"Cosmética" de contas no Montepio e prémios para mascarar créditos. O relatório que trama Pedro Alves, nomeado presidente do banco

08-11-2019
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O homem escolhido para próximo presidente do Banco Montepio, Pedro Gouveia Alves, liderou em 2009 a equipa que criou uma estratégia que mascarou rácios de crédito vencido e escondeu, de forma considerada ilícita, as dificuldades que o banco atravessou no início da crise económica, especificamente no crédito à habitação concedido a particulares.

Foi uma “campanha” que teve continuidade no ano seguinte e que envolvia uma tabela de prémios (até 1.500 euros) para os colaboradores que conseguissem ajudar o banco a fazer melhor figura nos rácios de crédito problemáticos. E previa, também, prémios atribuídos à equipa que arquitetou a estratégia — prémios decididos “de forma arbitrária” pelo conselho de administração de Tomás Correia para recompensar a task force onde estava Pedro Alves.

Este atual administrador não-executivo da equipa de Carlos Tavares tem mais de duas décadas de serviço ao Montepio e, em várias fases, foi visto como um “delfim” de António Tomás Correia (embora, noutras fases, Tomás Correia terá indicado a outros responsáveis do Montepio não ter qualquer confiança no gestor). Nesta fase, porém, Pedro Alves é a proposta de Tavares e Correia para resolver o impasse na direção do banco.

Mas Pedro Alves está há várias semanas à espera de que o Banco de Portugal dê “luz verde” a que possa assumir um cargo executivo no banco (o cargo de presidente). O processo está a ser muito difícil, apurou o Observador, e no setor há grandes dúvidas de que essa idoneidade lhe venha a ser reconhecida, desde logo pelo envolvimento em “infrações puníveis” pelas regras, “cosmética” de contas e “escamoteamento” de perdas reais — tudo isto detetado na auditoria especial feita pela Deloitte, concluída em 2015.

Uma auditoria que está, deste então, no Banco de Portugal e que ajudou a lançar a contra-ordenação contra Tomás Correia e o Montepio. Trata-se de um documento que, do que se sabe, não levou a mais ações sancionatórias contra os diretores que criaram e explicaram a estratégia à cadeia de comando. Não houve mais sanções, mesmo tendo a auditora tido acesso – tal como teve agora o Observador – à apresentação powerpoint comprometedora que foi apresentada por Pedro Alves e pela sua task force.

O homem escolhido para próximo presidente do Banco Montepio, Pedro Gouveia Alves, liderou em 2009 a equipa que criou uma estratégia que mascarou rácios de crédito vencido e escondeu, de forma considerada ilícita, as dificuldades que o banco atravessou no início da crise económica, especificamente no crédito à habitação concedido a particulares.

Foi uma “campanha” que teve continuidade no ano seguinte e que envolvia uma tabela de prémios (até 1.500 euros) para os colaboradores que conseguissem ajudar o banco a fazer melhor figura nos rácios de crédito problemáticos. E previa, também, prémios atribuídos à equipa que arquitetou a estratégia — prémios decididos “de forma arbitrária” pelo conselho de administração de Tomás Correia para recompensar a task force onde estava Pedro Alves.

Este atual administrador não-executivo da equipa de Carlos Tavares tem mais de duas décadas de serviço ao Montepio e, em várias fases, foi visto como um “delfim” de António Tomás Correia (embora, noutras fases, Tomás Correia terá indicado a outros responsáveis do Montepio não ter qualquer confiança no gestor). Nesta fase, porém, Pedro Alves é a proposta de Tavares e Correia para resolver o impasse na direção do banco.

Mas Pedro Alves está há várias semanas à espera de que o Banco de Portugal dê “luz verde” a que possa assumir um cargo executivo no banco (o cargo de presidente). O processo está a ser muito difícil, apurou o Observador, e no setor há grandes dúvidas de que essa idoneidade lhe venha a ser reconhecida, desde logo pelo envolvimento em “infrações puníveis” pelas regras, “cosmética” de contas e “escamoteamento” de perdas reais — tudo isto detetado na auditoria especial feita pela Deloitte, concluída em 2015.

Uma auditoria que está, deste então, no Banco de Portugal e que ajudou a lançar a contra-ordenação contra Tomás Correia e o Montepio. Trata-se de um documento que, do que se sabe, não levou a mais ações sancionatórias contra os diretores que criaram e explicaram a estratégia à cadeia de comando. Não houve mais sanções, mesmo tendo a auditora tido acesso – tal como teve agora o Observador – à apresentação powerpoint comprometedora que foi apresentada por Pedro Alves e pela sua task force.

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