Covid-19: Comunidade portuguesa em França está "tranquila" e "solidária" - Notícias

18-03-2020
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16 de Março de 2020 | por Lusa

A comunidade portuguesa em França, tal como o resto do país, aguarda esta noite a comunicação do Presidente da República, Emmanuel Macron, sobre novas medidas de combate à Covid-19, mas mantém-se "tranquila" e "solidária", embora haja "real receio".

"Há um real receio. Os séniores estão a ficar em casa, no que diz respeito às associações, muitas delas permitem chegar a pessoas mais isoladas [...]. Também temos alguns portugueses que estão a acolher uma ou duas crianças cujos pais estão a trabalhar nos hospitais, a comunidade está solidária", afirmou Paulo Marques, recém-eleito como vice-presidente da Câmara de Aulnay-sous-Bois e presidente da Civica, associação que agrupa todos os eleitos de origem portuguesa em França.

Os restaurantes portugueses, assim como as associações portuguesas em Aulnay-sous-Bois, cidade nos arredores do Paris, fecharam na sexta-feira e não voltaram a abrir portas. O mesmo não acontece no sul do país, segundo Manuel Cardia Lima, conselheiro da comunidade portuguesa, instalado em Lyon.

"A comunidade está tranquila. Ainda ontem [domingo] algumas associações estavam abertas e já não podiam estar. Hoje ligaram-me a perguntar se podiam abrir e eu disse que não. Hoje à noite não sei, quando o Presidente falar, a partir daí pode ser diferente", indicou o conselheiro.

Ao contrário da região parisiense, onde algumas zonas já foram identificadas como foco de propagação do vírus, Lyon tem vários casos, mas não é uma das regiões mais afetadas. No entanto, Manuel Cardia Lima reconheceu ter algum medo no seu caso pessoal.

"Fui votar ontem, mas com muito medo. Mas depois disso não saí mais, tenho precauções. Estou atento naquilo que faço", indicou o conselheiro.

Mesmo com a preocupação do Covid-19, tal como Cardia Lima, os portugueses foram votar na primeira volta das eleições municipais e em cidades como Aulnay-sous-Bois, onde a abstenção foi de 67%, fizeram a diferença.

"Na minha mesa de voto, onde tinha cerca de 20 portugueses inscritos, só dois é que não vieram votar", relatou Paulo Marques.

Para além de mais detalhes sobre as próximas medidas de quarentena, o Presidente Emmanuel Macron deverá anunciar esta noite se e quando se vai realizar a segunda volta das eleições, que deveria acontecer já no dia 22 de março.

Luísa Semedo, conselheira da comunidade portuguesa, que vive na região de Paris, alerta para outra realidade nas redes sociais que é a partilha de "fake news" (notícias falsas).

"Recebo muitas "fake news". E mesmo quando alguém diz que é mentira depois há logo muita gente a contradizer que continuam a partilhar", relatou a conselheira.

O encerramento dos consulados portugueses em França "foi uma boa medida" para Luísa Semedo, especialmente porque vai continuar a haver atendimento a pedidos urgentes.

E Manuel Cardia Lima partilha este entendimento. "Eu ainda na semana passada fui ao consulado, evidente que já havia precauções e o segurança obrigava as pessoas a lavar as mãos. Mas é verdade que havia muita gente na sala e pessoas de uma certa idade. Foi uma boa medida", concluiu.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

França, com 137 mortos em 5.423 casos, é um dos países mais afetados na Europa, depois de Itália, com 2.158 mortos (em 27.980 casos) e Espanha, com 309 mortos (9.191 casos).

16 de Março de 2020 | por Lusa

A comunidade portuguesa em França, tal como o resto do país, aguarda esta noite a comunicação do Presidente da República, Emmanuel Macron, sobre novas medidas de combate à Covid-19, mas mantém-se "tranquila" e "solidária", embora haja "real receio".

"Há um real receio. Os séniores estão a ficar em casa, no que diz respeito às associações, muitas delas permitem chegar a pessoas mais isoladas [...]. Também temos alguns portugueses que estão a acolher uma ou duas crianças cujos pais estão a trabalhar nos hospitais, a comunidade está solidária", afirmou Paulo Marques, recém-eleito como vice-presidente da Câmara de Aulnay-sous-Bois e presidente da Civica, associação que agrupa todos os eleitos de origem portuguesa em França.

Os restaurantes portugueses, assim como as associações portuguesas em Aulnay-sous-Bois, cidade nos arredores do Paris, fecharam na sexta-feira e não voltaram a abrir portas. O mesmo não acontece no sul do país, segundo Manuel Cardia Lima, conselheiro da comunidade portuguesa, instalado em Lyon.

"A comunidade está tranquila. Ainda ontem [domingo] algumas associações estavam abertas e já não podiam estar. Hoje ligaram-me a perguntar se podiam abrir e eu disse que não. Hoje à noite não sei, quando o Presidente falar, a partir daí pode ser diferente", indicou o conselheiro.

Ao contrário da região parisiense, onde algumas zonas já foram identificadas como foco de propagação do vírus, Lyon tem vários casos, mas não é uma das regiões mais afetadas. No entanto, Manuel Cardia Lima reconheceu ter algum medo no seu caso pessoal.

"Fui votar ontem, mas com muito medo. Mas depois disso não saí mais, tenho precauções. Estou atento naquilo que faço", indicou o conselheiro.

Mesmo com a preocupação do Covid-19, tal como Cardia Lima, os portugueses foram votar na primeira volta das eleições municipais e em cidades como Aulnay-sous-Bois, onde a abstenção foi de 67%, fizeram a diferença.

"Na minha mesa de voto, onde tinha cerca de 20 portugueses inscritos, só dois é que não vieram votar", relatou Paulo Marques.

Para além de mais detalhes sobre as próximas medidas de quarentena, o Presidente Emmanuel Macron deverá anunciar esta noite se e quando se vai realizar a segunda volta das eleições, que deveria acontecer já no dia 22 de março.

Luísa Semedo, conselheira da comunidade portuguesa, que vive na região de Paris, alerta para outra realidade nas redes sociais que é a partilha de "fake news" (notícias falsas).

"Recebo muitas "fake news". E mesmo quando alguém diz que é mentira depois há logo muita gente a contradizer que continuam a partilhar", relatou a conselheira.

O encerramento dos consulados portugueses em França "foi uma boa medida" para Luísa Semedo, especialmente porque vai continuar a haver atendimento a pedidos urgentes.

E Manuel Cardia Lima partilha este entendimento. "Eu ainda na semana passada fui ao consulado, evidente que já havia precauções e o segurança obrigava as pessoas a lavar as mãos. Mas é verdade que havia muita gente na sala e pessoas de uma certa idade. Foi uma boa medida", concluiu.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

França, com 137 mortos em 5.423 casos, é um dos países mais afetados na Europa, depois de Itália, com 2.158 mortos (em 27.980 casos) e Espanha, com 309 mortos (9.191 casos).

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