Inês de Medeiros: "Não há sítios para morarem pobres e sítios para morarem ricos"

24-09-2020
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A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, defendeu na SIC Notícias que as declarações na Reunião Pública Ordinária da Câmara Municipal de Almada foram tiradas de contexto e criticou a posição da esquerda ao dar a entender que os bairros sociais são só para os pobres.

“Acho muito estranho que pessoas que se dizem de esquerda achem que não pode haver pessoas como eu ou como você [o jornalista] a viver ao lado de habitação social porque têm uma conceção de habitação social que tem de ser sempre miserabilista e isolada”, disse a presidente eleita pelo Partido Socialista.

Inês de Medeiros, que disse que ela “própria amanhã ia viver para o Bairro Amarelo”, o bairro social no Monte da Caparica, insiste que “não há sítios para morarem pobres e sítios para morarem ricos” e não considera que as suas palavras tivessem sido desrespeitosas para os moradores do bairro, “muito pelo contrário”. A presidente deixa mesmo uma “palavra de grande reconhecimento” aos moradores: “As pessoas tem um amor ao bairro, um cuidado com o bairro e uma participação cívica e de cidadania”.

Sobre o que aconteceu durante a reunião pública, Inês de Medeiros diz que as suas frases foram em resposta à intervenção do vereador em substituição do Bloco de Esquerda. O partido manifestou-se contra a construção de um hotel de cinco estrelas e votou contra a “alteração simplificada da Reserva Ecológica Nacional no Porto Brandão”, na zona do Lazareto — que acabou por ser aprovada pelos restantes partidos.

O vereador do BE terá dito, segundo a presidente, que “era importante ter projetos para as pessoas em ‘sítios bonitos'”. Daí que Inês de Medeiros tivesse respondido com a “vista invejável”. “Só felicitei terem sido criados estes bairros do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana] numa zona nobre da cidade, com uma vista linda”. A presidente felicitou mesmo quem, nos anos 1970, deu início ao projeto que viria a ser concluído em 1987.

Defendendo mais uma vez o empreendimento privado em Porto Brandão, no antigo Asilo 28 de Maio, Inês de Medeiros diz que “o grande investimento que se prevê que seja feito no tal edifício vá trazer muito emprego e muita dinamização económica ao concelho”. E vê aí uma forma de resposta social às necessidades dos moradores do Bairro Amarelo. Isto porque a manutenção das casas, a grande reclamação dos moradores, é da competência do IHRU e não do município, diz a autarca.

Com o instituto, a autarquia assinou outro tipo de contrato: a construção de 3.500 novos fogos. “Assinámos um acordo com o IHRU para aquela zona, que é uma zona para onde a cidade vai crescer. Não há nenhum tipo de gueto, é o contrário, é uma zona nobre“, diz Inês de Medeiros. “Felizmente, o Bairro Amarelo, o Bairro Branco e o Bairro Cor-de-rosa, estão em sítios onde é possível criar cidade, para não serem guetos, se criar mistura social e acabar com uma espécie de descriminação e abandono daquelas populações.”

A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, defendeu na SIC Notícias que as declarações na Reunião Pública Ordinária da Câmara Municipal de Almada foram tiradas de contexto e criticou a posição da esquerda ao dar a entender que os bairros sociais são só para os pobres.

“Acho muito estranho que pessoas que se dizem de esquerda achem que não pode haver pessoas como eu ou como você [o jornalista] a viver ao lado de habitação social porque têm uma conceção de habitação social que tem de ser sempre miserabilista e isolada”, disse a presidente eleita pelo Partido Socialista.

Inês de Medeiros, que disse que ela “própria amanhã ia viver para o Bairro Amarelo”, o bairro social no Monte da Caparica, insiste que “não há sítios para morarem pobres e sítios para morarem ricos” e não considera que as suas palavras tivessem sido desrespeitosas para os moradores do bairro, “muito pelo contrário”. A presidente deixa mesmo uma “palavra de grande reconhecimento” aos moradores: “As pessoas tem um amor ao bairro, um cuidado com o bairro e uma participação cívica e de cidadania”.

Sobre o que aconteceu durante a reunião pública, Inês de Medeiros diz que as suas frases foram em resposta à intervenção do vereador em substituição do Bloco de Esquerda. O partido manifestou-se contra a construção de um hotel de cinco estrelas e votou contra a “alteração simplificada da Reserva Ecológica Nacional no Porto Brandão”, na zona do Lazareto — que acabou por ser aprovada pelos restantes partidos.

O vereador do BE terá dito, segundo a presidente, que “era importante ter projetos para as pessoas em ‘sítios bonitos'”. Daí que Inês de Medeiros tivesse respondido com a “vista invejável”. “Só felicitei terem sido criados estes bairros do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana] numa zona nobre da cidade, com uma vista linda”. A presidente felicitou mesmo quem, nos anos 1970, deu início ao projeto que viria a ser concluído em 1987.

Defendendo mais uma vez o empreendimento privado em Porto Brandão, no antigo Asilo 28 de Maio, Inês de Medeiros diz que “o grande investimento que se prevê que seja feito no tal edifício vá trazer muito emprego e muita dinamização económica ao concelho”. E vê aí uma forma de resposta social às necessidades dos moradores do Bairro Amarelo. Isto porque a manutenção das casas, a grande reclamação dos moradores, é da competência do IHRU e não do município, diz a autarca.

Com o instituto, a autarquia assinou outro tipo de contrato: a construção de 3.500 novos fogos. “Assinámos um acordo com o IHRU para aquela zona, que é uma zona para onde a cidade vai crescer. Não há nenhum tipo de gueto, é o contrário, é uma zona nobre“, diz Inês de Medeiros. “Felizmente, o Bairro Amarelo, o Bairro Branco e o Bairro Cor-de-rosa, estão em sítios onde é possível criar cidade, para não serem guetos, se criar mistura social e acabar com uma espécie de descriminação e abandono daquelas populações.”

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