirmou que há duas vítimas mortais em Seia, sem avançar com o nome.

SERTÃ

A Proteção Civil confirmou que há uma vítima mortal na Sertã, sem avançar com o nome.

TÁBUA

José Batista e Hermínia Batista morreram a tentar chegar a uma casa, na Quinta da Barroca, em Tábua. O casal de septuagenários foram confundidos com um casal com o mesmo nome: os avós da bebé Vitória que chegou a integrar a lista das vítimas mortais. Mais tarde, a Proteção Civil confirmou que a bebé estava viva e o jornalista do Observador Pedro Rainho encontrou-a “enrolada numa manta polar, ao colo da mãe”. José e Hermínia morreram a poucos metros da casa da bebé Vitória.

Na freguesia de Midões, segundo informação recolhida no local pelo Observador, morreu uma pessoa: João “Vermelho” Nascimento, de 48 anos. O filho, André “Vermelho”, de 23 anos, encontra-se em coma induzido no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o mesmo hospital onde o pai acabaria por morrer na segunda-feira. João e André foram apanhados pelas chamas a tentar salvar animais e tratores.

A Proteção Civil confirmou ao Observador as três mortes em Tábua.

TONDELA

A Proteção Civil confirmou que há duas vítimas mortais em Tondela, sem avançar com o nome.

VOUZELA

Há pelo menos oito mortes confirmadas pela Proteção Civil no concelho de Vouzela. O jornalista do Observador João de Almeida Dias visitou a aldeia onde residiam quatro das vítimas: Vila Nova da Ventosa.

Maria Rosa de Jesus tinha 93 anos. Morreu numa estrada próxima da aldeia, depois de as labaredas terem impedido que o carro em que tentava escapar de Vila Nova da Ventosa com a filha avançasse. A filha ainda conseguiu fugir, mas Maria Rosa perdeu-se e ficou para trás. O corpo foi encontrado na segunda-feira de manhã.

Arminda de Jesus Lourenço, de 78 anos, o irmão Fernando de Jesus Lourenço, de 70, e a mulher deste, Laurinda, de 64, morreram em casa. Os vizinhos ouvidos pelo jornalista do Observador acreditam que os três perderam a vida nos quartos, a dormir, sem se terem apercebido que o incêndio se aproximava da casa onde habitavam.

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