Banco de Portugal chumba Pedro Alves para novo mandato na Montepio Crédito

11-07-2020
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A operação, feita quando Tomás Correia era ainda presidente do banco (além, também, da mutualista Montepio), foi descrita em detalhe pelo Observador no dia 31 de outubro de 2019. Na altura, Pedro Alves tinha sido escolhido para presidente do Banco Montepio mas acabou, alguns dias depois, por retirar a candidatura porque, como o Observador também noticiou, foi indicado informalmente que o Departamento de Supervisão Prudencial não lhe daria autorização para assumir essas responsabilidades.

Apesar de não ter subido à presidência-executiva do grupo (que acabaria por ficar para Pedro Leitão), Pedro Alves manteve-se na Montepio Crédito mas o mandato terminou no final do ano. Devido à pandemia, foi adiado para 30 de junho o prazo para que se realizasse nova assembleia-geral eletiva (não só para a Montepio Crédito mas para outras empresas do grupo).

Contudo, esse prazo já expirou há quase duas semanas, pelo que esse processo poderá estar a ser atrasado pela necessidade de encontrar um nome alternativo para a presidência da Montepio Crédito, que tem sido uma das unidades mais lucrativas do grupo nos últimos anos. Recorde-se que, ao propor um nome de um gestor para uma empresa, a administração do grupo também estaria a dar o seu próprio aval, bem como dos órgãos de controlo interno, pelo que esta é uma situação delicada que Carlos Tavares e a administração do Banco Montepio estão a gerir.

Contactada, fonte oficial do Banco de Portugal não fez quaisquer comentários. Já fonte oficial do Banco Montepio respondeu que a instituição “não pode, nem deve, comentar assuntos internos da vida da instituição e assuntos relacionados com os reguladores”.

O powerpoint polémico

A auditoria da Deloitte a essas práticas irregulares de 2009, que foi realizada em 2014/2015, já estava no Banco de Portugal desde essa altura. Mas só em outubro chegou ao supervisor a apresentação em powerpoint que serviu de base à estratégia comercial executada em 2009 e que comprova o envolvimento de Pedro Alves nessa iniciativa que a Deloitte criticou duramente. Uma iniciativa que terá envolvido prémios para as direções comerciais e para os membros da task force, de acordo com a apresentação vista pelo Observador.

A auditoria censurava os administradores responsáveis (Pedro Alves não era administrador nessa altura, era diretor de planeamento) mas essa apresentação em powerpoint tornou-se o elemento que permitiu ligar Pedro Alves a esse plano – um elemento-chave de investigação que o Banco de Portugal tem valorizado ao ponto de rejeitar o seu nome para a presidência da comissão executiva do grupo no final do ano passado e, agora, para uma recondução na Montepio Crédito.

A operação, feita quando Tomás Correia era ainda presidente do banco (além, também, da mutualista Montepio), foi descrita em detalhe pelo Observador no dia 31 de outubro de 2019. Na altura, Pedro Alves tinha sido escolhido para presidente do Banco Montepio mas acabou, alguns dias depois, por retirar a candidatura porque, como o Observador também noticiou, foi indicado informalmente que o Departamento de Supervisão Prudencial não lhe daria autorização para assumir essas responsabilidades.

Apesar de não ter subido à presidência-executiva do grupo (que acabaria por ficar para Pedro Leitão), Pedro Alves manteve-se na Montepio Crédito mas o mandato terminou no final do ano. Devido à pandemia, foi adiado para 30 de junho o prazo para que se realizasse nova assembleia-geral eletiva (não só para a Montepio Crédito mas para outras empresas do grupo).

Contudo, esse prazo já expirou há quase duas semanas, pelo que esse processo poderá estar a ser atrasado pela necessidade de encontrar um nome alternativo para a presidência da Montepio Crédito, que tem sido uma das unidades mais lucrativas do grupo nos últimos anos. Recorde-se que, ao propor um nome de um gestor para uma empresa, a administração do grupo também estaria a dar o seu próprio aval, bem como dos órgãos de controlo interno, pelo que esta é uma situação delicada que Carlos Tavares e a administração do Banco Montepio estão a gerir.

Contactada, fonte oficial do Banco de Portugal não fez quaisquer comentários. Já fonte oficial do Banco Montepio respondeu que a instituição “não pode, nem deve, comentar assuntos internos da vida da instituição e assuntos relacionados com os reguladores”.

O powerpoint polémico

A auditoria da Deloitte a essas práticas irregulares de 2009, que foi realizada em 2014/2015, já estava no Banco de Portugal desde essa altura. Mas só em outubro chegou ao supervisor a apresentação em powerpoint que serviu de base à estratégia comercial executada em 2009 e que comprova o envolvimento de Pedro Alves nessa iniciativa que a Deloitte criticou duramente. Uma iniciativa que terá envolvido prémios para as direções comerciais e para os membros da task force, de acordo com a apresentação vista pelo Observador.

A auditoria censurava os administradores responsáveis (Pedro Alves não era administrador nessa altura, era diretor de planeamento) mas essa apresentação em powerpoint tornou-se o elemento que permitiu ligar Pedro Alves a esse plano – um elemento-chave de investigação que o Banco de Portugal tem valorizado ao ponto de rejeitar o seu nome para a presidência da comissão executiva do grupo no final do ano passado e, agora, para uma recondução na Montepio Crédito.

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