Covid-19. "Não há condições para os hotéis abrirem antes de julho", adverte o sector

14-05-2020
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O regresso gradual do turismo com a pandemia do Covid-19, esperado para se iniciar em maio, será mais tardio nos hotéis que nos restaurantes, adverte Raul Martins, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e dono da cadeia Altis.

No dia em que António Costa e o ministro da Economia estão a reunir com associações e representantes do sector para definir o que poderá ser a retoma faseada do turismo no país a partir do próximo mês, o presidente da AHP antecipa que "não haverá hotéis a abrir em maio poderão abrir alguns em julho, e se abrir um terço, já é muito".

Até porque muitas cadeias hoteleiras têm a maioria dos trabalhadores em 'lay off' situação que vigora até junho, regime que o Governo se propôs rever com as associações, como lembra o responsável.

"O que vai acontecer é que durante julho e agosto, com algum recomeço do transporte aéreo, poderá haver alguma reabertura de hotéis", segundo adianta o presidente da AHP. Mas "no dia em que todas as companhias voltarem a fazer todos os voos - que não se sabe quando é - isso será feito com um terço das pessoas nos aviões. O que significa que também só haverá um terço das pessoas no turismo, e com taxas destas de ocupação a 25% os hotéis não são rentáveis".

Mas para "pequenos hotéis, turismos rurais, moradias e o próprio alojamento local fora das cidades" já se perspetiva que "possa haver mais procura" e que estas unidades comecem a abrir a partir de junho, segundo Raul Martins.

Zonas do interior e fora das cidades podem até "ter mais procura"

"Sobretudo nas zonas balneares e no interior do país, o que inclui Açores e Madeira, poderá haver uma maior procura que habitualmente, e tendencialmente de portugueses, que se vão tornar os principais clientes dos hotéis", adianta o responsável da AHP.

Os hotéis de cidade, como Lisboa e Porto, serão os últimos a recuperar, porque as pessoas irão querer evitar zonas urbanas com mais aglomeração de gente. "Até que haja transporte aéreo em volume razoável, não há razões para os hotéis abrirem", conclui Raul Martins, lembrando que "temos dificuldade de fazer previsões, estamos em situação de pandemia e ainda não começámos a descer o número de casos e de mortos".

A luz ao fundo do túnel para os hotéis é que surja um medicamento que dê segurança aos turistas a nível de proteção de saúde. "Só depois de haver um medicamento, o que poderá acontecer dentro de três meses segundo a Universidade de Oxford, é que se pode pensar em ter os hotéis abertos com mais segurança". Não se espera tão cedo a vacina que seria a cura de todos os males, "mas a medicação já ajudava muito", faz notar o responsável da associação hoteleira. "Agora, para se voltar ao que foi 2019, terá mesmo de ser com uma vacina, pois só assim os mais velhos irão querer viajar".

"Enquanto não houver medicamento, estamos dependentes do turismo interno, podendo haver algumas pessoas de Espanha e até de França que chegam de carro, ou mesmo de comboio, por ser mais seguro", refere o responsável da AHP.

Já os restaurantes deverão começar a reabrir as portas antes dos hotéis. "É provável que durante maio ocorra uma reabertura faseada dos restaurantes, cuja situação é problemática. Mas os restaurantes tornam-se necessários para as pessoas voltarem ao trabalho, e têm clientes, ao contrário do que se passa nos hotéis", frisa Raul Martins.

António Costa e o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, estão esta terça-feira a reunir com representantes do sector do turismo a planear o que poderá ser o retomar gradual das atividades. De manhã foi ouvida a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), à tarde a ronda do Governo prosseguirá com representantes da AHP além das cadeias Pestana, Vila Galé, Porto Bay e Sana, seguindo-se a reunião com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

O regresso gradual do turismo com a pandemia do Covid-19, esperado para se iniciar em maio, será mais tardio nos hotéis que nos restaurantes, adverte Raul Martins, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e dono da cadeia Altis.

No dia em que António Costa e o ministro da Economia estão a reunir com associações e representantes do sector para definir o que poderá ser a retoma faseada do turismo no país a partir do próximo mês, o presidente da AHP antecipa que "não haverá hotéis a abrir em maio poderão abrir alguns em julho, e se abrir um terço, já é muito".

Até porque muitas cadeias hoteleiras têm a maioria dos trabalhadores em 'lay off' situação que vigora até junho, regime que o Governo se propôs rever com as associações, como lembra o responsável.

"O que vai acontecer é que durante julho e agosto, com algum recomeço do transporte aéreo, poderá haver alguma reabertura de hotéis", segundo adianta o presidente da AHP. Mas "no dia em que todas as companhias voltarem a fazer todos os voos - que não se sabe quando é - isso será feito com um terço das pessoas nos aviões. O que significa que também só haverá um terço das pessoas no turismo, e com taxas destas de ocupação a 25% os hotéis não são rentáveis".

Mas para "pequenos hotéis, turismos rurais, moradias e o próprio alojamento local fora das cidades" já se perspetiva que "possa haver mais procura" e que estas unidades comecem a abrir a partir de junho, segundo Raul Martins.

Zonas do interior e fora das cidades podem até "ter mais procura"

"Sobretudo nas zonas balneares e no interior do país, o que inclui Açores e Madeira, poderá haver uma maior procura que habitualmente, e tendencialmente de portugueses, que se vão tornar os principais clientes dos hotéis", adianta o responsável da AHP.

Os hotéis de cidade, como Lisboa e Porto, serão os últimos a recuperar, porque as pessoas irão querer evitar zonas urbanas com mais aglomeração de gente. "Até que haja transporte aéreo em volume razoável, não há razões para os hotéis abrirem", conclui Raul Martins, lembrando que "temos dificuldade de fazer previsões, estamos em situação de pandemia e ainda não começámos a descer o número de casos e de mortos".

A luz ao fundo do túnel para os hotéis é que surja um medicamento que dê segurança aos turistas a nível de proteção de saúde. "Só depois de haver um medicamento, o que poderá acontecer dentro de três meses segundo a Universidade de Oxford, é que se pode pensar em ter os hotéis abertos com mais segurança". Não se espera tão cedo a vacina que seria a cura de todos os males, "mas a medicação já ajudava muito", faz notar o responsável da associação hoteleira. "Agora, para se voltar ao que foi 2019, terá mesmo de ser com uma vacina, pois só assim os mais velhos irão querer viajar".

"Enquanto não houver medicamento, estamos dependentes do turismo interno, podendo haver algumas pessoas de Espanha e até de França que chegam de carro, ou mesmo de comboio, por ser mais seguro", refere o responsável da AHP.

Já os restaurantes deverão começar a reabrir as portas antes dos hotéis. "É provável que durante maio ocorra uma reabertura faseada dos restaurantes, cuja situação é problemática. Mas os restaurantes tornam-se necessários para as pessoas voltarem ao trabalho, e têm clientes, ao contrário do que se passa nos hotéis", frisa Raul Martins.

António Costa e o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, estão esta terça-feira a reunir com representantes do sector do turismo a planear o que poderá ser o retomar gradual das atividades. De manhã foi ouvida a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), à tarde a ronda do Governo prosseguirá com representantes da AHP além das cadeias Pestana, Vila Galé, Porto Bay e Sana, seguindo-se a reunião com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

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