Fevereiro

14-11-2019
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O anterior líder do Partido Socialista arranjou novo tacho numa empresa francesa, com sede na Suíça, envolvida nos negócios escuros do “Mensalão”, tendo lesado o Estado brasileiro em 800 milhões de euros. Em Portugal, durante o consulado de Sócrates, ganhou milhões em ajustes directos, ou seja, sem concursos públicos, à margem da lei detectados pelo Tribunal de Contas, um órgão que se tem mostrado impotente para processar as tropelias cometidas pelos titulares dos órgãos de soberania e empresas públicas…

José Sócrates, parece continuar em “boas companhias”. Depois de desmontada a sua vida de luxo em Paris (França), incompatível com os rendimentos que declarou ao Fisco, foi apanhado outra vez numa situação nebulosa.

Regressado ao trabalho em janeiro último, depois de ter frequentado uma universidade da capital francesa, José Sócrates é agora presidente do Conselho Consultivo para a América Latina da Octapharma, uma multinacional francesa, sedeada na Suíça, com filiais em 37 países, incluindo Portugal. A empresa farmacêutica esteve envolvida num caso de corrupção, no Brasil, que ficou conhecido como a “Máfia dos Vampiros”.

NEGÓCIOS COM SANGUE HUMANO

Esta “máfia” esteve envolvida num esquema em que várias empresas de produtos derivados de sangue humano foram consideradas suspeitas de atuar em cartel, cobrando preços muito acima dos valores reais de mercado, o que originou o desvio de 800 milhões de euros dos cofres públicos.

A “Máfia dos Vampiros”, que envolvia altos funcionários do Ministério da Saúde brasileiro, deputados e o tesoureiro dos Partido dos Trabalhadores (PT) – Delúbio Soares, já condenado -, era uma das componentes do escândalo do “Mensalão”, um mediático caso de financiamento do partido de Lula da Silva, o ex-Presidente do Brasil que, no entanto, sempre negou ter conhecimento das tramoias dos seus camaradas.

Descoberto em 2004, o esquema escandalizou a sociedade brasileira, e o Ministério Público proibiu mesmo qualquer negócio entre as empresas envolvidas e os poderes públicos, no âmbito da investigação de um processo complexo que, ainda hoje, decorre nos tribunais, mas ainda sem fim à vista.

AJUSTES DIRECTOS LEONINOS

Curiosamente,por cá, a Octopharma facturou, por ajuste directo, cerca de seis milhões de euros a hospitais públicos portugueses na altura em que Sócrates foi primeiro ministro. Entre 2005 e 2011,o Hospital Ciurry Cabral e os centros hospitalares de Setúbal e Coimbra foram os principais clientes da multinacional suiça, com aquisições de plasma do sangue e derivados. O Portal da Despesa Pública que contem registos de todas as aquisições efectuadas pelas entidades afectas ao Estado, revela que a Octapharma realizou os maiores volumes de negócios com o Estado em 2010 e 2011: 1,01 milhões de euros e 1,9 milhões, respectivamente. Antes desses anos que culminaram a governação socialista, a facturação era bastante mais diminuta: mais de 595 mil euros em 2009, pouco mais de 35 mil euros em 2008 e um total de 2,4 milhões de euros registado como «sem data de contrato «e que dirá respeito ao período entre 2005 e 2007.O Tribunal de Contas investigou o fornecimento de plasma da Octapharma ao centro hospitalar de Setúbal. Em causa está um conjunto de ajustes directos, só no ano de 2009, no valor de mais de um milhão e meio de euros, tendo «furado» os procedimentos legais previstos na lei portuguesa que prevêm que apenas os contratos superiores a 350 mil euros devam ser remetidos para fiscalização prévia do Tribunal de Contas, o que em nenhum dos casos aconteceu.O curioso,é que apesar de recriminar e apurar os excessos cometidos pelos titulares de cargos públicos,deswconhecem-se as posteriores tramitações desencadeadas pelo tribunal de Contas no sentido de penalizar os excessos cometidos pelos titulares de cargos públicos.Ou seja, é uma espécie de máscara judicial criada como pilar da democracia…para enganar o povão, pois as suas denúncias não têm quaisquer efeitos práticos em termos judiciais…ou pelo menos, os processos arrastam-se durante anos e os prevaricadores ficam impunes.

A viver um período sabático no meio do maior dos luxos em Paris, Sócrates parece ter sido agora premiado pelos seus bons ofícios na intermediação nos fabulosos lucros obtidos em Portugal pela multinacional suíça farmacêutiva, um caso que deveria ser alvo de uma investigação por parte da procuradoria Gderal da República, agora em tempo de mudança desde que começou a «limpeza» geral de gente até então afecta ao PS e que muito silenciava e protegia as golpadas que caracterizaram o «consulado» de Sócrates, como foi o caso do processo do sucateiro de Aveiro, «amigo de peito» de Armando Vara ou mesmo de gente quer ficou intocável no escândalo Caso Pia, que «inocentou» figuras e figurões do partido da rosa.

O anterior líder do Partido Socialista arranjou novo tacho numa empresa francesa, com sede na Suíça, envolvida nos negócios escuros do “Mensalão”, tendo lesado o Estado brasileiro em 800 milhões de euros. Em Portugal, durante o consulado de Sócrates, ganhou milhões em ajustes directos, ou seja, sem concursos públicos, à margem da lei detectados pelo Tribunal de Contas, um órgão que se tem mostrado impotente para processar as tropelias cometidas pelos titulares dos órgãos de soberania e empresas públicas…

José Sócrates, parece continuar em “boas companhias”. Depois de desmontada a sua vida de luxo em Paris (França), incompatível com os rendimentos que declarou ao Fisco, foi apanhado outra vez numa situação nebulosa.

Regressado ao trabalho em janeiro último, depois de ter frequentado uma universidade da capital francesa, José Sócrates é agora presidente do Conselho Consultivo para a América Latina da Octapharma, uma multinacional francesa, sedeada na Suíça, com filiais em 37 países, incluindo Portugal. A empresa farmacêutica esteve envolvida num caso de corrupção, no Brasil, que ficou conhecido como a “Máfia dos Vampiros”.

NEGÓCIOS COM SANGUE HUMANO

Esta “máfia” esteve envolvida num esquema em que várias empresas de produtos derivados de sangue humano foram consideradas suspeitas de atuar em cartel, cobrando preços muito acima dos valores reais de mercado, o que originou o desvio de 800 milhões de euros dos cofres públicos.

A “Máfia dos Vampiros”, que envolvia altos funcionários do Ministério da Saúde brasileiro, deputados e o tesoureiro dos Partido dos Trabalhadores (PT) – Delúbio Soares, já condenado -, era uma das componentes do escândalo do “Mensalão”, um mediático caso de financiamento do partido de Lula da Silva, o ex-Presidente do Brasil que, no entanto, sempre negou ter conhecimento das tramoias dos seus camaradas.

Descoberto em 2004, o esquema escandalizou a sociedade brasileira, e o Ministério Público proibiu mesmo qualquer negócio entre as empresas envolvidas e os poderes públicos, no âmbito da investigação de um processo complexo que, ainda hoje, decorre nos tribunais, mas ainda sem fim à vista.

AJUSTES DIRECTOS LEONINOS

Curiosamente,por cá, a Octopharma facturou, por ajuste directo, cerca de seis milhões de euros a hospitais públicos portugueses na altura em que Sócrates foi primeiro ministro. Entre 2005 e 2011,o Hospital Ciurry Cabral e os centros hospitalares de Setúbal e Coimbra foram os principais clientes da multinacional suiça, com aquisições de plasma do sangue e derivados. O Portal da Despesa Pública que contem registos de todas as aquisições efectuadas pelas entidades afectas ao Estado, revela que a Octapharma realizou os maiores volumes de negócios com o Estado em 2010 e 2011: 1,01 milhões de euros e 1,9 milhões, respectivamente. Antes desses anos que culminaram a governação socialista, a facturação era bastante mais diminuta: mais de 595 mil euros em 2009, pouco mais de 35 mil euros em 2008 e um total de 2,4 milhões de euros registado como «sem data de contrato «e que dirá respeito ao período entre 2005 e 2007.O Tribunal de Contas investigou o fornecimento de plasma da Octapharma ao centro hospitalar de Setúbal. Em causa está um conjunto de ajustes directos, só no ano de 2009, no valor de mais de um milhão e meio de euros, tendo «furado» os procedimentos legais previstos na lei portuguesa que prevêm que apenas os contratos superiores a 350 mil euros devam ser remetidos para fiscalização prévia do Tribunal de Contas, o que em nenhum dos casos aconteceu.O curioso,é que apesar de recriminar e apurar os excessos cometidos pelos titulares de cargos públicos,deswconhecem-se as posteriores tramitações desencadeadas pelo tribunal de Contas no sentido de penalizar os excessos cometidos pelos titulares de cargos públicos.Ou seja, é uma espécie de máscara judicial criada como pilar da democracia…para enganar o povão, pois as suas denúncias não têm quaisquer efeitos práticos em termos judiciais…ou pelo menos, os processos arrastam-se durante anos e os prevaricadores ficam impunes.

A viver um período sabático no meio do maior dos luxos em Paris, Sócrates parece ter sido agora premiado pelos seus bons ofícios na intermediação nos fabulosos lucros obtidos em Portugal pela multinacional suíça farmacêutiva, um caso que deveria ser alvo de uma investigação por parte da procuradoria Gderal da República, agora em tempo de mudança desde que começou a «limpeza» geral de gente até então afecta ao PS e que muito silenciava e protegia as golpadas que caracterizaram o «consulado» de Sócrates, como foi o caso do processo do sucateiro de Aveiro, «amigo de peito» de Armando Vara ou mesmo de gente quer ficou intocável no escândalo Caso Pia, que «inocentou» figuras e figurões do partido da rosa.

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