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08-03-2020
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Num
mês em que se comemorou o Dia Mundial da Alimentação ouvimos os conselhos de Omraam Aivanhov sobre um tipo de yoga pouco
conhecido e que pode ser praticado à mesa, uma ocasião acessível a todos e
favorável ao aperfeiçoamento humano.

Texto
Dina Cristo

«(…)
cada homem é acompanhado por todas as almas dos animais cuja carne comeu»,[1] uma
presença que se manifesta em estados como a crueldade, a sensualidade, a
brutalidade, a destruição ou o medo. Pelo contrário, toda a erva que tem semente, como refere o
Génesis, é indicada para alimentação humana; os frutos e legumes têm a vantagem
de absorver a luz solar directamente e quase sem resíduos. Omraam indica como
excepção à regra de não comer animais, o peixe, dado o seu sistema nervoso,
rudimentar, e a presença do iodo, benéfica.

Este
é um exemplo do tipo de dieta indicada para o Ser Humano. Mas mais importante
do que o que comer, afirma Omraam, é a quantidade do que se ingere. Esta deve
ser a conveniente e razoável. Tudo o que for para além do necessário, da
moderação ou do limite e entrar no desregramento ou excesso sobrecarrega o
organismo, bloqueia a digestão, provoca sensação de peso, sonolência, conduz à
insaciedade e à doença. Pelo contrário, se parar antes de ficar cheio e sair da
mesa com um ligeiro apetite a pessoa sentir-se-á mais leve, viva, bem-disposta
e capaz de trabalhar.

O
mais importante é mesmo o modo como se deve comer. Omraam refere que se pode
diminuir a dose de comida, para metade ou até mesmo para um quarto se se
aprender a comer correctamente. O jejum, por exemplo, é fundamental para limpar
o organismo, dos resíduos que nele se acumulam e o obstruem, e assim
purificá-lo. Para retirar dos alimentos os seus elementos vitais e depois os
assimilar é necessário que eles se abram e, neste caso, o “mordente” é a ligação
prévia, através de todos os sentidos, e a preparação, pela bênção e oração.

Relaxamento
alimentar

Comer
lentamente e mastigar bem, para que a língua assimile os elementos mais puros,
e respirar profundamente, para melhorar a combustão dos alimentos, são outros
dos cuidados a ter durante e no final das refeições. Nutrir-se em paz e em
silêncio, preenchido com pensamentos conscientes e concentrados, nomeadamente
nas suas qualidades, e sentimentos amor e gratidão, é essencial para se conseguir
captar as energias mais etéricas que irão alimentar integralmente o Ser Humano.

Para
Omraam, todo o alimento é sagrado. Luz solar condensada, a sua energia só é
libertada e assimilada consoante a atitude da pessoa for mais ou menos
consciente e amorosa: «O segredo para que os alimentos se abram consiste em
aquecê-los, e o calor é o amor»[2]. Um
pensamento concentrado dar-lhe-á lucidez e clareza mental e um coração
agradecido facultar-lhe-á boa disposição. A refeição é uma espécie de alquimia que
permite transformar a energia contida em cada alimento em luz e amor. Mas se se
recebe força, vida e saúde, também se possibilita a transformação, subtilização
e evolução da matéria – é uma troca.

Além
da comunhão, a refeição é também, para Omraam Mikhael Aivanhov, um tipo de
yoga, fácil e com resultados eficazes, o Hrani-Yoga, já que saber comer exige
atenção, concentração e (auto)domínio. O autor explica como cada refeição é uma
oportunidade para relaxar, abrir o coração, desenvolver a inteligência, aplicar
a vontade e religar-se aos quatro elementos, como o sol, do qual, defende, nos deveríamos alimentar. Também cada
Ser Humano deveria alimentar-se e alimentar, em simultâneo, o sol de todos os outros humanos, o seu
melhor, a alma, depois de limpa e
retirada a casca, a personalidade.

Recolher-se
enquanto come e fazê-lo num estado de harmonia, determinará a actividade
seguinte. Respeitar os alimentos e magnetizá-los, para que vibrem
amigavelmente, sejam bem absorvidos e deles se retirem as partículas mais
preciosas, que irão alimentar o sistema nervoso e todos os órgãos, é
fundamental. Uma refeição mesurada para não fatigar o corpo físico e estimular quer
o corpo etérico quer o plexo solar, o “cordão umbilical” que liga a Humanidade
à sua Mãe, Natureza, é um dos conselhos dados por Omraam Aivanhov neste livro,
redigido a partir de conferências proferidas pelo autor.

[1]
AIVANHOV, Omraam- O yoga da alimentação. Éditions Prosveta e Publicações
Maitreya. Coleção Izvor, 2013, pág.58. [2] Idem,
pág. 104.

Etiquetas: Alimentação, Dina Cristo, Hrani-Yoga

Num
mês em que se comemorou o Dia Mundial da Alimentação ouvimos os conselhos de Omraam Aivanhov sobre um tipo de yoga pouco
conhecido e que pode ser praticado à mesa, uma ocasião acessível a todos e
favorável ao aperfeiçoamento humano.

Texto
Dina Cristo

«(…)
cada homem é acompanhado por todas as almas dos animais cuja carne comeu»,[1] uma
presença que se manifesta em estados como a crueldade, a sensualidade, a
brutalidade, a destruição ou o medo. Pelo contrário, toda a erva que tem semente, como refere o
Génesis, é indicada para alimentação humana; os frutos e legumes têm a vantagem
de absorver a luz solar directamente e quase sem resíduos. Omraam indica como
excepção à regra de não comer animais, o peixe, dado o seu sistema nervoso,
rudimentar, e a presença do iodo, benéfica.

Este
é um exemplo do tipo de dieta indicada para o Ser Humano. Mas mais importante
do que o que comer, afirma Omraam, é a quantidade do que se ingere. Esta deve
ser a conveniente e razoável. Tudo o que for para além do necessário, da
moderação ou do limite e entrar no desregramento ou excesso sobrecarrega o
organismo, bloqueia a digestão, provoca sensação de peso, sonolência, conduz à
insaciedade e à doença. Pelo contrário, se parar antes de ficar cheio e sair da
mesa com um ligeiro apetite a pessoa sentir-se-á mais leve, viva, bem-disposta
e capaz de trabalhar.

O
mais importante é mesmo o modo como se deve comer. Omraam refere que se pode
diminuir a dose de comida, para metade ou até mesmo para um quarto se se
aprender a comer correctamente. O jejum, por exemplo, é fundamental para limpar
o organismo, dos resíduos que nele se acumulam e o obstruem, e assim
purificá-lo. Para retirar dos alimentos os seus elementos vitais e depois os
assimilar é necessário que eles se abram e, neste caso, o “mordente” é a ligação
prévia, através de todos os sentidos, e a preparação, pela bênção e oração.

Relaxamento
alimentar

Comer
lentamente e mastigar bem, para que a língua assimile os elementos mais puros,
e respirar profundamente, para melhorar a combustão dos alimentos, são outros
dos cuidados a ter durante e no final das refeições. Nutrir-se em paz e em
silêncio, preenchido com pensamentos conscientes e concentrados, nomeadamente
nas suas qualidades, e sentimentos amor e gratidão, é essencial para se conseguir
captar as energias mais etéricas que irão alimentar integralmente o Ser Humano.

Para
Omraam, todo o alimento é sagrado. Luz solar condensada, a sua energia só é
libertada e assimilada consoante a atitude da pessoa for mais ou menos
consciente e amorosa: «O segredo para que os alimentos se abram consiste em
aquecê-los, e o calor é o amor»[2]. Um
pensamento concentrado dar-lhe-á lucidez e clareza mental e um coração
agradecido facultar-lhe-á boa disposição. A refeição é uma espécie de alquimia que
permite transformar a energia contida em cada alimento em luz e amor. Mas se se
recebe força, vida e saúde, também se possibilita a transformação, subtilização
e evolução da matéria – é uma troca.

Além
da comunhão, a refeição é também, para Omraam Mikhael Aivanhov, um tipo de
yoga, fácil e com resultados eficazes, o Hrani-Yoga, já que saber comer exige
atenção, concentração e (auto)domínio. O autor explica como cada refeição é uma
oportunidade para relaxar, abrir o coração, desenvolver a inteligência, aplicar
a vontade e religar-se aos quatro elementos, como o sol, do qual, defende, nos deveríamos alimentar. Também cada
Ser Humano deveria alimentar-se e alimentar, em simultâneo, o sol de todos os outros humanos, o seu
melhor, a alma, depois de limpa e
retirada a casca, a personalidade.

Recolher-se
enquanto come e fazê-lo num estado de harmonia, determinará a actividade
seguinte. Respeitar os alimentos e magnetizá-los, para que vibrem
amigavelmente, sejam bem absorvidos e deles se retirem as partículas mais
preciosas, que irão alimentar o sistema nervoso e todos os órgãos, é
fundamental. Uma refeição mesurada para não fatigar o corpo físico e estimular quer
o corpo etérico quer o plexo solar, o “cordão umbilical” que liga a Humanidade
à sua Mãe, Natureza, é um dos conselhos dados por Omraam Aivanhov neste livro,
redigido a partir de conferências proferidas pelo autor.

[1]
AIVANHOV, Omraam- O yoga da alimentação. Éditions Prosveta e Publicações
Maitreya. Coleção Izvor, 2013, pág.58. [2] Idem,
pág. 104.

Etiquetas: Alimentação, Dina Cristo, Hrani-Yoga

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