PS e PSD consideram que antiga estação da Boavista no Porto foi negligenciada

15-12-2020
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PS e PSD acusaram esta sexta-feira a Infraestruturas de Portugal e a Câmara do Porto de negligenciar o edifício da antiga estação ferroviária da Boavista, onde o Corte Inglés quer construir e onde um incêndio consumiu parte do interior.

“Está bem à vista de todos a forma negligente como o proprietário — seja a empresa pública IP [Infraestruturas de Portugal] seja o privado que eventualmente adquiriu o imóvel — tratava aquele património. Nesse tratamento negligente é também cúmplice a Câmara Municipal do Porto que nunca realizou qualquer intervenção consistente em relação ao assunto”, assinalam os socialistas, numa reação enviada à Lusa.

Ouvido pela Lusa, o presidente da distrital do Porto do PSD, Alberto Machado, considerou que houve negligência por parte da IP e da Câmara do Porto em relação àquele património, alertando para o estado de abandono da estação.

“Não tenho qualquer dúvida relativamente a essa negligência e ao estado de abandono em que se encontravam as instalações. Acho que está claro, aos olhos de todos portuenses, que efetivamente este espaço, ao longo destes últimos anos, foi-se degradando de forma muito significativa”, disse, salientando, no entanto, que o PSD não tem nada a obstar contra a construção do Corte Inglés naquela zona.

Já André Noronha, líder da bancada municipal do movimento independente do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, rejeita fazer especulações, mas sublinhou que casos deste foro deverão naturalmente ser investigados, à semelhança de todos os outros da mesma espécie, como é próprio de um Estado de Direito.

A existir factualidade que comprove o incêndio está relacionado com a polémica envolta do projeto do El Corte Inglés, para André Noronha estaríamos perante um facto com eventual natureza criminal. O incêndio que deflagrou esta madrugada, por volta da 03h30, no edifício devoluto da antiga estação ferroviária da Boavista, para o qual há um pedido de classificação municipal, consumiu, segundo os Sapadores do Porto, parte do interior e da cobertura do edifício, tendo obrigado à intervenção de uma autoescada.

Esta manhã, a PSP avançava, à Lusa, que, à partida, não há suspeitas de crime.

Em resposta à Lusa, o PS disse não ter acesso a nenhuma informação que permita suspeitar de ação criminosa em relação a este incêndio, mas considera que aquele património foi negligenciado. Para o partido, como acontece em todos os casos similares, é expectável que se investiguem “com rigor” as circunstâncias do acidente e que, “havendo suspeita ou confirmação da sua origem criminosa, sejam encontrados os seus responsáveis”.

O social-democrata Alberto Machado escusou-se a especular sobre as causas do incêndio, salientando que é às autoridades que compete avaliar se houve ou não mão criminosa. A Lusa tentou ainda obter uma reação do Bloco de Esquerda e do PAN, mas até ao momento sem sucesso. Em comunicado enviado esta tarde às redações, a CDU lamentou o incêndio que atingiu a antiga estação ferroviária da Boavista, defendendo que sendo acidental ou intencional, evidencia negligência do Governo com o património público.

Na sequência do incêndio, o Movimento por um jardim na Boavista instou as autoridades a investigar as causas e os responsáveis pelo incêndio “criminoso”.

A Infraestruturas de Portugal anunciou que vai levantar um auto de notícia e admitiu que poderá “verificar-se a apresentação de uma queixa crime contra desconhecidos”. Para os terrenos da antiga estação ferroviária da Boavista, está prevista para além de um grande armazém comercial, a instalação de um hotel e de um edifício de habitação comércio e serviços, cujo Pedido de Informação Prévia (PIP) foi aprovado pelo município em outubro.

Até ao momento, a cadeia espanhola terá pago à IP, proprietária do terreno, 18,7 milhões de euros.

PS e PSD acusaram esta sexta-feira a Infraestruturas de Portugal e a Câmara do Porto de negligenciar o edifício da antiga estação ferroviária da Boavista, onde o Corte Inglés quer construir e onde um incêndio consumiu parte do interior.

“Está bem à vista de todos a forma negligente como o proprietário — seja a empresa pública IP [Infraestruturas de Portugal] seja o privado que eventualmente adquiriu o imóvel — tratava aquele património. Nesse tratamento negligente é também cúmplice a Câmara Municipal do Porto que nunca realizou qualquer intervenção consistente em relação ao assunto”, assinalam os socialistas, numa reação enviada à Lusa.

Ouvido pela Lusa, o presidente da distrital do Porto do PSD, Alberto Machado, considerou que houve negligência por parte da IP e da Câmara do Porto em relação àquele património, alertando para o estado de abandono da estação.

“Não tenho qualquer dúvida relativamente a essa negligência e ao estado de abandono em que se encontravam as instalações. Acho que está claro, aos olhos de todos portuenses, que efetivamente este espaço, ao longo destes últimos anos, foi-se degradando de forma muito significativa”, disse, salientando, no entanto, que o PSD não tem nada a obstar contra a construção do Corte Inglés naquela zona.

Já André Noronha, líder da bancada municipal do movimento independente do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, rejeita fazer especulações, mas sublinhou que casos deste foro deverão naturalmente ser investigados, à semelhança de todos os outros da mesma espécie, como é próprio de um Estado de Direito.

A existir factualidade que comprove o incêndio está relacionado com a polémica envolta do projeto do El Corte Inglés, para André Noronha estaríamos perante um facto com eventual natureza criminal. O incêndio que deflagrou esta madrugada, por volta da 03h30, no edifício devoluto da antiga estação ferroviária da Boavista, para o qual há um pedido de classificação municipal, consumiu, segundo os Sapadores do Porto, parte do interior e da cobertura do edifício, tendo obrigado à intervenção de uma autoescada.

Esta manhã, a PSP avançava, à Lusa, que, à partida, não há suspeitas de crime.

Em resposta à Lusa, o PS disse não ter acesso a nenhuma informação que permita suspeitar de ação criminosa em relação a este incêndio, mas considera que aquele património foi negligenciado. Para o partido, como acontece em todos os casos similares, é expectável que se investiguem “com rigor” as circunstâncias do acidente e que, “havendo suspeita ou confirmação da sua origem criminosa, sejam encontrados os seus responsáveis”.

O social-democrata Alberto Machado escusou-se a especular sobre as causas do incêndio, salientando que é às autoridades que compete avaliar se houve ou não mão criminosa. A Lusa tentou ainda obter uma reação do Bloco de Esquerda e do PAN, mas até ao momento sem sucesso. Em comunicado enviado esta tarde às redações, a CDU lamentou o incêndio que atingiu a antiga estação ferroviária da Boavista, defendendo que sendo acidental ou intencional, evidencia negligência do Governo com o património público.

Na sequência do incêndio, o Movimento por um jardim na Boavista instou as autoridades a investigar as causas e os responsáveis pelo incêndio “criminoso”.

A Infraestruturas de Portugal anunciou que vai levantar um auto de notícia e admitiu que poderá “verificar-se a apresentação de uma queixa crime contra desconhecidos”. Para os terrenos da antiga estação ferroviária da Boavista, está prevista para além de um grande armazém comercial, a instalação de um hotel e de um edifício de habitação comércio e serviços, cujo Pedido de Informação Prévia (PIP) foi aprovado pelo município em outubro.

Até ao momento, a cadeia espanhola terá pago à IP, proprietária do terreno, 18,7 milhões de euros.

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