TAP tem mais 19% de pilotos e mais 28% de tripulantes do que as congéneres, diz o ministro das Infraestruturas

11-12-2020
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"Há problemas de ineficiências na TAP muito antigos, alguns foram agravados com a gestão privada", afirmou o ministro das Infraestruturas esta sexta-feira na conferência de imprensa onde apresentou o plano de reestruturação. E apontou os acordos de empresa como uma razões para isso acontecer. Os acordos de empresa da TAP, refira-se, vão ser suspensos na sequência desse plano, que foi apresentado esta semana em Bruxelas.

A transportadora portuguesa, diz o ministro, tem mais pilotos e tripulantes por avião que as congéneres. "A TAP tem mais 19% de pilotos por aeronave do que praticamente todos os concorrentes. E tem mais 28% de tripulantes por aeronave do que a maior parte dos concorrentes", avançou Pedro Nuno Santos. O plano, sublinhe-se, prevê o despedimento de 500 pilotos da TAP e de 750 tripulantes. Está prevista também a não renovação do contrato de trabalho de cerca de mil tripulantes.

"Os custos laborais por pilotos da TAP entre 2017 e 2019 subiram 37%. A TAP independentemente da crise Covid estava num trajeto que a tornava menos competitiva face aos seus concorrentes", sublinhou o governante.

O ministro frisou ainda que os pilotos ganham mais na TAP do que em alguns empresas que se lhes equiparam, como a Ibéria. "Temos uma companhia onde os pilotos ganham mais do que alguns dos nossos concorrentes, por exemplo a Ibéria. Mais uma vez, não estamos a dizer que a responsabilidade da situação da TAP é dos trabalhadores, porque não é. Mas os custos laborais que a empresa enfrenta são um peso na TAP que tornam mais difícil a sua recuperação", afirmou.

Até agora a TAP, para produzir o mesmo, tem precisado de mais pilotos do que os concorrentes diretos, uma diferença que, sublinhou, tem de ser corrigida com o plano de reestruturação.

O governante sublinhou que "a TAP tinha e tem um conjunto de ineficiências que a tornam menos competitiva do que os seus concorrentes, que são as companhias de bandeira (Ibéria, Lufthansa, Air France). Antes da covid-19 tinha já um conjunto de desvantagens competitivas face às congéneres", considerou.

Cortes não afetam salários abaixo dos 900 euros

O plano de reestruturação inclui cortes salariais transversais à companhia aérea, mas não irá afetar os trabalhadores que ganham menos de 900 euros. "Até 900 euros não se aplicam cortes, a partir daí, é aplicada uma taxa de 25%. Isto é, um trabalhador que ganhe 1.000 euros tem um corte de 25% sobre 100 euros, a que corresponde uma redução de 2,5%. Depois progressivamente à medida que o nível salarial vai aumentando, o corte salarial vai-se aproximando dos 25%", explicou Pedro Nuno Santos.

O ministro afirmou que este corte na massa salarial é uma forma de evitar que sejam despedidos mais 600 e 1.000 trabalhadores do que os que estão previstos. "Se não fizéssemos corte salarial tínhamos ainda de despedir mais pessoas", esclareceu.

"Há problemas de ineficiências na TAP muito antigos, alguns foram agravados com a gestão privada", afirmou o ministro das Infraestruturas esta sexta-feira na conferência de imprensa onde apresentou o plano de reestruturação. E apontou os acordos de empresa como uma razões para isso acontecer. Os acordos de empresa da TAP, refira-se, vão ser suspensos na sequência desse plano, que foi apresentado esta semana em Bruxelas.

A transportadora portuguesa, diz o ministro, tem mais pilotos e tripulantes por avião que as congéneres. "A TAP tem mais 19% de pilotos por aeronave do que praticamente todos os concorrentes. E tem mais 28% de tripulantes por aeronave do que a maior parte dos concorrentes", avançou Pedro Nuno Santos. O plano, sublinhe-se, prevê o despedimento de 500 pilotos da TAP e de 750 tripulantes. Está prevista também a não renovação do contrato de trabalho de cerca de mil tripulantes.

"Os custos laborais por pilotos da TAP entre 2017 e 2019 subiram 37%. A TAP independentemente da crise Covid estava num trajeto que a tornava menos competitiva face aos seus concorrentes", sublinhou o governante.

O ministro frisou ainda que os pilotos ganham mais na TAP do que em alguns empresas que se lhes equiparam, como a Ibéria. "Temos uma companhia onde os pilotos ganham mais do que alguns dos nossos concorrentes, por exemplo a Ibéria. Mais uma vez, não estamos a dizer que a responsabilidade da situação da TAP é dos trabalhadores, porque não é. Mas os custos laborais que a empresa enfrenta são um peso na TAP que tornam mais difícil a sua recuperação", afirmou.

Até agora a TAP, para produzir o mesmo, tem precisado de mais pilotos do que os concorrentes diretos, uma diferença que, sublinhou, tem de ser corrigida com o plano de reestruturação.

O governante sublinhou que "a TAP tinha e tem um conjunto de ineficiências que a tornam menos competitiva do que os seus concorrentes, que são as companhias de bandeira (Ibéria, Lufthansa, Air France). Antes da covid-19 tinha já um conjunto de desvantagens competitivas face às congéneres", considerou.

Cortes não afetam salários abaixo dos 900 euros

O plano de reestruturação inclui cortes salariais transversais à companhia aérea, mas não irá afetar os trabalhadores que ganham menos de 900 euros. "Até 900 euros não se aplicam cortes, a partir daí, é aplicada uma taxa de 25%. Isto é, um trabalhador que ganhe 1.000 euros tem um corte de 25% sobre 100 euros, a que corresponde uma redução de 2,5%. Depois progressivamente à medida que o nível salarial vai aumentando, o corte salarial vai-se aproximando dos 25%", explicou Pedro Nuno Santos.

O ministro afirmou que este corte na massa salarial é uma forma de evitar que sejam despedidos mais 600 e 1.000 trabalhadores do que os que estão previstos. "Se não fizéssemos corte salarial tínhamos ainda de despedir mais pessoas", esclareceu.

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