Key for businesses

11-10-2020
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Ando estupefacto com tudo isto que diz respeito ao novo teste de “diagnóstico” da Cambridge (Key for Schools). O Estado está a patrocinar a introdução de um exame privado no ensino público através, por exemplo, do pagamento de despesas associadas, assessoria e gastando parte do horário laboral dos professores nisto.

O Estado está a obrigar os professores a usaram o seu horário laboral para realizar as provas orais noutra escola em metade do dia e a leccionar na sua escola na outra metade do dia. Os professores envolvidos têm que frequentar uma formação, onde o Estado paga a despesa de deslocação (36 cêntimos o Km).

E quanto custa ter-se criado o IAVE para propósitos como estes? Não deixa de ser espantoso que, num contexto de contenção e de fecho de serviços realmente úteis aos cidadãos, como é o caso de tribunais e unidades de saúde, o governo tenha criado mais um instituto público, para que esta negociata fosse possível. Negociata esta que envolve o Estado e as seguintes entidades privadas: BPI, Connexall, NOVABASE e Porto Editora.

Esta promiscuidade de negócios no ensino é outro passo para a introdução de mais privados na escola pública. Apesar da propaganda dizer que este “exame” não tem custos para o Estado, na verdade tem, como se demonstrou acima. Mas além destes custos, a maior questão é porque é que passa a existir este exame? Como país, queremos mesmo passar um atestado de incompetência ao nosso sistema de ensino? Queremos propagar esta ideia provinciana de o que vem de fora é que é bom? Queremos mesmo abdicar, ainda mais, da soberania e passar a habilitação de certificar os portugueses para uma entidade estrangeira?

Eis o retrato dos nossos governantes: inchados com a bandeira portuguesa na lapela, mas tão subservientes aos ingleses e alemães – novamente. Onde andam os sindicatos e a oposição deste país? Seguiram o conselho do primeiro-mentiroso e emigraram?

PS: numa busca pelos sites dos diferentes partidos da oposição, apenas encontrei um link sobre este assunto, no site do PCP. Agradeço outros links nos comentários.

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Ando estupefacto com tudo isto que diz respeito ao novo teste de “diagnóstico” da Cambridge (Key for Schools). O Estado está a patrocinar a introdução de um exame privado no ensino público através, por exemplo, do pagamento de despesas associadas, assessoria e gastando parte do horário laboral dos professores nisto.

O Estado está a obrigar os professores a usaram o seu horário laboral para realizar as provas orais noutra escola em metade do dia e a leccionar na sua escola na outra metade do dia. Os professores envolvidos têm que frequentar uma formação, onde o Estado paga a despesa de deslocação (36 cêntimos o Km).

E quanto custa ter-se criado o IAVE para propósitos como estes? Não deixa de ser espantoso que, num contexto de contenção e de fecho de serviços realmente úteis aos cidadãos, como é o caso de tribunais e unidades de saúde, o governo tenha criado mais um instituto público, para que esta negociata fosse possível. Negociata esta que envolve o Estado e as seguintes entidades privadas: BPI, Connexall, NOVABASE e Porto Editora.

Esta promiscuidade de negócios no ensino é outro passo para a introdução de mais privados na escola pública. Apesar da propaganda dizer que este “exame” não tem custos para o Estado, na verdade tem, como se demonstrou acima. Mas além destes custos, a maior questão é porque é que passa a existir este exame? Como país, queremos mesmo passar um atestado de incompetência ao nosso sistema de ensino? Queremos propagar esta ideia provinciana de o que vem de fora é que é bom? Queremos mesmo abdicar, ainda mais, da soberania e passar a habilitação de certificar os portugueses para uma entidade estrangeira?

Eis o retrato dos nossos governantes: inchados com a bandeira portuguesa na lapela, mas tão subservientes aos ingleses e alemães – novamente. Onde andam os sindicatos e a oposição deste país? Seguiram o conselho do primeiro-mentiroso e emigraram?

PS: numa busca pelos sites dos diferentes partidos da oposição, apenas encontrei um link sobre este assunto, no site do PCP. Agradeço outros links nos comentários.

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