XIX Conferência Executive Digest: O digital é uma aprendizagem constante

01-12-2020
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XIX Conferência Executive Digest: O digital é uma aprendizagem constante

Por Executive Digest
16:02, 26 Nov 2020

Subordinada ao tema “Os Imperativos da Transformação Digital – Estratégias, Oportunidades, Riscos & Mitos”, a XIX Conferência Executive Digest decorreu esta quinta-feira, de manhã, e reuniu um vasto grupo de especialistas para debater e partilhar desafios e oportunidades que esta temática encerra.
Vanda Gonçalves, managing director da Accenture, responsável pela área de tecnologia na indústria financeira, e da iniciativa Journey to Cloud, foi a keynote speaker deste evento e trouxe todo o potencial de um dos principais pilares desta transformação – a ‘cloud’ (nuvem), para o centro das reflexões, considerando, desde logo, que se tratar de “um elemento fundamental nesta estratégia”.
A responsável recordou que as previsões, de há três anos atrás, já apontavam para que em 2021 as empresas tivessem já tudo ligado à ‘cloud’ e em 2020 tivessem direcionado 50% dos seus gastos com IT para soluções na ‘cloud’, e conseguissem reduzir em 20% os custos com aplicações fora da ‘cloud’. Mas, na verdade e com a chegada da inesperada pandemia, “já foram feitas coisas em meses que estavam previstas ser feitas em anos e aquilo que era uma ambição passou a ser um imperativo, algo crítico para que se avance porque é fundamental para que as empresas possam viver num contexto de grande incerteza que agora vivemos”, reforçou a especialista.
A adoção massiva da tecnologia, na realidade digital em que vivemos hoje em dia, levou Pedro Borges, director executivo da área de Vendas de Soluções e Tecnologia da Microsoft, a trazer a este evento a questão basilar da confiança (‘trust’). Segundo um estudo recente da IDC, entre as duas mil maiores empresas do mundo, 50% estima ter até 2023 instituído o cargo de ‘Chief of Trust’. “Este novo executivo terá a missão de olhar e harmonizar aqueles que são os pontos de vista dentro da organização a tudo aquilo que diz respeito à segurança da informação ou à privacidade dos dados”, explica o especialista.
A primeira mesa redonda do evento, focada no capítulo dos “Riscos e Mitos desta era digital e a Cibersegurança”, contou com as presenças de Fernando Gonçalves, director de Sistemas de Informação e Telecomunicações do Grupo Nabeiro – Delta cafés; Nuno Cerdeira Baptista, associate director Security Lead Portugal da Accenture; Paulo Moniz, director de Segurança e Risco de TI da Direção de Sistemas da Informação da EDP; e Teresa Rosas, head of IT da Fidelidade.
Os estudos mais recentes feitos sobre os ataques cibernéticos mostram que a pandemia tem sido palco de um aumento substancial mas, as empresas, há muito que têm sido alvo desta onda criminosa. Paulo Moniz, director de Segurança e Risco de TI da Direcção de Sistemas da Informação da EDP, admite isso mesmo: “os ataques não são uma novidade e o seu aumento não é assim tão expressivo, nesta caso, porém aponta para o facto de se verificar uma alteração no perfil de risco”.  Colocando o foco no porquê da transformação digital, Teresa Rosas, head of IT da Fidelidade, sugere que se questione, colocando de parte os riscos mais básicos, como a falta da tecnologia ou dos recursos humanos certos, e se aponte, por exemplo, para o Propósito.
Em matéria de sofisticação dos ataques cibernéticos, Fernando Gonçalves, director de Sistemas de Informação e Telecomunicações do Grupo Nabeiro – Delta cafés, destaca desde logo, a grande mudança nos dias que correm: passaram a ser monetizados. Ou seja, passou a ser um ciber negócio, com o advento das moedas digitais. Mas também a exposição, cada vez mais alargada, “no intuito de conseguir o melhor dos dois mundos – ter tudo e em todo lado”, veio alterar muito o universo da segurança, ressalva ainda.
Na certeza de que a cibersegurança é um assunto que está mais do que na ordem do dia, Nuno Cerdeira Baptista, associate director Security Lead Portugal da Accenture, acredita que o tecido empresarial português está, cada vez mais, sensibilizado para as exigências destas matérias. Em seu entender, os ataques também são já demasiado presentes e a pandemia veio ainda realçar estes assuntos.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Com o tema “Os Desafios e Oportunidades desta era digital”, João Dias, Chief Digital Officer do Novo Banco, explicou que “estamos num mundo em constante disrupção a vários níveis”. “Os desenvolvimentos em tecnologia têm um lado de oportunidade muito relevante. Mas também se levantam grandes desafios e um contexto regulatório intenso”, sublinha. João Dias falou também sobre o Digital como facilitador da estratégia do Novo Banco, a NB Smarter, nova app, mais intuitiva, personalizada e aberta, crédito online para empresas e a forma segura, simples e cómoda de abertura de conta.
Na segunda mesa redonda, dedicada ao tema “Oportunidades e Novas Estratégias e Desafios que esta era digital está a proporcionar às empresas” contou com as presenças de João Jerónimo, Director de E-Commerce da Well´s, Pedro Empis, Executive Business Director Outsourcing da Randstad, Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde, e Vanda Jesus, Directora Executiva Portugal Digital. A moderação ficou a cargo de Ricardo Florêncio, CEO Multipublicações Media Group.
Sobre o processo de transformação digital, João Jerónimo, Director de E-Commerce da Well´s, afirmou que é “um processo que já estão a fazer há muito tempo”. Por outro lado, Pedro Empis, Executive Business Director Outsourcing da Randstad, explicou que “o modelo de negócio em si não mudou. O que mudou foi a forma de prestar os serviços”, acrescentou. Vanda Jesus, Directora Executiva Portugal Digital, sublinhou que “o maior desafio do País é na área da capacitação e que o digital traz uma aprendizagem constante”. Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde, afirmou que a pandemia “veio obrigar a pôr o pé no acelerador num período desafiante para todos”.
ENTREGA TOTAL
Já o administrador dos CTT, João Sousa, sublinhou no encerramento da XIX Conferência Executive Digest todo o trabalho de transformação digital e os diversos serviços oferecidos pela empresa que assinala em 2020 os seus 500 anos. “Fomos a primeira start-up portuguesa, primeira a ligar pessoas e empresas e a comunicar. No nosso ADN estão a motivação e a mudança”, afirmou, destacando o facto de ser esta “a maior empresa na rede do retalho”, incluindo postos de venda, pay shops e unidades de negócio que ajudam a transformar as empresas.
Sob o lema da “entrega total” numa firma que conta com “mais de 12 mil colaboradores com paixão pela marca”, João Sousa referiu-se não apenas à entrega de encomendas e cartas, mas também ao facto de os CTT serem “um dos principais ‘players’ na colocação de dívida portuguesa”. Recordou unidades de negócio como o correio, através do qual foram entregues em casa “mais de 100 mil cartões do cidadão”, mas também o Expresso, com oferta mais alargada, e ainda uma “grannde unidade de serviços financeiros” e, no último ano, “o desenvolvimento de uma área de oferta de soluções para empresas”.
O administrador referiu, por outro lado, a transformação que a empresa está a sofrer, tendo “abertura a parcerias com pequenas e grandes empresas nacionais ou internacionais numa lógica colaborativa” que faz parte da realidade contemporânea.
Além disso, recorrendo a dados do estudo de E-commerce sobre os CTT, pôde apontar diversas informações: “o perfil do e-buyer português está a aumentar em todas as dimensões num contexto em que o mundo se adapta à pandemia”; “produtos farmacêuticos e alimentares dispararam este ano”; “não existe um período específico para fazer comprar online” e “o PC portátil e o smartphone são os instrumentos favoritos”. Outros dados indicam que “45% das empresas duplicaram vendas” através do mundo digital; “quase 30% acham que vão aumentar vendas digitais” e 46% afirmam ter mais 25% de vendas por mês no online.
 
 

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XIX Conferência Executive Digest: O digital é uma aprendizagem constante

Por Executive Digest
16:02, 26 Nov 2020

Subordinada ao tema “Os Imperativos da Transformação Digital – Estratégias, Oportunidades, Riscos & Mitos”, a XIX Conferência Executive Digest decorreu esta quinta-feira, de manhã, e reuniu um vasto grupo de especialistas para debater e partilhar desafios e oportunidades que esta temática encerra.
Vanda Gonçalves, managing director da Accenture, responsável pela área de tecnologia na indústria financeira, e da iniciativa Journey to Cloud, foi a keynote speaker deste evento e trouxe todo o potencial de um dos principais pilares desta transformação – a ‘cloud’ (nuvem), para o centro das reflexões, considerando, desde logo, que se tratar de “um elemento fundamental nesta estratégia”.
A responsável recordou que as previsões, de há três anos atrás, já apontavam para que em 2021 as empresas tivessem já tudo ligado à ‘cloud’ e em 2020 tivessem direcionado 50% dos seus gastos com IT para soluções na ‘cloud’, e conseguissem reduzir em 20% os custos com aplicações fora da ‘cloud’. Mas, na verdade e com a chegada da inesperada pandemia, “já foram feitas coisas em meses que estavam previstas ser feitas em anos e aquilo que era uma ambição passou a ser um imperativo, algo crítico para que se avance porque é fundamental para que as empresas possam viver num contexto de grande incerteza que agora vivemos”, reforçou a especialista.
A adoção massiva da tecnologia, na realidade digital em que vivemos hoje em dia, levou Pedro Borges, director executivo da área de Vendas de Soluções e Tecnologia da Microsoft, a trazer a este evento a questão basilar da confiança (‘trust’). Segundo um estudo recente da IDC, entre as duas mil maiores empresas do mundo, 50% estima ter até 2023 instituído o cargo de ‘Chief of Trust’. “Este novo executivo terá a missão de olhar e harmonizar aqueles que são os pontos de vista dentro da organização a tudo aquilo que diz respeito à segurança da informação ou à privacidade dos dados”, explica o especialista.
A primeira mesa redonda do evento, focada no capítulo dos “Riscos e Mitos desta era digital e a Cibersegurança”, contou com as presenças de Fernando Gonçalves, director de Sistemas de Informação e Telecomunicações do Grupo Nabeiro – Delta cafés; Nuno Cerdeira Baptista, associate director Security Lead Portugal da Accenture; Paulo Moniz, director de Segurança e Risco de TI da Direção de Sistemas da Informação da EDP; e Teresa Rosas, head of IT da Fidelidade.
Os estudos mais recentes feitos sobre os ataques cibernéticos mostram que a pandemia tem sido palco de um aumento substancial mas, as empresas, há muito que têm sido alvo desta onda criminosa. Paulo Moniz, director de Segurança e Risco de TI da Direcção de Sistemas da Informação da EDP, admite isso mesmo: “os ataques não são uma novidade e o seu aumento não é assim tão expressivo, nesta caso, porém aponta para o facto de se verificar uma alteração no perfil de risco”.  Colocando o foco no porquê da transformação digital, Teresa Rosas, head of IT da Fidelidade, sugere que se questione, colocando de parte os riscos mais básicos, como a falta da tecnologia ou dos recursos humanos certos, e se aponte, por exemplo, para o Propósito.
Em matéria de sofisticação dos ataques cibernéticos, Fernando Gonçalves, director de Sistemas de Informação e Telecomunicações do Grupo Nabeiro – Delta cafés, destaca desde logo, a grande mudança nos dias que correm: passaram a ser monetizados. Ou seja, passou a ser um ciber negócio, com o advento das moedas digitais. Mas também a exposição, cada vez mais alargada, “no intuito de conseguir o melhor dos dois mundos – ter tudo e em todo lado”, veio alterar muito o universo da segurança, ressalva ainda.
Na certeza de que a cibersegurança é um assunto que está mais do que na ordem do dia, Nuno Cerdeira Baptista, associate director Security Lead Portugal da Accenture, acredita que o tecido empresarial português está, cada vez mais, sensibilizado para as exigências destas matérias. Em seu entender, os ataques também são já demasiado presentes e a pandemia veio ainda realçar estes assuntos.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Com o tema “Os Desafios e Oportunidades desta era digital”, João Dias, Chief Digital Officer do Novo Banco, explicou que “estamos num mundo em constante disrupção a vários níveis”. “Os desenvolvimentos em tecnologia têm um lado de oportunidade muito relevante. Mas também se levantam grandes desafios e um contexto regulatório intenso”, sublinha. João Dias falou também sobre o Digital como facilitador da estratégia do Novo Banco, a NB Smarter, nova app, mais intuitiva, personalizada e aberta, crédito online para empresas e a forma segura, simples e cómoda de abertura de conta.
Na segunda mesa redonda, dedicada ao tema “Oportunidades e Novas Estratégias e Desafios que esta era digital está a proporcionar às empresas” contou com as presenças de João Jerónimo, Director de E-Commerce da Well´s, Pedro Empis, Executive Business Director Outsourcing da Randstad, Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde, e Vanda Jesus, Directora Executiva Portugal Digital. A moderação ficou a cargo de Ricardo Florêncio, CEO Multipublicações Media Group.
Sobre o processo de transformação digital, João Jerónimo, Director de E-Commerce da Well´s, afirmou que é “um processo que já estão a fazer há muito tempo”. Por outro lado, Pedro Empis, Executive Business Director Outsourcing da Randstad, explicou que “o modelo de negócio em si não mudou. O que mudou foi a forma de prestar os serviços”, acrescentou. Vanda Jesus, Directora Executiva Portugal Digital, sublinhou que “o maior desafio do País é na área da capacitação e que o digital traz uma aprendizagem constante”. Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde, afirmou que a pandemia “veio obrigar a pôr o pé no acelerador num período desafiante para todos”.
ENTREGA TOTAL
Já o administrador dos CTT, João Sousa, sublinhou no encerramento da XIX Conferência Executive Digest todo o trabalho de transformação digital e os diversos serviços oferecidos pela empresa que assinala em 2020 os seus 500 anos. “Fomos a primeira start-up portuguesa, primeira a ligar pessoas e empresas e a comunicar. No nosso ADN estão a motivação e a mudança”, afirmou, destacando o facto de ser esta “a maior empresa na rede do retalho”, incluindo postos de venda, pay shops e unidades de negócio que ajudam a transformar as empresas.
Sob o lema da “entrega total” numa firma que conta com “mais de 12 mil colaboradores com paixão pela marca”, João Sousa referiu-se não apenas à entrega de encomendas e cartas, mas também ao facto de os CTT serem “um dos principais ‘players’ na colocação de dívida portuguesa”. Recordou unidades de negócio como o correio, através do qual foram entregues em casa “mais de 100 mil cartões do cidadão”, mas também o Expresso, com oferta mais alargada, e ainda uma “grannde unidade de serviços financeiros” e, no último ano, “o desenvolvimento de uma área de oferta de soluções para empresas”.
O administrador referiu, por outro lado, a transformação que a empresa está a sofrer, tendo “abertura a parcerias com pequenas e grandes empresas nacionais ou internacionais numa lógica colaborativa” que faz parte da realidade contemporânea.
Além disso, recorrendo a dados do estudo de E-commerce sobre os CTT, pôde apontar diversas informações: “o perfil do e-buyer português está a aumentar em todas as dimensões num contexto em que o mundo se adapta à pandemia”; “produtos farmacêuticos e alimentares dispararam este ano”; “não existe um período específico para fazer comprar online” e “o PC portátil e o smartphone são os instrumentos favoritos”. Outros dados indicam que “45% das empresas duplicaram vendas” através do mundo digital; “quase 30% acham que vão aumentar vendas digitais” e 46% afirmam ter mais 25% de vendas por mês no online.
 
 

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