Cristas, Portas e Magalhães em uníssono no apelo ao voto útil

25-01-2020
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Está terminada a campanha eleitoral do CDS-PP. Precocemente, devido à morte do fundador e histórico líder do partido Diogo Freitas do Amaral, os centristas, encerraram a volta nacional em Setúbal (distrito onde se adivinham muitas dificuldades para continuarem a eleger deputados), tendo cancelado as iniciativas em Lisboa. Nas intervenções, num restaurante na emblemática Avenida Luísa Todi, Assunção Cristas, Paulo Portas e Nuno Magalhães juntaram as vozes e ensaiaram um apelo ao voto útil (em detrimento dos que possam ser entregues ao PSD ou a novas forças políticas), contra os “radicalismos” da esquerda e do PAN.

Tentando prevenir aquilo que pode ser um desaire muito pesado no domingo, a presidente, o líder mais longevo que o partido já teve e o chefe da bancada parlamentar alinharam-se no apelo aos eleitores do centro-direita. “Quem é do centro e direita em Setúbal, domingo, tem uma opção importante a fazer. Ficar em casa ou votar noutro partido é, indiretamente, estar a dar um voto ao BE, ao PCP, ao PS e ao PAN. Sejamos claros: quem não está contente com a atual solução governativa, quem não quer radicalismos ambientalistas neste distrito, quem é de centro e direita, a única opção racional [que tem] é votar no CDS”, explicou Nuno Magalhães, o primeiro a intervir, cujo lugar no hemiciclo está em risco, de acordo com todas as sondagens. E reforçou, com um ataque ao que parece ser, nesta fase, o adversário mais direto dos democratas-cristãos, salientando que a alternativa ao CDS é uma candidata do PAN, Cristina Rodrigues, “que não conhece o próprio programa eleitoral”.

Numa intervenção igualmente curta, Portas deixou três mensagens centrais aos companheiros de partido. Disse que é preciso “travar a crescente arrogância da maioria dos partidos do poder”. “Se são assim com maioria, imaginem como seriam com maioria”, afirmou. Recordou os eleitores da “lição de 2015”, em que “não contou quem ganhou, mas quem somou deputados” e destacou que o “voto útil” é no CDS (a alfinetada ao PSD esta implícita). “Não queiram acordar na segunda-feira com deputados a mais das esquerdas e de radicais e deputados a menos do CDS, que podem defender os vossos valores”, complementou.

E o antigo vice-primeiro-ministro, convidado-surpresa da tarde, ainda guardou uns segundos para tentar travar a ascensão de novos movimentos no centro-direita, como o Aliança, a Iniciativa Liberal ou o Chega. “Com todo o respeito por quem tem iniciativa política, chamar a atenção de que, nesta circunstância, é preciso concentrar os votos naqueles que podem eleger deputados. Percebo que possa haver ideias interessantes em partidos novos, mas, atenção, os deputados que são eleitos são aqueles que contam e o CDS é essencial para que no Parlamento haja uma boa bancada e pessoas preparadas para desafios que serão certamente difíceis”, finalizou.

Já Assunção Cristas, que gastou apenas dez minutos, elencou todos os candidatos que pretende “salvar” – de Filipe Anacoreta Correia, em Viana do Castelo, a Patrícia Fonseca, em Santarém, ou Nuno Magalhães, em Setúbal – referindo-se a todos eles como “candidatos que fazem a diferença nas suas diferentes áreas”.

Na mesma linha de Portas e Magalhães, realçou que “quem está satisfeito com o que temos tem muitas opções – ou mais radicais ou mais à esquerda, ou mais aparentemente modernas ou mais ao centro, mas todas vão assumidamente parar ao PS, como é o caso dos parceiros da governação, ou, quem sabe, numa solução de recurso, vão lá parar”. Estava dada a tacada em Rui Rio, que, ao contrário do CDS, não será tão claro na vontade de construir uma “maioria alternativa, por um caminho diferente para Portugal”.

Qualificando o voto no CDS como o “mais seguro, mais confiável e mais eficaz”, Cristas salientou que só essa alternativa permitirá que na próxima legislatura não seja distribuídas “migalhinhas” e que se seja “mais generoso com todos”, motivo pelo qual tentou também estancar a fuga das preferências para movimentos recém-formados. “Pensem bem em quem é que querem dar força. E, sobretudo, não vão ao engano como em 2015. Muitos quiseram fazer um voto tático e quiseram penalizar um pouco, mas não muito, mas queriam aquela solução [Portugal à Frente]. E acordaram e não a tinham… Quem acha que é preciso mudar, eu peço que não arrisque votos novos e não disperse votos”, concluiu, muita aplaudida pelos centristas presentes, com destaque para os deputados Ana Rita Bessa, Pedro Mota Soares e João Gonçalves Pereira e para a cabeça de lista por Leiria, Raquel Abecasis.

Está terminada a campanha eleitoral do CDS-PP. Precocemente, devido à morte do fundador e histórico líder do partido Diogo Freitas do Amaral, os centristas, encerraram a volta nacional em Setúbal (distrito onde se adivinham muitas dificuldades para continuarem a eleger deputados), tendo cancelado as iniciativas em Lisboa. Nas intervenções, num restaurante na emblemática Avenida Luísa Todi, Assunção Cristas, Paulo Portas e Nuno Magalhães juntaram as vozes e ensaiaram um apelo ao voto útil (em detrimento dos que possam ser entregues ao PSD ou a novas forças políticas), contra os “radicalismos” da esquerda e do PAN.

Tentando prevenir aquilo que pode ser um desaire muito pesado no domingo, a presidente, o líder mais longevo que o partido já teve e o chefe da bancada parlamentar alinharam-se no apelo aos eleitores do centro-direita. “Quem é do centro e direita em Setúbal, domingo, tem uma opção importante a fazer. Ficar em casa ou votar noutro partido é, indiretamente, estar a dar um voto ao BE, ao PCP, ao PS e ao PAN. Sejamos claros: quem não está contente com a atual solução governativa, quem não quer radicalismos ambientalistas neste distrito, quem é de centro e direita, a única opção racional [que tem] é votar no CDS”, explicou Nuno Magalhães, o primeiro a intervir, cujo lugar no hemiciclo está em risco, de acordo com todas as sondagens. E reforçou, com um ataque ao que parece ser, nesta fase, o adversário mais direto dos democratas-cristãos, salientando que a alternativa ao CDS é uma candidata do PAN, Cristina Rodrigues, “que não conhece o próprio programa eleitoral”.

Numa intervenção igualmente curta, Portas deixou três mensagens centrais aos companheiros de partido. Disse que é preciso “travar a crescente arrogância da maioria dos partidos do poder”. “Se são assim com maioria, imaginem como seriam com maioria”, afirmou. Recordou os eleitores da “lição de 2015”, em que “não contou quem ganhou, mas quem somou deputados” e destacou que o “voto útil” é no CDS (a alfinetada ao PSD esta implícita). “Não queiram acordar na segunda-feira com deputados a mais das esquerdas e de radicais e deputados a menos do CDS, que podem defender os vossos valores”, complementou.

E o antigo vice-primeiro-ministro, convidado-surpresa da tarde, ainda guardou uns segundos para tentar travar a ascensão de novos movimentos no centro-direita, como o Aliança, a Iniciativa Liberal ou o Chega. “Com todo o respeito por quem tem iniciativa política, chamar a atenção de que, nesta circunstância, é preciso concentrar os votos naqueles que podem eleger deputados. Percebo que possa haver ideias interessantes em partidos novos, mas, atenção, os deputados que são eleitos são aqueles que contam e o CDS é essencial para que no Parlamento haja uma boa bancada e pessoas preparadas para desafios que serão certamente difíceis”, finalizou.

Já Assunção Cristas, que gastou apenas dez minutos, elencou todos os candidatos que pretende “salvar” – de Filipe Anacoreta Correia, em Viana do Castelo, a Patrícia Fonseca, em Santarém, ou Nuno Magalhães, em Setúbal – referindo-se a todos eles como “candidatos que fazem a diferença nas suas diferentes áreas”.

Na mesma linha de Portas e Magalhães, realçou que “quem está satisfeito com o que temos tem muitas opções – ou mais radicais ou mais à esquerda, ou mais aparentemente modernas ou mais ao centro, mas todas vão assumidamente parar ao PS, como é o caso dos parceiros da governação, ou, quem sabe, numa solução de recurso, vão lá parar”. Estava dada a tacada em Rui Rio, que, ao contrário do CDS, não será tão claro na vontade de construir uma “maioria alternativa, por um caminho diferente para Portugal”.

Qualificando o voto no CDS como o “mais seguro, mais confiável e mais eficaz”, Cristas salientou que só essa alternativa permitirá que na próxima legislatura não seja distribuídas “migalhinhas” e que se seja “mais generoso com todos”, motivo pelo qual tentou também estancar a fuga das preferências para movimentos recém-formados. “Pensem bem em quem é que querem dar força. E, sobretudo, não vão ao engano como em 2015. Muitos quiseram fazer um voto tático e quiseram penalizar um pouco, mas não muito, mas queriam aquela solução [Portugal à Frente]. E acordaram e não a tinham… Quem acha que é preciso mudar, eu peço que não arrisque votos novos e não disperse votos”, concluiu, muita aplaudida pelos centristas presentes, com destaque para os deputados Ana Rita Bessa, Pedro Mota Soares e João Gonçalves Pereira e para a cabeça de lista por Leiria, Raquel Abecasis.

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