Tropas de Rio aceleram mobilização do aparelho. Montenegro faz queixa à Jurisdição

16-12-2019
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A menos de um mês das eleições internas, o aparelho social-democrata está em polvorosa. Em poucas semanas, o número de militantes com quotas em dia, logo em condições de votar, atingiu os 28 mil, mais dez mil quando comparado com o valor registado em meados de novembro. Ainda muito longe do ponto de rebuçado — no confronto Rio-Santana estavam inscritos mais de 70 mil eleitores —, a verdade é que a corrida ao multibanco está cada vez mais intensa. Só em dezembro, o universo eleitoral cresceu cinco mil militantes face ao último dia de novembro, e o prazo para pagamento de quotas apenas termina perto do final do mês, a 22.

O cruzamento entre o fluxo de pagamento de quotas e a teórica lealdade das estruturas partidárias envolvidas permite tirar uma conclusão: os apoiantes de Rui Rio parecem estar a aproveitar os últimos dias para mobilizar esforços contra Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz. Olhando para as dez concelhias do partido onde mais quotas foram pagas no último mês, o atual líder do PSD tem o controlo de cinco: Porto, Vila Verde, Gaia, Gondomar e Maia, que estiveram particularmente ativas neste período. Em contrapartida, dois dos maiores bastiões de Luís Montenegro (Famalicão e Caldas da Rainha) foram, sozinhos, responsáveis pela regularização de mais de 500 militantes. Alargando o exercício às 25 concelhias com mais quotas pagas no último mês, o padrão mantém-se: há 13 que estão, teoricamente, com Rio; sete com Montenegro; uma, a maior (Lisboa), claramente com Miguel Pinto Luz; e quatro onde não é possível descortinar para que lado podem cair.

A candidatura de Luís Montenegro vai pedir a intervenção do Conselho de Jurisdição do PSD para travar alegadas “irregularidades” no pagamento de quotas. “Não podemos deixar que a secretaria silencie a vontade dos militantes”, diz Pedro Alves, diretor de campanha. Os apoiantes de Montenegro queixam-se de cadernos eleitorais irregulares, de onde desapareceram militantes (alguns próximos do ex-líder parlamentar), fluxos anormais de pagamento de quotas nas estruturas afetas ao presidente do PSD e uso de meios do partido pela candidatura de Rui Rio.

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A menos de um mês das eleições internas, o aparelho social-democrata está em polvorosa. Em poucas semanas, o número de militantes com quotas em dia, logo em condições de votar, atingiu os 28 mil, mais dez mil quando comparado com o valor registado em meados de novembro. Ainda muito longe do ponto de rebuçado — no confronto Rio-Santana estavam inscritos mais de 70 mil eleitores —, a verdade é que a corrida ao multibanco está cada vez mais intensa. Só em dezembro, o universo eleitoral cresceu cinco mil militantes face ao último dia de novembro, e o prazo para pagamento de quotas apenas termina perto do final do mês, a 22.

O cruzamento entre o fluxo de pagamento de quotas e a teórica lealdade das estruturas partidárias envolvidas permite tirar uma conclusão: os apoiantes de Rui Rio parecem estar a aproveitar os últimos dias para mobilizar esforços contra Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz. Olhando para as dez concelhias do partido onde mais quotas foram pagas no último mês, o atual líder do PSD tem o controlo de cinco: Porto, Vila Verde, Gaia, Gondomar e Maia, que estiveram particularmente ativas neste período. Em contrapartida, dois dos maiores bastiões de Luís Montenegro (Famalicão e Caldas da Rainha) foram, sozinhos, responsáveis pela regularização de mais de 500 militantes. Alargando o exercício às 25 concelhias com mais quotas pagas no último mês, o padrão mantém-se: há 13 que estão, teoricamente, com Rio; sete com Montenegro; uma, a maior (Lisboa), claramente com Miguel Pinto Luz; e quatro onde não é possível descortinar para que lado podem cair.

A candidatura de Luís Montenegro vai pedir a intervenção do Conselho de Jurisdição do PSD para travar alegadas “irregularidades” no pagamento de quotas. “Não podemos deixar que a secretaria silencie a vontade dos militantes”, diz Pedro Alves, diretor de campanha. Os apoiantes de Montenegro queixam-se de cadernos eleitorais irregulares, de onde desapareceram militantes (alguns próximos do ex-líder parlamentar), fluxos anormais de pagamento de quotas nas estruturas afetas ao presidente do PSD e uso de meios do partido pela candidatura de Rui Rio.

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