​Museu Berardo Estremoz abre para mostrar “800 anos de história do azulejo”

21-07-2020
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A “maior e mais importante coleção privada de azulejos” em Portugal vai estar representada no Alentejo e pode ser apreciada pelo público, já a partir do dia 26 de julho.

O Museu Berardo Estremoz, uma iniciativa conjunta da Coleção Berardo e da Câmara de Estremoz, abre as portas no histórico Palácio Tocha, um imóvel classificado, para apresentar “um notável conjunto de Azulejaria Espanhola e um vastíssimo acervo de Azulejaria Portuguesa, compreendendo todas as épocas e estilos”, revela o município alentejano, numa nota enviada à Renascença.

“Composta por conjuntos azulejares ‘in situ’, património integrado na Quinta e Palácio da Bacalhôa (Azeitão) e no Palácio Tocha, e por mais de 4.500 exemplares móveis, datados do século XIII ao século XXI, a Coleção Berardo permite percorrer a secular História do Azulejo”, agora transportada para o Alentejo, através da exposição, “800 Anos de História do Azulejo”, comissariada pelos especialistas Alfonso Pleguezuelo e José Meco.

Segundo o historiador de artes decorativas, José Meco, “para além do magnífico conjunto de azulejaria levantina e sevilhana, a Coleção Berardo possui um vastíssimo acervo de azulejaria portuguesa”.

Compreende “todas as épocas e tendências”, sendo que uma larga seleção é exposta em Estremoz, estando outras partes desta coleção, em exposição no “Monte Palace Madeira (Funchal), na Aliança Underground Museum (Sangalhos), no Bacalhôa Buddha Eden (Bombarral), na Bacalhôa Adega Museu (Azeitão), juntamente com o precioso conjunto pertencente à Quinta e Palácio da Bacalhôa”, refere este representante da Academia Nacional de Belas Artes.

O que vai poder encontrar em Estremoz

O percurso, no novo espaço museológico, começa com “um notável conjunto de azulejaria, acompanhando a evolução das técnicas de alicatado e relevado, assim como de corda seca, aresta e majólica produzidas em Espanha”, revela Alfonso Pleguezuelo, professor de História da Arte na Universidade de Sevilha.

De acordo com este responsável, “as culturas, além de se distinguirem pelas suas próprias peculiaridades, têm também características comuns” e, no caso da Península Ibérica, o azulejo é um desses elementos análogos.

“Portugal é, sem dúvida, a comunidade ibérica que melhor soube explorar as múltiplas possibilidades da cerâmica como no campo de expressão arquitetónica, escultórica e, acima de tudo, pictórica”, indica o académico de Belas Artes em Espanha.

Assim, nas primeiras salas do Museu Berardo Estremoz, é possível ver o azulejo, enquanto testemunho material dos apertados laços que existiam entre Espanha e Portugal, no início da Idade Moderna, valorizando “o diálogo entre as culturas ibéricas”, acrescenta, Alfonso Pleguezuelo.

“Há um conjunto considerável de outros exemplares de azulejaria estrangeiros, não peninsulares, incluindo um grupo de azulejos holandeses do período Barroco, diversos exemplares industrializados, Arte Nova e Modernistas, e ainda algumas criações islâmicas, do Paquistão, Irão e Marrocos, que o Museu Berardo Estremoz, vai apresentar”, refere, ainda, o comissário da exposição.

Homenagem ao mármore alentejano

O mármore e o mosaico hidráulico, duas artes ancestrais da região, reanimadas por artistas contemporâneos que souberam “aproveitar as especificidades do material-rei respeitando a sua intemporalidade”, são homenageadas no novo espaço museológico.

A Câmara de Estremoz revela, na mesma nota, que está em exposição “uma variedade imensa de padronagem de mosaico hidráulico, distribuído pelos espaços exteriores, demonstrando a riqueza desta expressão artística em composições contemporâneas monumentais”.

Paulo Neves e George Scheele foram os escultores convidados para prestar essa homenagem ao mármore de Estremoz, através da apresentação de várias esculturas que demonstram “o vínculo milenar desta arte a esta região”, adianta a autarquia.

No dia 25 de julho vai ser apresentado o catálogo com a reprodução da totalidade das obras exibidas na mostra. Por causa da pandemia, foi decidido fazer apenas uma abertura simbólica, nesse dia, com a presença de algumas entidades oficiais e convidados. Quanto ao público em geral, vai poder pode visitar o novo espaço, a partir do dia 26, com entrada gratuita até ao final do mês de agosto.

Cofinanciado através dos fundos estruturais no âmbito do Portugal 2020, o projeto do Museu Berardo Estremoz, constitui-se “como o principal projeto da cultura neste quadro, na região do Alentejo”, sublinha o município do distrito de Évora.

A “maior e mais importante coleção privada de azulejos” em Portugal vai estar representada no Alentejo e pode ser apreciada pelo público, já a partir do dia 26 de julho.

O Museu Berardo Estremoz, uma iniciativa conjunta da Coleção Berardo e da Câmara de Estremoz, abre as portas no histórico Palácio Tocha, um imóvel classificado, para apresentar “um notável conjunto de Azulejaria Espanhola e um vastíssimo acervo de Azulejaria Portuguesa, compreendendo todas as épocas e estilos”, revela o município alentejano, numa nota enviada à Renascença.

“Composta por conjuntos azulejares ‘in situ’, património integrado na Quinta e Palácio da Bacalhôa (Azeitão) e no Palácio Tocha, e por mais de 4.500 exemplares móveis, datados do século XIII ao século XXI, a Coleção Berardo permite percorrer a secular História do Azulejo”, agora transportada para o Alentejo, através da exposição, “800 Anos de História do Azulejo”, comissariada pelos especialistas Alfonso Pleguezuelo e José Meco.

Segundo o historiador de artes decorativas, José Meco, “para além do magnífico conjunto de azulejaria levantina e sevilhana, a Coleção Berardo possui um vastíssimo acervo de azulejaria portuguesa”.

Compreende “todas as épocas e tendências”, sendo que uma larga seleção é exposta em Estremoz, estando outras partes desta coleção, em exposição no “Monte Palace Madeira (Funchal), na Aliança Underground Museum (Sangalhos), no Bacalhôa Buddha Eden (Bombarral), na Bacalhôa Adega Museu (Azeitão), juntamente com o precioso conjunto pertencente à Quinta e Palácio da Bacalhôa”, refere este representante da Academia Nacional de Belas Artes.

O que vai poder encontrar em Estremoz

O percurso, no novo espaço museológico, começa com “um notável conjunto de azulejaria, acompanhando a evolução das técnicas de alicatado e relevado, assim como de corda seca, aresta e majólica produzidas em Espanha”, revela Alfonso Pleguezuelo, professor de História da Arte na Universidade de Sevilha.

De acordo com este responsável, “as culturas, além de se distinguirem pelas suas próprias peculiaridades, têm também características comuns” e, no caso da Península Ibérica, o azulejo é um desses elementos análogos.

“Portugal é, sem dúvida, a comunidade ibérica que melhor soube explorar as múltiplas possibilidades da cerâmica como no campo de expressão arquitetónica, escultórica e, acima de tudo, pictórica”, indica o académico de Belas Artes em Espanha.

Assim, nas primeiras salas do Museu Berardo Estremoz, é possível ver o azulejo, enquanto testemunho material dos apertados laços que existiam entre Espanha e Portugal, no início da Idade Moderna, valorizando “o diálogo entre as culturas ibéricas”, acrescenta, Alfonso Pleguezuelo.

“Há um conjunto considerável de outros exemplares de azulejaria estrangeiros, não peninsulares, incluindo um grupo de azulejos holandeses do período Barroco, diversos exemplares industrializados, Arte Nova e Modernistas, e ainda algumas criações islâmicas, do Paquistão, Irão e Marrocos, que o Museu Berardo Estremoz, vai apresentar”, refere, ainda, o comissário da exposição.

Homenagem ao mármore alentejano

O mármore e o mosaico hidráulico, duas artes ancestrais da região, reanimadas por artistas contemporâneos que souberam “aproveitar as especificidades do material-rei respeitando a sua intemporalidade”, são homenageadas no novo espaço museológico.

A Câmara de Estremoz revela, na mesma nota, que está em exposição “uma variedade imensa de padronagem de mosaico hidráulico, distribuído pelos espaços exteriores, demonstrando a riqueza desta expressão artística em composições contemporâneas monumentais”.

Paulo Neves e George Scheele foram os escultores convidados para prestar essa homenagem ao mármore de Estremoz, através da apresentação de várias esculturas que demonstram “o vínculo milenar desta arte a esta região”, adianta a autarquia.

No dia 25 de julho vai ser apresentado o catálogo com a reprodução da totalidade das obras exibidas na mostra. Por causa da pandemia, foi decidido fazer apenas uma abertura simbólica, nesse dia, com a presença de algumas entidades oficiais e convidados. Quanto ao público em geral, vai poder pode visitar o novo espaço, a partir do dia 26, com entrada gratuita até ao final do mês de agosto.

Cofinanciado através dos fundos estruturais no âmbito do Portugal 2020, o projeto do Museu Berardo Estremoz, constitui-se “como o principal projeto da cultura neste quadro, na região do Alentejo”, sublinha o município do distrito de Évora.

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