Vespas asiáticas invadem habitações

01-09-2020
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As vespas asiáticas têm surgido cada vez com mais frequência em Portugal. E é principalmente nas zonas habitacionais que muitos moradores se têm queixado e alertado para o seu aparecimento. O SOL sabe que na semana passada, por exemplo, foi registado um caso de um ninho num prédio da Quinta das Conchas, em Lisboa, prontamente retirado pelos Bombeiros Sapadores de Lisboa – deram a explicação de que se tratava de uma situação rara e que havia sido o primeiro caso numa habitação de que tinham tido conhecimento na área de intervenção da corporação.

Mas não é caso único. No Facebook, são alguns os casos relatados no distrito de Coimbra, mais concretamente em Montemor-o-Velho. Comentários feitos por moradores, como «matei 26 dentro da sala de costura»; «também já me apareceram assim duas enormes» ou «andavam hoje a passear na minha cozinha», podem ser lidos. Há, porém, uma explicação para o facto de as vespas asiáticas surgirem em habitações nesta altura do ano. Ao SOL, Pedro Alves, biólogo da Quercus, explicou que esta é uma fase em que estes insetos se encontram à procura de alimento.

«Sei que o número de casos aumentou bastante no que diz respeito ao aparecimento de ninhos na zona de Setúbal. A vespa asiática é uma espécie invasora, está a ter uma progressão contínua no país ao longo destes anos. Nesta altura do ano, estão em expansão. Já fizeram os ninhos, já têm os ninhos secundários e neste momento estão a aumentar as populações para procurar alimento. E talvez seja por isso que haja mais agora, porque estão à procura de alimento e há muito mais vespas do que no resto do ano».

Sublinhou ainda que, nesta altura, a maior progressão no surgimento de vespas asiáticas acontece na zona centro do país, «embora haja também bastantes casos no Algarve. Mas elas entram nos prédios porque estão à procura de alimento. É normal nesta altura do ano», ressalvou.

Além disso, o biólogo fez ainda questão de ressalvar que é muito frequente confundir uma outra vespa com a asiática, deixando claro que há que ter cuidados em relação a isso. «Há uma vespa autóctone, que é a vespa crabro, que muitas vezes é confundida com a vespa asiática. E a autóctone não deve ser morta», reforçou Pedro Alves, solicitando que, no caso de os moradores encontrarem vespas asiáticas nas suas casas, o melhor é não destruir o ninho com as próprias mãos.

«É importante que as pessoas comuniquem ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)_ou à Proteção Civil, porque é importante que seja identificada a localização desses mesmos ninhos, mesmo que queiram eliminar com as próprias mãos», rematou.

O SOL tentou ainda contactar o ICNF para obter mais esclarecimentos, mas não obteve resposta até à hora de fecho desta edição.

Há cerca de um ano, recorde-se, os jardins da Quinta das Conchas e da Quinta dos Lilases, também em Lisboa, foram encerrados ao público, depois de ter sido encontrado um ninho de vespas asiáticas numa das árvores.

As vespas asiáticas têm surgido cada vez com mais frequência em Portugal. E é principalmente nas zonas habitacionais que muitos moradores se têm queixado e alertado para o seu aparecimento. O SOL sabe que na semana passada, por exemplo, foi registado um caso de um ninho num prédio da Quinta das Conchas, em Lisboa, prontamente retirado pelos Bombeiros Sapadores de Lisboa – deram a explicação de que se tratava de uma situação rara e que havia sido o primeiro caso numa habitação de que tinham tido conhecimento na área de intervenção da corporação.

Mas não é caso único. No Facebook, são alguns os casos relatados no distrito de Coimbra, mais concretamente em Montemor-o-Velho. Comentários feitos por moradores, como «matei 26 dentro da sala de costura»; «também já me apareceram assim duas enormes» ou «andavam hoje a passear na minha cozinha», podem ser lidos. Há, porém, uma explicação para o facto de as vespas asiáticas surgirem em habitações nesta altura do ano. Ao SOL, Pedro Alves, biólogo da Quercus, explicou que esta é uma fase em que estes insetos se encontram à procura de alimento.

«Sei que o número de casos aumentou bastante no que diz respeito ao aparecimento de ninhos na zona de Setúbal. A vespa asiática é uma espécie invasora, está a ter uma progressão contínua no país ao longo destes anos. Nesta altura do ano, estão em expansão. Já fizeram os ninhos, já têm os ninhos secundários e neste momento estão a aumentar as populações para procurar alimento. E talvez seja por isso que haja mais agora, porque estão à procura de alimento e há muito mais vespas do que no resto do ano».

Sublinhou ainda que, nesta altura, a maior progressão no surgimento de vespas asiáticas acontece na zona centro do país, «embora haja também bastantes casos no Algarve. Mas elas entram nos prédios porque estão à procura de alimento. É normal nesta altura do ano», ressalvou.

Além disso, o biólogo fez ainda questão de ressalvar que é muito frequente confundir uma outra vespa com a asiática, deixando claro que há que ter cuidados em relação a isso. «Há uma vespa autóctone, que é a vespa crabro, que muitas vezes é confundida com a vespa asiática. E a autóctone não deve ser morta», reforçou Pedro Alves, solicitando que, no caso de os moradores encontrarem vespas asiáticas nas suas casas, o melhor é não destruir o ninho com as próprias mãos.

«É importante que as pessoas comuniquem ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)_ou à Proteção Civil, porque é importante que seja identificada a localização desses mesmos ninhos, mesmo que queiram eliminar com as próprias mãos», rematou.

O SOL tentou ainda contactar o ICNF para obter mais esclarecimentos, mas não obteve resposta até à hora de fecho desta edição.

Há cerca de um ano, recorde-se, os jardins da Quinta das Conchas e da Quinta dos Lilases, também em Lisboa, foram encerrados ao público, depois de ter sido encontrado um ninho de vespas asiáticas numa das árvores.

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